segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"OS COMPANHEIROS" DE MARIO MONICELLI NA SESSÃO CULT DIA 05/09/09


"OS COMPANHEIROS"
Original: I Compagni- Itália, 1963.
Direção de Mario Monicelli
Roteiro de Agenore Incrocci, Mario Monicelli e Furio Scarpelli.
Fotografia de Giuseppe Rotunno.
Música de Carlo Rustichelli
Elenco: Marcello Mastroianni, Folco Lulli, François Périer, Renato Salvatori, Bernard Blier, Annie Girardot, Rafaella Carrá, Gabriella Giorgelli, Mario Pisu.
Resumo: Operários de uma industria italiana no final no final do século XIX pugnam por menos horas de trabalho (um deles afirma que ao sair, antes do nascer do sol, o filho ainda está dormindo e quando volta, de noite, ele já está dormindo). Os patrões reagem. Há acidentes e um dia aparece no lugar um professor chamado Sinigaglia (Mastroianni), logo disposto a ajudá-los. Começa uma greve. E os sacrifícios custam a sensibilizar os donos da fábrica que resolvem apelar para a violência como forma de conter o movimento.
Importância Histórica: O filme foi candidato ao Oscar de roteiro, ganhou os prêmios principais do Festival de Mar del Plata e do Sindicato dos Jornalistas Italianos. Mario Monicelli destacou-se na comédia, de inicio em dupla com Steno, depois seguindo a linha de Dino Risi na critica de costumes. Dele, entre outros títulos, “O Incrível Exército Brancaleone”, “A Grande Guerra”, “Meus Caros Amigos 2” e “Parente, Serpente”. O filme ganhou aplausos internacionais e no Brasil conseguiu ser exibido na época do regime militar embora a censura modulasse o lançamento (passou em salas “de arte” e cineclubes). Com humor e tipos muito bem estruturados Monicelli emocionou uma geração e contribuiu para movimentos operários nas últimas décadas do século passado.

SESSÃO CULT
"OS COMPANNHEIROS"
Cine Líbero Luxardo
Sabádo dia 05/09/09
Horário : 16 h
Entrada Franca
* Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA

Próximo Programa:
Dia 19/09/09 - "TEMPOS MODERNOS" de Charlie Chaplin
Programação : ACCPA

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"CONSCIÊNCIAS MORTAS" NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA DIA 31/08/09

"CONSCIÊNCIAS MORTAS"
Original: The Ox-Bow Incident, EUA, 1943.
Direção de William A. Wellman
Roteiro de Lamar Trotti e Walter Van Tilburg Clark (autor do original)
Fotografia de Arthur c. Miller
Música de Cyril J. Mockridge
Elenco: Henry Fonda, Dana Andrews,Mary Beth Hughes,Anthony Quinn,Harry Morgan.
Resumo:Dois vaqueiros desempregados estão de passagem por uma aldeia quando vêem a aglomeração em torno de um assassinato seguido de roubo de gado.O morto era um fazendeiro muito querido no lugar e junta-se uma tropa de amigos dele para capturar os criminosos e enforcá-los. O xerife não está na cidade, mas isto não impede que a turma de justiceiros marche para o local onde os assassinos estariam acampados. Os visitantes seguem e vêem um julgamento forjado que condena três pessoas à morte sem que se prove, verdadeiramente, o crime. Depois do enforcamento, os algozes encontram o xerife e sabem que não houve nem mesmo uma vitima.
Importância Histórica: Feito durante a 2ª,Guerra Mundial o filme foi um impacto diante do público americano por seu caráter critico às formas de violência. Mesmo sendo um roteiro duro (a história original foi escrita por Walter Van Tilburg Clark) foi candidato ao Oscar e ganhou o prêmio do National Board of Revue. Impressionou, sobretudo como uma história pacifista que vê a violência como um mal que pode atacar pessoas pacatas, contrariando a expectativa dos filmes de guerra que não questionavam isso e sim uma vitória a qualquer preço. E a direção conseguiu criar um clima de angustia, usando uma fotografia contrastada que lembra os clássicos expressionistas ou, como se disse depois, resultou em um filme o adjetivo de “western noir”.

SESSÃO ACCPA/IAP
"CONSCIÊNCIAS MORTAS"
Segunda Dia 31/08/09
Cineclube Alexandrino Moreira (Auditóro do IAP)
Horário : 19 h
Entrada Franca
*Após o filme, debate entre o público e os críticos da ACCPA
Próximos Programas:
Dia 14/09 - "A IDADE DE OURO" de Luis Buñuel
Dia 28/09 - "O CRIADO" de Joseph Losey
Programação : ACCPA

terça-feira, 25 de agosto de 2009

De Porre Com a Vida

Taí: “Se Beber Não Case”(The Hagover) é uma rara comédia surrealista. No apartamento de luxo do Ceasar Palace em Las Vegas, posto de repouso de 4 rapazes em ritmo de farra por conta do próximo casamento de um deles,resta o caos (desarrumação) e detalhes que deliciariam Buñuel: um tigre no banheiro (e como a turma da cerveja poderia mijar ?), um bebê no chão e uma galinha passeando. Tudo isso e o sumiço do noivo, em tese o dono da bola.
O filme de Todd Philips é um hiato agradável na imbecilidade da comédia romântica tradicional, ou melhor, a que se está fazendo depois do “American Pie”. Boas piadas, bons intérpretes, direção que poda os pontos mortos, e uma surpreendente guinada para o absurdo, da galinha que não se explica a que diabos veio, do tigre do peso-pesado Mike Tyson (que pela primeira vez banca ator de cinema) e até de um asiático bom de porrada que se diz seqüestrador do noivo que sumiu (e a noiva está em contagem regressiva no altar armado em sua casa).
Rir não é muito fácil. A comédia é um gênero que merece muito respeito posto que é difícil de fazer. Claro que há pastelões, chanchadas, pornochanchadas, coisas baixas para os pólos da vida: os ricos que riem à toa e os pobres que riem de sua própria desgraça (como dizia Luis Delfino no “Tudo Azul” de Moacyr Fenelon). O caso de !Se Beber não Case”, ou “A Ressaca”, traz inventiva. Por isso vale enfrentar o transito desta Belém cada vez mais curta para tanta máquina volante e ir ao cinema. Ah sim: e enfrentar as filas para adquirir ingresso e para entrar na sala objetivada. Sinal dos tempos. (Pedro Veriano)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O GAROTO PRODIGIO

Não se trata de Robin, o amiguinho (se o morcegão não for pedófilo) de Batman. É Vitus, o menino suíço que imita Mozart tocando piano como gente grande aos 6 anos de idade e pilotando avião aos 13. Ele é "filho" do diretor-roteirista Fredi Murer, estrela de um filme em que todo mundo presta, mesmo um patrão que despede o pai desse geniozinho, homem capaz de inventar um novo aparelho para surdez. Os pais do garoto superdotado formam um modelo de casal, esbanjando carinho aos tantos anos de vida em comum. O avô dele tem uma serraria, mas adora voar, comprando um simulador de vôo e graças ao neto, que aos 13 mexe com informática e joga forte na Bolsa de Valores, e em seguida um monomotor que lhe concretiza um sonho de juventude. Outras personagens, como a babá Isabel por quem o menino se apaixona, e a professora de piano, famosa, mas suficientemente humilde para aturar a má vontade do menino demonstrar à ela seus pendores artísticos, também são flores cheirosas. Na linha Frank Capra, cada um faz o que quer, pois do mundo nada se leva (embora a felicidade, no caso, seja parcialmente comprada).
É raro um filme tão otimista no cinema moderno. Penso na coragem de Murer em filmar para quem acredita na vida e diz, como o avô de Vitus, que os vivos são mais espertos do que os mortos.
Excelentes interpretações fazem um conto de fadas sem fadas com vinhetas realistas. Vendo, pensa-se que tudo aquilo que está na tela aconteceu ou pode acontecer.Desde “O Homem de Duas Vidas” e “O Oitavo Dia” do belga Jacó Van Dormael eu não via um cinema tão alegre, tão cativante e desafiador (podia ser um melodrama insuportável ou uma dessas comédias de crianças geniais como as que Shirley Temple protagonizou nos idos de 40). Com musica compatível, como fez Dormael. Gostei mesmo, embora saiba que a coisa não pretendeu voar muito alto (como aliás não voa seu herói). E não é de surpreender:foi a primeira sessão Moviecom Arte com uma média de público superior e que não apresentou quem deixasse a sala em meio à projeção. Isso um dia depois do público ter aplaudido no Centur “Do Mundo Nada se Leva” chega a lavar o peito. Nem tudo está perdido. (Pedro Veriano)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"A MORTE NUM BEIJO" NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA DIA 24/08/09


"A MORTE NUM BEIJO"
Original: Kiss me Deadly - EUA-1955
Direção de Robert Aldrich
Roteiro de A. I. Bezzerides baseado no livro de Mickey Spillane
Fotografia de Ernst Laszlo
Música de Frank Devol
Elenco: Ralph Meeker, Albert Dekker e Paul Stewart.
Resumo: O detetive Mike Harper viaja em seu carro de noite quando depara no meio da estrada com uma jovem loira vestida com roupa de dormir que, angustiada, lhe pede ajuda. Ele pára o carro, faz a moça entrar, mas não demora e é abordado por uma figura misteriosa que surge de repente. Há um desastre, a carona morre e Mike vai parar num hospital. Recuperando-se ele se propõe a investigar a vida da morta e dessa forma penetra numa facção misteriosa que termina por levá-lo à uma caixa preta onde se abriga um mistério ainda maior.
Importância Histórica: O típico “filme noir”, saído da imaginação de um escritor prolífico das histórias policiais (Spillane) ganhou uma dimensão incomensurável com a direção de Robert Aldrich (“Morte sem Glória”, “Os Doze Condenados”, “A Grande Chantagem”, “O Que Terá Acontecido à Baby Jane?”), enveredando por outros gêneros, até mesmo a ficção-cientifica. As imagens traduzem a sordidez do ambiente onde se passa a história e segue em uma linguagem dinâmica até a um climax apocalíptico que foi visto na estréia do filme como uma síntese do poder do mal no mundo moderno.Saudado como obra-prima por muitos críticos, “Kiss me Deadly” é hoje referência de um gênero que deu ao cinema muitos títulos meritórios.

SESSÃO ACCPA/IAP
"A MORTE NUM BEIJO"
DIA 24/08/09
CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA (AUDITÓRIO DO IAP)
HORÃRIO : 19 H
ENTRADA FRANCA
*Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA

Próximo Programa:
Segunda-feira Dia 31/08:”CONSCIÊNCIAS MORTAS” de William Wellman

"WESH WESH : O QUE FOI ?" NO CINE OLYMPIA DE 25/08 À 13/09/09

"WESH WESH : O QUE FOI ?"
Direção : Rabah Ameur-Zaimèche.
Com Ahmed Hammoudi, Brahin Ameur Zaimèche, Rabah-Ameur Zaimèche.
Drama em Cores.
Duração 83’.
Classificação etária : 14 anos.
Filme ganhador do "Prêmio Louis Delluc"
Sinopse : Após ter cumprido uma dupla sentença na prisão, Kamel volta para seu bairro, Cité des Bosquets, e com a ajuda de sua família tenta se reinserir na sociedade e no trabalho.O filme mostra a revolta dos jovens com a decomposição da comunidade do bairro, vista através dos olhos do jovem Kamel, que se sente impotente diante de tal situação.

"WESH WESH : O QUE FOI?"
Cine Olympia
Em Exibição de 25/08 à 13/09/09
De Terça à Domingo às 18:30 h
Entrada Franca

Apoio : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

DO MUNDO NADA SE LEVA

Nos anos 30/40 só 3 diretores de Hollywood ganhavam espaço nas marquises dos cinemas ao lado das chamadas “estrelas”: Cecil B. De Mille. John Ford e Frank Capra. De Mille rimava com os espetáculos histórico-religiosos como “O Rei dos Reis”, “O Sinal da Cruz”, “Os 10 Mandamentos’,”Cleópatra” e, mais tarde, “Sansão e Dalila”. Ford era o dono dos faroestes classe A. Seus filmes revelaram a beleza panorâmica do Monumental Valley e artistas de dramas e comédias dos grandes estúdios em papéis densos no cenário dos cow-boys. E Frank Capra significava a comédia social, o otimismo, o porta-voz do New Deal, a política de ressurgimento socioeconômico do governo Franklin Roosevelt.
“Do Mundo Nada Se Leva”(You Can’t Take It With Tou/ 1938) é bem um filme de Capra embora o roteiro tenha vindo de uma peça teatral (de George Kaufman e Moss Hart). Em foco uma família que antes de se falar em existencialismo procurava fazer o que queria. O patriarca, um simpático vovô (Lionell Barymore, já usando muletas por conta da artrose que o tornaria paralítico a ponto de fazê-lo trabalhar em cadeira de rodas no outro clássico de Capra, “A Felicidade Não Se Compra”/It’s a Wonderful Life) dizia que “se encontrou” quando, ao descer no elevador de um prédio de executivos percebeu que devia aproveitar o resto de sua vida tocando a sua gaita e brincando com os familiares. A filha deste senhor(Spring Byngtom) sustentava a mania de escrever histórias policiais usando o tempo numa máquina de escrever situada abaixo de um quadro com a tradicional frase “Home Sweet Home”(Lar Doce Lar). A neta(Jean Arthur), funcionária de um escritório, acabaria por namorar o filho(James Stewart) do dono deste escritório(Edward Arnold), magnata que cobiçava a casa de seu avô para expandir o seu império imobiliário. Agregados iam de uma dançarina (Ann Miller) que vivia ensaiando passos de balé com a música tocada pelo namorado, um bancário que deixara o cargo de caixa para fazer brinquedos, o genro do vovô, especializado em explosivos, e até um russo(Misha Auer) que aparecera para filar as refeições e se divertia com a independência dos novos amigos.
Este mundo de personagens alegres estremecia com as ameaças da expansão urbana.Mas como nos melhores contos de fadas eles estarão, quando fechar o pano (obviamente no teatro) tocando gaita e dançando.Ricos e pobres confraternizam a seguir num almoço onde os resquícios de vaidade dos donos do capital diluem-se nas piadas de um russo gaiato (um tipo que não previa o russo-vilão da década seguinte) e de um brinde do mais velho representante da liberdade de expressão.
A festa que é o filme, jogando numa direção hábil a ginástica de usar o espaço teatral sem um só momento de monotonia (cinema é arte muito diferente, exigindo dinâmica de atores & planos), persistiu da época de depressão pós-1929 ao novo cenário econômico, a imitar esse passado distante. Recentemente um teatro americano reencenou a peça original.Com sucesso. O filme de Capra joga com “closes”, com montagem célere, com movimentos de câmera intensos mesmo no espaço reduzido (há poucos planos fora da casa dos Vanderhog). Hoje faz rir como ontem fazia. É o tipo do filme que diverte sem macular a inteligência do espectador. Dizer que Capra era um “contador de histórias amenas” é desconhecer a riqueza dessa forma de contar, a linguagem que faz de filmes como “Do Mundo Nada se Leva” um programa para muitas gerações darem boas gargalhadas. E em meio ao riso, refletir sobre classes, sem necessariamente se limitar à guerra entre elas.(Pedro Veriano)

"VITUS" NO MOVIECOM ARTE - DE 21 À 27/08/08

Direção: Fredi M. Murer
Duração: 100 minutos
Genêro: Drama
Classificação Etária: 14 anos
Horário:
Sala : Moviecom Castanheira Sala 04 - Projeção Digital
Sinopse :Vitus é um garoto superdotado, que parece vindo de outro planeta. Ele tem o ouvido muito apurado, toca piano como um virtuoso e estuda enciclopédias desde os cinco anos de idade. Seus pais antecipam um futuro brilhante para ele. Esperam que ele se torne um exímio pianista. Mas o pequeno gênio prefere brincar com seu excêntrico avô na oficina dele, construindo planadores. Ao fazer um vôo numa das engenhocas, um dramático salto dará a Vitus o controle da própria vida.
APOIO : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"DO MUNDO NADA SE LEVA" NA SESSÃO CULT DIA 22/08/09 ÀS 16 H

"DO MUNDO NADA SE LEVA"
Original: You Can’t It With You-EUA, 1938.
Direção de Frank Capra
Roteiro de Robert Riskin de uma peça de George D. Kaufman e Moss Hart.
Fotografia de Joseph Walker
Música de Dimitri Tiomkim
Elenco: Lionel Barrymore, James Stewart, Jean Arthur, Edward Arnold e Ann Miller
Argumento: A família Vanderhof tem uma filosofia: cada membro faz o que quer. E o melhor: convida para morar com ela as pessoas que se sentem alijadas do mundo, como um bancário que preferia curtir os seus inventos artesanais. Esta família é abalada pela intervenção de um milionário que deseja o terreno onde está construída sua casa, visando expandir o seu negócio imobiliário. Por sorte (ou não) o filho do milionário namora a neta do Senhor Vanderhof, o patriarca da grande família. E as confusões começam quando as duas famílias se encontram.

Importância Histórica: A peça de Kaufman & Hart fez tanto sucesso que foi já neste século reencenada com grande público nos EUA. Capra e seu roteirista predileto, Robert Riskin, adaptaram de tal forma o texto que o espectador não sente que a maior parte da ação se passa numa sala. Personagens simpáticas escondem os estereótipos de heróis e vilões com diálogos inteligentes em que a malicia se confunde com a lição de moral.O filme ganhou o Oscar de 1938 e foi um dos maiores sucessos de público da Columbia Pictures nos anos 30. Para os historiadores de cinema é uma produção típica de Capra, com muito otimismo, muita comédia, e algumas pitadas de seriedade, passando pela concepção romântica do conflito de classes.

SESSÃO CULT
"DO MUNDO NADA SE LEVA"
Cine Líbero Luxardo
Sabádo Dia 22/08/09
Horário : 16:00 h
Entrada Franca
*Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA

Programação: ACCPA

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"CINEMA AMADOR E CINEMA DOMÉSTICO"

Há alguns anos organizei um festival de filmes amadores. Era o tempo do Cine Clube APCC, com a efervescência do que se chamava “cinema de arte”. Esse período foi gratificante e hoje está sendo alvo de estudos de pesquisadores até de fora do Estado.
Avalio que neste momento é preciso recuperar, entre nós, essa categoria de cinema, mas é necessário, inicialmente, caracterizar o que se designa “cinema amador”. É possível distinguir a subdivisão: cinema doméstico e cinema amador de gênero (documentário ou ficção). Na mostra passada, esta subdivisão não foi mencionada. Na época, o que se gravava era em película 16 mm e Super 8 mm. O “tape”, ou melhor, a fita VHS, engatinhava. Agora há muitas pessoas que possuem câmera digital e filmam o que lhes interessa e a qualquer hora. O cinema, finalmente, ganhou a vez da caneta preconizada por Jean Cocteau no tempo em que realizou “Orfeu” (Orphée/1950). Por isso há necessidade de se selecionar o material nessas categorias. Não quer dizer demérito de qualquer uma. O cinema amador, como dizia Buñuel, é o “mais puro”, o cinema sem o “pecado” da feição industrial & comercial, realizado para registrar momentos de vidas ou para suscitar a admiração de um grupo. Trata-se de produções criativas que o cinéfilo elabora a partir ou não de um roteiro. É comprometido com um tema. Quem o faz pensa numa pequena história, na aferição de um fato, na descrição de um ambiente, num depoimento importante. Mas é possível ousar também o sentido experimental da “caneta”.
No caso do cinema doméstico, o mais comum é o registro de festas. Pode ser um aniversário, um casamento, um batizado, uma formatura, uma reunião familiar. O tom é de um álbum fotográfico onde se impõe o movimento, captam-se os momentos mais importantes do evento e como há empresas que se propõem nesse novo ramo de comércio a tecnologia adota os elementos da linguagem do cinema sem o sentido de significados que explorem algo além do registro puramente informativo do evento
Com base nessas dimensões, será elaborado um regulamento e uma ficha de inscrição, com data prevista para o lançamento do programa, ou seja, período de inscrição, seleção e divulgação dos resultados. A idéia é criar comissões não só entre os membros da ACCPA, mas da sociedade civil, visando uma seleção equilibrada do material enviado. Os vídeos (DVD) selecionados devem fazer parte de um programa que será exibido em um dos espaços hoje utilizados com sucesso pela associação de críticos.
Quem tiver o seu vídeo em qualquer das duas categorias pode começar a rever o seu “baú” e ficar na expectativa do regulamento para poder inscrever-se. Esse material estará, nos próximos dias, nos seguintes blogs: ACCPA, blog da Luzia e blog do Veriano.
Foi dada a largada. Quem quiser ver o seu filminho em tela grande, ao lado de uma platéia, que o registre. Não se promete prêmios. A exibição já é um prêmio. E não há “reprovação”. Se houver um numero muito grande de participantes o programa será divido em blocos ou temas. O que se quer é estimular a produção local a partir de sua origem. Alguns cineastas amadores do passado entraram para o rol dos profissionais. E em 1976, quando aconteceu a última mostra, produções de outros estados da Amazônia surpreenderam surgindo até um longa-metragem.

Luzia Miranda Álvares
luziamiranda@gmail.com

"OS INCOMPREENDIDOS" NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA DIA 17/08/09 EM HOMENAGEM AOS 50 ANOS DA NOUVELLE VAGUE


"OS INCOMPREENDIDOS"
HOMENAGEM AOS 50 ANOS DA NOUVELLE VAGUE
Original: Les 400 Coups-França,1959
Direção de François Truffaut
Roteiro de Truffaut e Marcel Moussy
Fotografia de Henri Decae
Música de Jean Constantin
Elenco: Jean Pierre Léaud,Claire Maurier, Albert Rémy e Guy Decomble.
Resumo: Doinel , adolescente que vive em Paris com a mãe e o padrasto, sente-se oprimido pela ausência de carinho e o mau encaminhamento na escola. Com o colega René passa a executar alguns “golpes”(dão o titulo original “400 Golpes”) como roubar cartazes de filmes exibidos nas galerias de cinemas, e dá-se mal quando tenta levar a máquina e escrever de um escritório. Jogado pela família numa escola correcional, depois de dois dias preso numa delegacia, consegue fugir e chegar ao mar que nunca havia visto.

Importância Histórica: O primeiro longa-metragem de François Truffaut (1932-1984) praticamente inaugurou o movimento “Nouvelle Vague”, proposta de renovação estética do cinema francês comanda por críticos da revista “Cahiers du Cinema” (ele, Jean Luc Godard, Claude Chabrol, Eric Rhomer e Jacques Rivette, chamados por eles mesmos de “jovens turcos”). Com farpas biográficas o filme exibe influencias do movimento neo-realista e uma grande sensibilidade, característica que perseguiria a obra de Truffaut diferindo-a do que fizeram os seus colegas.O cineasta trabalhou intensamente até morrer, não só dirigindo como atuando (ele interpretou o cientista de “Contatos Imediatos do 3° Grau”). Amava o cinema e sempre demonstrou isso. O ator Jean Pierre Léaud e a personagem Antoine Doinel seriam vistos como o seu “alter ego”, aparecendo em pelo menos 5 filmes onde se inclui a seqüência de “Os Incompreendidos”, o curta-metragem da coletânea “Amor aos 20 Anos”.
SESSÃO ACCPA/IAP
"OS INCOMPREENDIDOS"
Cineclube Alexandrino Moreira
(Auditório do IAP)
Horário : 19 h
Dia 17/08/09
Entrada Franca
Programação : ACCPA
*Após o filme, haverá um debate entre os presentes e críticos da ACCPA

Próximos Programas do Cineclube Alexadrino Moreira:
Segunda-feira Dia 24/08:“A MORTE NUM BEIJO” de Robert Aldrich
Segunda-feira Dia 31/08:”CONSCIÊNCIAS MORTAS” de William Wellman


Blog da ACCPA : http://www.accpara.blogspot.com/
Blog do Cineclube: http://cineclubealexandrinomoreira.blogspot.com/

"A PARTIDA" NO MOVIECOM ARTE DE 13 À 20/08/09


"A PARTIDA"
Em exibição de 14 à 20/08/09
Direção: Yojiro Takita
Duração:130 minutos
Classificação : 12 anos
Horário : 21:20 h
Local : Moviecom Castanheira Sala 04 Projeção Digital
Sinopse: Um violoncelista retorna à sua cidade-natal, após a orquestra em que tocava ser dissolvida. Lá ele passa a trabalhar como agente de funerária, cargo o qual tem muito orgulho apesar das críticas que recebe.
Vencedor do “Oscar” de Melhor Filme Estrangeiro/2008.

Apoio : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

BELÉM AINDA ESTÁ PERDENDO...


A seguir, texto enviado pelo cinemaníaco Wendell Medeiros, para o blog da ACCPA:

Belém ainda está perdendo... Belém a cada dia perde alguma coisa, já prestaram a atenção? já perdeu tantas e, ao que parece, ainda acumulará outras tantas perdas, entre as últimas, a possibilidade de ser uma das sub-sedes da Copa de 2014, ainda comentada aqui e ali...
Mas, de quem será a responsabilidade (prefiro não falar em [des]culpa!) por tudo isso??
Hoje, 05 de agosto de 2009, após mais um dia de trabalho, problemas a resolver, contas a pagar, telefonemas, consultas médicas, etc, etc... ao passar em frente ao Cine Olympia, tido como a mais antiga sala de cinema em funcionamento do Brasil, parei e li o anúncio do filme em cartaz. Atualmente, a "onda" é assistir filmes "arrasa-quarteirão" em grandes salas de cinema encrustadas nos shopping das grandes cidades. É uma pena, uma lástima que as salas de "cinema de rua", àquelas em que você comprava os ingressos, olhava os próximos lançamentos e se apressava para pegar o "melhor lugar", não sem antes comprar uma boa porção de pipoca em frente ao prédio ou até mesmo na ante-sala, e... é uma pena que essas salas de cinema estejam em extinção!!
Pois bem, voltando ao filme... Me aproximei do cartaz e fiquei lendo a sinopse, enquanto isso duas garotas parece que tiveram a mesma idéia que eu. Logo depois, num sonoro "creeeedo, não gostei, vamos 'pro' shopping" percebi que o enredo do filme não havia agradado a elas, a mim sim, e entrei no Olympia...
Perguntei ao rapaz, que fica na entrada, se eu poderia entrar com a minha mochila, ao que me respondeu afirmativamente. O espaço entre a entrada do cinema e a poltrona escolhida me fizeram pensar em tantas coisas, cada passo me levava a imaginar tantas outras sessões, tantos [des]encontros de namorados, amantes, cada beijo roubado, cada leve toque de mãos, sussurros, sustos, gargalhadas, suspense... sessões insólitas, minhas preferidas!!
Escolhi então o "melhor lugar, nem muito atrás, nem muito na frente, no "ponto certo". Sentei, respirei fundo me preparando pra sessão, que pra mim é sempre mais que apenas um drama, uma comédia, um romance, vai além disso, muito mais além... e me vem o espanto (??) a sala está simplesmente vazia!!
Após algumas olhadas, em todas as direções da sala, percebo que não estou equivocado, a sala estava mesmo totalmente vazia, apenas eu e a tela... Respiro uma vez, duas, três e começo a pensar nas possibilidades do por quê de tal situação: será que o gênero não agradou, como àquelas duas garotas? não há tanta divulgação do espaço, da programação?? será que o circuito alternativo é assim mesmo "pra poucos"?? Mesmo sem saber as respostas, em voz baixa, deixo sair um desabafo "depois reclamam que em Belém não há programa bom, de conteúdo e de graça, se fosse pago estariam reclamando, como é gratuito, quase ninguém vêm". Mas, por que falei baixinho, se eu estava realmente sozinho na sala??
Enquanto o filme não começava, liguei a Bel e, após fazer um breve resumo do dia, falei de toda a minha indignação de estar no Cine Olympia, prestes a assistir a um bom filme, e a sala estava lá, vazia. Ainda sem chegarmos a uma conclusão para tal fato, me percebo num misto de sentimentos, será que se ninguém mais chegar, haverá sessão? eu deixarei de assistir ao filme por estar sozinho na sala? ou ainda, será que vou ter uma sessão no Cine Olympia todinha pra mim?? Antes, de respondermos ás perguntas, eis que uma jovem senhora chega e senta-se há umas três fileiras à minha frente e, logo depois, um casal também se junta a nós. Me despeço, pois o filme estava começando...
Entre uma cena e outra, me pego olhando a sala, contando e recontando os presentes... cinco... sete... dez... O friozinho gostoso da sala me fez elencar um outro motivo para se ir ao Olympia: fugir do imenso calor que assola as tardes e noites da Mangueirosa. E ainda outro, as poltronas são muito confortáveis, todas vermelhas, charmosas...
Eis que o enredo, do filme, chega ao final e não mais que vinte pessoas estavam lá. Saio da sala ainda indignado com essa situação toda: por que existem poucas salas de cinema que não sejam em shopping? mesmo com sessões gratuitas, por que o Olympia não lota? por que as pessoas não privilegiam esses espaços? seria uma características do paraense??
Esses questionamentos tomam conta de mim, quando percebo estou em frente ao Rosário e, já que o Olympia foi alimento pra alma, agora é a vez do corpo. Enquanto espero meu cachorro-quente "caprichado", olho pro céu e vejo uma lua cheia maravilhosa, alva, esplendorosa, como a me dizer "relaxa, você não está sozinho". E assim, me entrego ao lanche, como a filha saboreando o macarrão com molho de tomate e palmito feito pela mãe, Estamira...
Na volta pra casa, outras questões ecoam em minha mente: por que Belém perde tantas coisas? por que Belém está tão quente, barulhenta e suja?? Rapidamente, porém, me corrijo, "Belém não está suja ou barulhenta, nós é que a sujamos, poluímos". Somos nós que jogamos nas ruas aquela embalagem de bombom, lata de refrigerante e afins; já vi até um coco saindo de um ônibus e, por pouco não atropela uma senhora que se preparava pra subir no coletivo; por que os carros têm que ligar o som no último volume?? que costume é esse de usar a via pública como se fosse uma extensão do quarto, da sala, da casa?? será que não dá pra esperar alguns segundos, após o semáforo abrir, antes de "descer a mão nas buzinas"?? Isso resolve o trânsito caótico em que vivemos??
Por que Belém perde tantos espaços nas calçadas, ocupadas por cadeiras de bares, lanchonetes, ambulantes, lixo, entulho?? Onde está o nosso direito de ir e vir?? Onde estão os órgãos competentes que pouco ou nada fazem para coibir essas infrações ao código de posturas da cidade??
Voltando ao Olympia: parabéns a prefeitura de Belém por manter esse espaço que, mesmo pouco privilegiado por grande parte da população, ainda resiste bravamente; parabéns aos funcionários, desde o porteiro ao cara que bota a película pra rodar, parabéns!!
E, aos desinformados, o Olympia funciona de terça a domingo, sempre as 18h30, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos, como em "Cidade Perdida". Vão lá, prestigiem, compareçam, não deixem que Belém perca mais esse espaço, prestigiem a "sala de cinema mais nostálgica e charmosa da Mangueirosa".
A propósito, o nome do filme era "O Último Louco", eu gostei e recomendo!!

Wendell Medeiros

domingo, 9 de agosto de 2009

"MOUNSIEUR VINCENT" NA SESSÃO CINEMATECA NO CINE OLYMPIA DIA 16/08/09 ÀS 16 H

"MONSIEUR VINCENT, O CAPELÃO DAS GALERAS"
Original: Monsieur Vicent- França, 1946
Direção de Maurice Cloché
Roteiro de Jean Anouilh
Fotografia de Claude Renoir
Música de Jean-Jacques Grünewald.
Elenco: Pierre Fresnay,Aimé Clariond, Jean Debucourt,Lise Delamare,Germaine Dermoz.
Resumo: Vicent de Paul, era ainda um jovem pároco quando iniciou a sua missão para onde é designado, combatendo a peste que assolava o lugar. Depois disso, dedica-se aos idosos desamparados criando uma ordem de auxilio com a colaboração de mulheres que formariam a Confraria de Caridade, de inicio representada por quatro irmãs, mas logo se expandindo. Quando ele quis ampliar o beneficio para crianças houve reação, mas o padre lutou para alcançar seu objetivo, dedicando-se à caridade até o fim de sua vida.
Importância Histórica: A vida de S. Vicente de Paulo ganhou uma versão cinematográfica muito aplaudida, sendo considerado o melhor filme do diretor Maurice Cloché.Por seu trabalho o ator Pierre Fresnay mereceu o prêmio do Festival de Veneza. Seu desempenho, rivalizou com os de “A Grande Ilusão”(La Grand Illusion) de Jean Renoir e “Desespero D’Alma”(Le Defroqué) de Leo Joannon, filmes que muito ficaram devendo ao talento do intérprete. O filme também recebeu muitas candidaturas a prêmios, como ao Bafta inglês e ao Globo de Ouro (EUA).
Há momentos marcantes como a conversa de Vicent com a rainha quando ele se queixa que “pouco fez dormindo tanto”(duas horas por dia).
Mais do que um filme religioso, “M. Vincent”é um marco na história do cinema francês.
SESSÃO CINEMATECA
"MOUNSIEUR VINCET : O CAPELÃO DAS GALERAS"
Cine Olympia
Domingo dia 16/08/09
Horário : 16 h
Entrada Franca
Programação : ACCPA
Próximo programa da Sessão Cinemateca:
"A PAIXÃO DE JOANA D´ARC" de Carl Dreyer
Domingo dia 20/08/09

sábado, 8 de agosto de 2009

ACCPA NO TWITTER

AACCPA tem mais uma opção de interação com os cinemaníacos da cidade. A partir desta semana, você poderá se informar sobre nossas ações e novidades no Twitter no endereço www.twitter.com/accpa
Fique à vontade para interagir conosco. Você é nosso convidado.

ACCPA EM PARCERIA COM A MTV BELÉM E PORTAL CULTURA

AACCPA acaba de fechar uma parceria com a MTV Belém (Canal 25) para divulgação das suas atividades e das ações de cinema que apóia dentro do cenário cinematográfico da cidade. A intenção é alcançar o público jovem que assiste a programação da MTV, procurando informar cada vez mais e melhor os cinemaníacos de Belém, buscando formar uma nova platéia de cinema que busque cada vez mais o melhor no cinema.Esta parceria se junta as ações que a ACCPA tem feito junto com o Portal Cultura, onde tem as críticas dos associados tem sido divulgadas no site www.portalcultura.com.br
Esperamos que com estas e outras futuras parcerias, possamos estar colaborando com o desenvolvimento do melhor que o cinema pode oferecer em nossa cidade.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"VOCÊS, OS VIVOS" DE ROY ANDERSSON NO MOVIECOM ARTE DE 07 À 13/08/09

"VOCÊS, OS VIVOS"
Direção : Roy Andersson
Duração : 94 minutos
Genêro:Drama
Classsificação Etária: 14 anos
Em Exibição : de 07 à 13/08/09
Local : Moviecom Castanheira Sala 04 - Projeção Digital
Sinopse : É um filme sobre o ser humano, sobre suas conquistas e misérias, sua alegria e seu sofrimento, sua auto-confiança e ansiedade. Personagens que trazem em comum um aspecto solitário, mesmo quando estão cercados por outras pessoas. Um ser humano de quem se quer rir e também chorar por ele, ou ela. É simplesmente uma trágica comédia ou uma cômica tragédia sobre nós mesmos. A narrativa se passa em Estocolmo e serve universalmente para qualquer lugar ou época.Composto de 57 esquetes com câmera fixa, o filme não traz uma história, mas diversas situações diferentes, desde o músico, triste por ser contratado mais para funerais do que para outros eventos, até o animador de festa, condenado à morte por tentar dar felicidade para seus clientes.
Apoio :ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

"W" DE OLIVER STONE NO CINE ESTAÇÃO



"W"
Título Original: W
Direção: Oliver Stone
Elenco: Josh Brolin, Richard Dreyfuss, James Cromwell, Ellwn Vurstyn
Sinopse: George W. Bush (Josh Brolin) entra na faculdade seguindo a tradição de seu pai, George Bush (James Cromwell), um influente político. Apelidado de W pelos amigos, ele vive sob a sombra paterna e deseja apenas curtir a vida. Sem rumo definido na carreira, decide entrar para a política ao concorrer para a Câmara dos Representantes pelo Texas, estado onde vivia desde criança. Na campanha conhece Laura, com quem posteriormente se casa. W perde a disputa, mas se envolve de vez com a política ao ajudar seu pai na campanha presidencial de 1988, o qual sai vitorioso.


"W"
Cine Estação
Em Exibição :
Dia 08/08 às 18h e 20h30
Dia 09/08: às 10h, 18h e 20h30
Dia 23/08 às 10h, 18h e 20h30

Apoio : ACCPA

"A ÚLTIMA AMANTE" DE CATHERINE BREILLAT NO CINE LÍBERO LUXARDO

“A ÚLTIMA AMANTE” de Catherine Breillat
Título Original: Une Vieille Maîtresse
Direção: Catherine Breillat.
País/Ano: França / Itália , 2007
Roteiro: Catherine Breillat
Elenco: Asia Argento, Fu'ad Ait Aattou, Roxane Mesquida
Sinopse: Na mundana Paris do século XIX, só se fala no casamento do jovem libertino Ryno de Marigny com a bela e pura Hermangarde, uma flor da aristocracia. Os noivos se amam, porém as más línguas insinuam que Ryno não vai conseguir romper um antigo romance com a Vellini, uma cortesã escandalosa, filha de uma duquesa com um toureador. Entre confidências, traições e segredos numa sociedade paralisada pelas convenções, a força dos sentimentos vai provocar os acontecimentos.

"A ÚLTIMA AMANTE"
Cine Líbero Luxardo
De Quinta à Domingo – De 06 a 16/08
Horário : 19:30
Classificação Etária : 14 anos

Apoio : ACCPA

'O ÚLTIMO DOS LOUCOS" NO CINE OLYMPIA DE 05 À 23/08/09

"O ÚLTIMO DOS LOUCOS"
Direção: Laurent Achard
Roteiro: Laurent Achard, Nathalie Najem, Timothy Findley (autor do romance no qual se baseia)Produção: Dominique Barneaud, Robert Guédiguian
Fotografia: Georges Diane, Philippe Van Leeuw
Edição: Jean-Christophe Hym
Elenco:Julien Cochelin,Annie Cordy,Pascal Cervo,Dominique Reymond
Sinopse : É verão e começo das férias. Martin tem onze anos, vive na fazenda de seus pais e observa, desamparado, a desunião de sua família: sua mãe vive enfurnada em seu quarto, seu irmão mais velho, que ele adora, se afoga no álcool, e seu pai é dominado pela avó. O menino assiste a um desastre familiar. Mas Mistigri, seu gato, e Malika, uma amiga marroquina, procuram reconfortá-lo de alguma forma.

Prêmios recebidos:
- Menção honrosa e Silver Leopard para Laurent Achard (Locarno International Film Festival)
- Melhor filme (Prix Jean Vigo)
- Golden Leopard para Laurent Achard (Locarno International Film Festival)

"O ÚLTIMO DOS LOUCOS"
Em exibição de 05 à 23/08/09
Espaço Municipal Cine Olympia
Horário : 18:30 (De Terça à Domingo)
Classificação Etária : 12 anos
Duração : 96 minutos
Entrada Franca


Apoio :
ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)
Embaixada da Fraça (RJ
Aliança Francesa (PA)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"ACOSSADO" DE GODARD NA SESSÃO CULT SABÁDO DIA 08/08 ÀS 16:30 H


"ACOSSADO"
HOMENAGEM AOS 50 ANOS DA NOUVELLE VAGUE
Original: À Bout de Souffle- França, 1960
Direção e roteiro de Jean Luc Godard. Argumento de François Truffaut.
Fotografia de Raoul Coutard
Música de Martial Solal;
Elenco: Jean Paul Belmondo, Jean Seberg, Daniel Boulanger, Jean- Pierre Melville,Heni-Jacques Huet,Van Doude,Claude Mansard, Jean Luc Godard.
Resumo: Michel Poicard (Belmondo) rouba um carro e mata um policial que o perseguia em motocicleta. Ele resolve fugir de Paris acompanhado da jovem norte-americana Patriai Fanchini (Seberg) estudante em Sorbonne que ele conhecia.
Importância Histórica-O primeiro filme de Jean Luc Godard, critico da revista “Cahiers du Cinema”, é um dos marcos do movimento “nouvelle vague”. Dedicado a Monogram Pictures, empresa norte-americana voltada a filmes de classes B e C, usa uma história de seu colega Truffaut que pode ser resumida numa perseguição policial do estilo usado pelos cineastas contratados da Monogram, muitos que permaneceram no anonimato até o final de suas carreiras.Dentre muitas seqüência que ficaram registradas em antologias está o “tiro no sol” dado pelo ladrão (Belmondo), e a quebra da continuidade do cinema tradicional, métrica utilizada desde os filmes de David Wark Griffith no inicio do século XX. Por sinal que Godard passaria a fazer um tipo de cinema bem particular, afirmando que a linguagem cinematográfica saía da pré-história. O seu cinema pode ser considerado o que melhor incorporou a idéia básica da “nova onda”, pretendendo ser menos espetáculo e mais culturalmente profundo. Por essa mudança radical Godard é amado e odiado por espectadores internacionais. Difícil um meio termo. Daí a importância de um debate sobe a sua obra.
SESSÃO CULT
"ACOSSADO"
Sabádo Dia 08/08/09
Cine Líbero Luxardo
Horário : 16:30 h
Entrada Franca
* Após o filme, haverá debate entre o público e os críticos da ACCPA
Programação : ACCPA
Próximo Filme da SESSÃO CULT :
Dia 22/08/09 - "DO MUNDO NADA SE LEVA" de Frank Capra

"SEMINÁRIO “DIÁLOGOS FRANÇA-PARÁ: O Audiovisual Contemporâneo”"

SEMINÁRIO “DIÁLOGOS FRANÇA-PARÁ: O Audiovisual Contemporâneo”
O Estado do Pará e a cidade de Belém abrem os braços à França: a Association Solidarité Provence Amérique du Sud - ASPAS e uma delegação de diretores de cinema e críticos de literatura e de cinema franceses são os convidados do Instituto de Artes do Pará para essa programação, pois este ano a França é o país homenageado oficialmente pelo Brasil.
As atividades acontecerão de 5 a 10 de agosto de 2009 no IAP. Filmes, palestras, mesas redondas, ilustrarão a criatividade artística da região francesa - PACA (Région Provence Alpes Côte d’Azur) e do Pará. A intenção é realizar um intercâmbio cultural com o objetivo de afirmar a amizade entre os nossos povos e criar laços de continuidade para o futuro próximo, em particular entre o sul da França e o Pará.

PROGRAMA
05.08
10h às 14h · Oficina de Videoarte
Instrutor: Marc Mercier (Cineasta e diretor artístico francês)
16h · Mostra de Videoarte
Exibição de filmes seguida de comentários do cineasta francês Marc Mercier
Les Totologiques (As Totológicas), Michel Jaffrenou et Patrick Bousquet, França, 1981, 15’
Videoflashs, Michel Jaffrenou et Patrick Bousquet, França, 1982, 8’
Promenade (Passeio), Jun’ichiro Ishii, Japão, 2007, 8’30”
Slon Tango, Chris Marker, França, 1993, 5’
365, Sophie Urbani, França, 2007, 1’20”
Terminal Communication (Comunicação terminal), Michel Fortune, Irlanda, 2008, 2’57”
The road the white men trad (O caminho que os homens brancos traçaram), Samuel Bester, França, 2008, 3’
The trolley dance (O bonde dança), Anton Hecht, Inglaterra, 2008, 4’
Variation (Variação), Anton Hecht, Inglaterra, 2007, 2’30”
18h · Abertura Oficial
Sra. Leonor Harispe (Presidente da Associação Solidarité Provence/Amérique du Sud)
Sr. Jaime Bibas (Presidente do Instituto de Artes do Pará)
Sr. Edilson Moura (Secretário de Cultura do Pará)
19h30h · Filmes de Marc Mercier e de diretores paraenses
Debate com Marc Mercier, diretor francês e Armando Queiroz, artista visual paraense
Corrida urbaine (Corrida urbana), Marc Mercier, França, 2008, 3’13”
Ce qui nous réunit, ce qui nous sépare (O que nos une, o que nos separa), Marc Mercier, França, 2008, 10’20”
Desassossego, Marc Mercier, França, 2004, 18’23”
Fábula, Armando Queiroz, Pará, 2008, 2’ 56”
Um dia qualquer, Armando Queiroz, Pará, 2008, 4’ 05”
Verso-reverso 1, Vitor Lima, Pará, 2007, 1’ 12”
Verso-reverso 2, Vitor Lima, Pará, 2007, 56”
Labirinto Líquido, Jorge Eiró, Pará, 2004, 6"
Pretérito Imperfeito, Flavya Mutran, Pará, 2004, 8’ 30”

06.08
9h às 14h · Oficina de Videoarte
Instrutor: Marc Mercier - cineasta e diretor artístico francês
10h · Filosofia e Arte
Palestrante: Luisa Marques dos Santos (Professora Agregée de Filosofia do Liceu Antonin Artaud - Marselha)
16h · Exibição de filmes franceses e paraenses
O rapto do Peixe-Boi, Cássio Tavernard, 2009, Pará, 15’
Muragens, Andrei Miralha, 2008, Pará, 12’ 11”
Mulheres de Mamirauá, Jorane Castro, Pará, 2008, 40’
Verde Terra Prometida, Cláudia Kahwage, Pará, 2008, 32’
Hôtel Plasky (Hotel Plasky), Aurélia Barbet, França, 2004, 6’30”
Eh, la famille! (Ah, a família!), Anne Alix e Philippe Tabarly, França, 60’
20h · Diálogo entre a Cinematografia Contemporânea do Sul da França e do Pará
Cássio Tavernard (Cineasta paraense)
Cláudia Kahwage (Diretora e roteirista paraense)
Aurélia Barbet (Cineasta francesa)
Anne Alix (Cineasta francesa)
Mediação: Jorane Castro (Cineasta paraense)

07.08
9h às 14h · Oficina de Videoarte
Instrutor: Marc Mercier - cineasta e diretor artístico francês
16h · Diálogo entre a Literatura Francesa e a Literatura Amazônica
A Literatura Francesa Contemporânea - Pascal Jourdana (Jornalista literário francês)
A Literatura Moderna no Pará - Josiclei de Souza Santos (Mestre em Estudos Literários pela UFPA)
Matrizes Orais da Literatura Amazônica - Vicente Franz Cecim (Escritor paraense)
18h · Panorama Crítico do Cinema Francês
Palestrante: Jeanne Baumberger (Crítica de cinema francês)
19h · Exibição do filme Vénus & Fleur (Vênus & Fleur), Emmanuel Mouret, 2003, 80",
Debate com Jeanne Baumberger (Crítica de cinema francês)

08.08
9h às 14h · Oficina de Videoarte
Instrutor: Marc Mercier - Cineasta e diretor artístico francês
Mostra de filmes franceses
Apresentação e comentários de Jeanne Baumberger (Crítica de cinema francês)
18h · Filmes sobre o trabalho da coreógrafa Josette Baïz em Aix-en-Provence
Mansouria, Luc Riolon, França, 1993, 45’
Duo, França, 2007, 9’ e Ulisses, França, 2007, 30’ (Registros de espetáculos recentes)
20h · Samia, Philippe Faucon, França, 2000, 75"

09.08
Mostra de filmes franceses
Apresentação e comentários de Jeanne Baumberger (Crítica de cinema francês)
18h · Violence des échanges en mulieu tempéré (Missão Demissão), Jean-Marc Moutout, França, 2004, 99’
20h · Travaux, on sait quand ça commence (Obras, sabemos quando começam), Brigitte Roüan, França, 95’

10.08
9h às 14h · Oficina de Videoarte
Instrutor: Marc Mercier (Cineasta e diretor artístico francês)
18h · Políticas para o Audiovisual: França e Pará
Leonor Harispe (Presidente da Associação Solidarité Provence/Amérique du Sud)
Jeanne Baumberger (Crítica de cinema francês)
Cincinato Jr. (Coordenador da Câmara Setorial de Desenvolvimento Sociocultural do Pará)
Paula Macêdo (Diretora do MIS)
Mediação: Zienhe Castro (Documentarista e Produtora Cultural)
20h · Exibição do vídeo produzido na Oficina de Videoarte
Comentários de Marc Mercier

SINOPSES
VÉNUS & FLEUR
Dir. Emmanuel Mouret , França, ficção, cor, 1h20, 2003.
(Selecionado para a Quinzena dos Diretores, Festival de Cannes 2004)
Sinopse: Fleur, uma jovem parisiense tímida, chega a Marselha para passar alguns dias de férias. Num bar, ela conhece Vénus, uma jovem russa extravagante e cheia de fantasias que improvisa a vida a cada dia. Apesar da diferença de personalidade, as duas moças se entendem muito bem, pois, na verdade, ambas sonham encontrar o Príncipe Encantado. Mas será que ele virá? E quem ele escolherá?

MANSOURIA
Dir. Luc Riolon,, França, 1993, documentário, cor, 45’Sinopse: Em 1989 a bailarina e coreógrafa Josette Baïz foi convidada a realizar um projeto de dança contemporânea com os alunos de La Bricarde, escola primária situada num bairro muito desfavorecido de Marselha, em que a maioria das crianças é oriunda de famílias de imigrantes. O filme aborda as coreografias que resultaram dessa experiência, em que se estabelece um diálogo entre o domínio técnico de Baïz e o conhecimento tradicional e familiar dos alunos.
SAMIA
Dir. Philippe Faucon, França, 2000, cor, ficção, 73’.
Sinopse: Samia tem 15 anos e vive na periferia de Marselha, sexta de oito filhos de uma família argelina tradicional, sente-se sufocada pelo peso da moral repleta de crenças e tabus que respeita, embora não os compartilhe mais. Em razão de suas dificuldades escolares, é encaminhada a uma formação técnica que não a interessa, não tendo a alternativa de sair de casa para continuar os estudos, como algumas de suas irmãs. Diante da repressão familiar, assumida com extrema violência por seu irmão mais velho, Samia se dá conta de que terá que assumir com firmeza suas escolhas de vida.

VIOLENCES DES ÉCHANGES EN MILIEU TEMPÉRÉ (MISSÃO DEMISSÃO)
Dir. Jean-Marc Moutou, França, 2004, cor, 99’.
Sinopse: Philippe, 25 anos, chegado do interior para trabalhar em Paris em uma grande empresa de consultoria empresarial, conhece Eva em sua primeira manhã no emprego, por quem sente-se atraído. Sua primeira tarefa, à qual se entrega com entusiasmo, é preparar a compra, ainda confidencial, de uma fábrica por um grupo financeiro. Seus relatórios são convincentes, levando-o a ganhar a confiança do chefe que lhe confia uma nova responsabilidade, selecionar os que vão trabalhar na nova organização da empresa. A partir daí, Philippe deve convencer Eva e a si mesmo da necessidade de sua missão, e encarar os homens e mulheres os quais serão por ele exonerados.

TRAVAUX, ON SAIT QUAND ÇA COMMENCE.... (OBRAS, SABEMOS QUANDO COMEÇAM...)
Dir. Brigitte Roüan, França, 2005, ficção, cor, 1h45
Sinopse: Chantal é uma brilhante advogada, especializada em defender imigrantes. Imbatível e implacável no tribunal, na vida privada é condescendente com seus dois filhos adolescentes e o ex-marido. Decidida a fazer uma reforma no seu apartamento, ela contrata os serviços de um grupo de colombianos. A obra se transforma num pandemônio, e Chantal fica à beira de um ataque de nervos.

EH, LA FAMILLE ! (AH, A FAMILIA !)
Dir. Anne Alix e Philippe Tabarly, França, documentário, 60’
Sinopse : A família nos inflencia, nos encanta, nos fascina, nos frustra. Sonhamos com ela, a perpetuamos, a recompomos e a maldizemos também. Ela se impõe como modelo, nos constrói, apesar de nós, e permanece como nossa primeira grande experiência. A despeito de nossa tendência ao rompimento, continuamos a manter com ela um laço privilegiado.

HÔTEL PLASKY
Dir. Aurelia Barbet, ficção, França, 2004, 06'30”.Sinopse: Uma mulher perambula pela cidade e cruza com uma antiga amante, que não a reconhece. Essa pequena humilhação evoca suas lembranças e deslancha um processo íntimo.

LES TOTOLOGIQUES (AS TOTOLÓGICAS)
Dir. Michel Jaffrennou e Patrick Bousquet, França, 1981, 15’
Sinopse: Inspirado no espetáculo de videoteatro, com os mesmos autores, as totológicas são uma sucessão de sketchs em que o monitor da televisão é desprezado. Os monitores e suas imagens assim como os dois atores são protagonistas de situações absurdas e humorísticas. Monitores-móveis, monitores-caixas de malícias, monitores-caixas de magias para videastas prestidigitadores.

VIDEOFLASHS
Dir. Michel Jaffrennou e Patrick Bousquet, França, 1982, 8’
Sinopse: Os Videoflashs foram concebidos como pequenas cenas propondo combinações entre elementos plásticos, uma anedota poética, e um jogo insólito sobre a imagem televisual.

PROMENADE (PASSEIO)
Dir. Jun’ichiro Ishii , Japão, 2007, 8’30’’
Sinopse : Retomada da instalação « Rua do Infinito » (Auvergne, 2007), o filme questiona a aceleração humana nas sociedades contemporâneas.

SLON TANGO
Dir. Chris Marker, França, 1993, 5’
Sinopse : Um efefante dança um tango no Zoológico de Ljubjana (Slovênia) ao ritmo de uma música de Igor Stravinsky.

365
Dir. Sophie Urbani , França, 2007, 1’20’’
Sinopse : Um plano fixo que observa os automóveis e suas transformações, à maneira de Méliès.

TERMINAL COMMUNICATION (COMUNICAÇÃO TERMINAL)
Dir. Michael Fortune, Irlanda, 2008, 2’57’
Sinopse: Um plano fixo que mostra as ações dos motoristas ao se aproximarem de uma bifurcação mal sinalizada, que conduz ao Porto Rossiare em Co. Wexford. Filmado de uma posição estratégica que permite ver a cena do alto, a câmera capta os incidentes que os habitantes denunciam como cotidianos.

THE TROLLEY DANCE (O CARRINHO DANÇA)
Dir. Anton Hecht, Inglaterra, 2008, 4’
Sinopse : Uma dança feita com com carrinhos de supermercado e o God group, de Darlington - UK. Utilizar uma ação cotidiana e transformá-la em algo universal.

VARIATION (VARIAÇÃO)
Dir. Anton Hecht, Inglaterra, 2007, 2’30’’
Sinopse : Diversas pessoas foram filmadas na Igreja St. Michel, em Byker Newcastle, individualmente, ao longo de um dia, executando notas em diferentes instrumentos, a fim de criar um banco de notas que o compositor Andy Jackson utilizou para criar o trecho que vocês irão ver e compreender. A maioria dos participantes não tinha idéia do que resultaria dessa experiência musical.

CE QUI NOUS RÉUNIT, CE QUI NOUS SEPARE (O QUE NOS UNE, O QUE NOS SEPARA)
Dir. Marc Mercier, França, 2008, 10’20’’
Sinopse: Vídeo produzido pelos participantes de uma oficina realizada no Centro Penitenciário Baumettes (Marselha), com a cumplicidade de Dimitri G, Kamel B, Gérardo O, Saïd M, François P, Dahalani M, Serguei B, Djamaldine M, e de Soline Delabar (estagiário). Durante quatro meses os detentos assistiram a produções de videoarte da videoteca da Instants Vídeo. Alguns chamaram sua atenção, e eles decidiram confrontar seu próprio olhar com as imagens dos artistas.

CORRIDA URBAINE (CORRIDA URBANA)
Dir. Marc Mercier, França, 2008, 3’13’’
Sinopse : Em uma rua de Ramallah (Palestina), um guarda de trânsito dança em meio aos touros metálicos.

DESASSOSSEGO
Dir. Marc Mercier, França, 2004, 18’23”
Sinopse: O poeta português Fernando Pessoa escreveu sob o seu heterônimo Bernardo Soares, o livro “A Intranquilidade.”. Em maio de 2004, Pierre Carrelet coloca em cena um espetáculo “poe-tea-trônico”, no teatro de “Lenche” em Marselha, intitulado “A Intranquilidade”. São evocados Pessoa e seus outros “si mesmos” chamados heterônimos. Esse poema-vídeo retoma o título original do livro de Pessoa. Desassossego significa um estado de espírito entre o sonho e a realidade. Uma intranquilidade do olhar desacertado em Lisboa.

VERSO-REVERSO 1
VERSO-REVERSO 2
Dir. Vitor Souza Lima, cor, NTSC, sem áudio, Mini-DV, Pará, 2007,
1’ 12’ (verso-reverso1)’ e 56’’(verso-reverso2)
Sinopse : Uma casa por dentro ( ?) e por fora. Uma questão sobre o efêmero e o eterno.

MURAGENS- CRÔNICAS DE UM MURO
Dir. Andrei Miralha e Marcílio Costa, animação, 12’11’’, cor, Pará, 2008.
Sinopse: Interferência ficcional num recorte urbano real, o entorno do muro dos fundos do cemitério da Soledade em Belém do Pará.
Apresentando situações diversas, pequenas narrativas – crônicas - nas quais o devaneio, o Non Sense, o caráter fictício da animação marcam a contação das mesmas.

MULHERES DE MAMIRAUÁ
Dir. Jorane Castro, vídeo digital, 40’, Pará, 2008
Sinopse: Através do relato de mulheres residentes da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, no coração da Amazônia, descobre-se o seu cotidiano como esposas, trabalhadoras e mães, situado na várzea, um ecossistema singular, onde a vida delas é pontuada por quatro estações: seca, enchente, cheia e vazante, onde convivem harmonicamente com a natureza e o meio ambiente.

PRETÉRITO IMPERFEITO
Dir. Flavya Mutran, cor, 8’30”, Pará, 2004
Sinopse: Paisagens, cenas e retratos de personagens reproduzem a memória afetiva de Belém em várias gerações, representadas em fragmentos de histórias inacabadas que fundem conceitos como recordar e esquecer. Um relato de saudade inspirado em fotos e filmes, de produção amadora, realizados em Belém por várias gerações.

VERDE TERRA PROMETIDA: LAÇOS AMAZÔNIA NORDESTE
Dir. Claudia Kahwage, documentário, 32’, Pará, 2008
Sinopse: Famílias nordestinas moradoras de pequenas comunidades rurais isoladas localizadas nos travessões da rodovia Transamazônica, no munícipio de Uruará-PA, contam a sua história de migração para a Amazônia, suas trajetórias de vida e procuram por parentes queridos que há muito não tem contato, através de vídeo ou cartas.

UM DIA QUALQUER - PRELÚDIO
Dir. Armando Queiroz, Pará, 2007, 4’08”
Sinopse: Um prelúdio dos resultados da bolsa de pesquisa “O corpo como intermediador entre a vida e a arte”, que teve como objetivo principal gravar pequenos sketchs performáticos focados na inter-relação entre o corpo do artista e o meio vivencial circundante, pretendendo assim, provocar situações de reflexão que permitissem compreender o corpo em suas diversas dimensões: laborial, sensitivo, coletivo e, sobretudo, como potencializador artístico. Os resultados apareceram na forma de um corpo multifacetado, contudo não isolado do seu embate com a realidade.

FÁBULA
Dir. Armando Queiroz, 2’59”, cor, Pará, 2007,
Sinopse: A palavra escrita, sonoridade, imagem e não-imagem. Pensado como o elemento central de uma vídeo-intalação, foi construído num longo processo de acumulação de informações e sentidos, desde a observação da sonoridade distante de porcos sendo vendidos na feira do Ver-o-Peso, até seu resultado final, alguns anos depois. Visto como uma narrativa alegórica, onde os animais possuem caractarísticas humanas, tal qual as fábulas tradicionais, seu desenlace talvez não contemple um ensinamento moral elevado, como seria esperado. Talvez nos conduza simplesmente ao caos primal e a crudelidade da vida.

O RAPTO DO PEIXE-BOI
Dir. Cássio Tavernard e Rodrigo Aben-Athar, Pará, 2009, animação, 15’
Sinopse : Caranguejo, Camarão e Candirus partem em uma aventura para resgatar seu amigo, o Peixe-Boi, responsável por transportar o Pipipipiramutaba, a grande aparelhagem de som! Que surpresas encontrarão no caminho? Será que vai dar tempo de preparar tudo para a próxima festa?

LABIRINTO LÍQUIDO
Vídeo-instalação
Dir. Jorge Eiró, Pará, 2004, 6’
Sinopse: Origina-se na pesquisa do artista sobre imagens de satélite de mapas da Amazônia A viagem visual do artista percorre e cartografa o percurso dos rios dessa região. Posteriormente processadas através de programas gráficos digitais, essas imagens, são transfiguradas em sua cor e textura e editadas em vídeo. A projeção no ambiente expositivo acontece sobre imagens de outros mapas impressos nas paredes da galeria, convertendo a instalação artística em um labirinto líquido de imagens. Traduz-se como uma versão tecnológica da série Cartografias do artista, pois a exploração das propriedades de cor-luz das imagens digitalizadas constitui-se dessa forma como uma nova matriz para sua pintura.

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