quarta-feira, 20 de novembro de 2013
"JOGOS VORAZES : EM CHAMAS"
Não li os livros de Suzanne Collins como também não li os de Stephenie Meyer ambas autoras de best-sellers que entraram firmes no cinema comercial. Mas ao ver os filmes, e confesso que só vi todos os de Collins (até agora) pois a mediocridade do universo de Meyer salta em poucos planos, posso dizer que a autora foi além das aparências, vendo um universo real dentro do futurista exposto com o papel gigantesco e opressor da mídia, o culto à imagem e, enfim, o apreço à violência mesmo banhado pelo medo. “Jogos Vorazes”(The Hunger Games) de Collins está em seu segundo livro. Contando com uma direção dedicada de Francis Lawrence mostra uma cidade em tempo a seguir onde o governador é um manipulador da opinião publica através da televisão e o “circo”é oferecido num certame em que casais de distritos são convocados para se matarem ficando o vencedor com um laurel que o povo aplaude como se ganhasse uma copa de mundo. No segundo filme que estreou em Belém, os vencedores do primeiro jogo, Katniss (Jenniger Lawrence) e Peeta Mellark(Josh Hitcherson) são convocados para uma segunda etapa até por ameaça de seus parentes e amigos serem punidos em caso de desistência. Como se viu antes, Katniss ama Gale(Liam Hemsworth), antigo namorado da província onde mora. Por isso consegue que se afaste o casamento que os donos do poder (não à toa “Capital”) pretendem realizar dela com Peeta dentro do programa de abertura da nova porfia. Mas há um entrave: o povo começa a se rebelar contra os mandantes. E um modo de não fazer da moça um ícone rebelde é matá-la durante o jogo. Por outro lado, a revolução contra o despótico Presidente Snow(Donald Sutherland) se arma englobando um novo mandante sanguinário,Pluarch (Philippe Seymour Hoffman). Claro que o filme numero 2 não fecha a historia. Mas cumpre o seu destino de retratar um mundo louco que se formos analisar é produto de quem se ajoelha diante do que os transmissores de pretensas verdades fazem e acontecem, propagando lideres que pagam os custos. Por sinal que as imagens, apesar da menção à tecnologia apontando recursos tridimensionais saindo do nada, não se omitem a arremedos de bigas romanas e saudações que passam pelas ditaduras da idade antiga e dormem nos cultos a Hitler, Stalin e outros monstros da idade moderna. Com isso a autora diz que o mundo se recicla nos instintos bestiais cultivados. Não há como contestá-la. E tem tido sorte no cinema. Os dois filmes “Jogos Vorazes” pulam adiante dos blockbuster saídos de quadrinhos ou arranhões na mitologia grega. Esperemos o terceiro tempo (Pedro Veriano)
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