terça-feira, 29 de junho de 2010

"LUZ DE INVERNO" DE BERGMAN NO CC ALEXANDRINO MOREIRA DIA 05/07/10

"LUZ DE INVERNO"
Roteiro e Direção : Ingmar Bergman
Ano de produção : 1963
Com Gunnar Bjornsrand, Max Von Sydow e Ingrid Thulin
Argumento : Um pescador vai buscar ajuda de um pastor quando descobre que a China tem uma bomba atômica e pretende usá-la. Só que o pastor, também temendo a crise nuclear, passa por uma séria crise de fé e teme não poder ajudá-lo.
Importância Histórica : "Luz de Inverno" faz parte da Trilogia do Silêncio, que Bergman realizou no início dos anos 60 com "Através do Espelho", "Luz de Inverno" e "O Silêncio". Aqui, temas como fé e amor, são abordados pelo diretor de forma realista e crítica, trazendo argumentações sobre a insegurança humana diante do medo e da vida. A atuação extraordinária dos atores é um dos grandes destaques do filme que é sem dúvida, um dos melhores trabalhos deste genial diretor;

SESSÃO ACCPA/IAP
"LUZ DE INVERNO"
Cineclube Alexandrino Moreira
Segunda Dia 05/07/10
Horário : 19 h
Entrada Franca
Inadequado para menores de 12 anos
*Após o filme, debate entre o público e críticos da ACCPA

Programação : ACCPA

"OS DEUSES MALDITOS" DE VISCONTI NA SESSÃO CULT DIA 03/07/10

"OS DEUSES MALDITOS"
Original: La Caduta degli Dei- Itália, 1969.
Direção de Luchino Visconti
Roteiro de Nicola Badalucco, Enrico Medioli e Luchino Visconti
Fotografia de Pasqualino Di Santis e Armando Nanuzzi
Música de Maurice Jarre
Edição de Ruggero Mastroianni
Elenco:Dirk Bogarde, Ingrid Thulin, Helmut Berger, Helmut Griem,Umberto Orsini, Florinda Bolkan,
Argumento: A família do industrial Von Essenbeck passou com a sua fortuna incólume entre a 1ª;Guerra Mundial e a depressão seguinte. Mas na nascente Alemanha do III Reich ela sofre as conseqüências da ditadura a partir da morte do patriarca durante um jantar com familiares. Acompanha-se a ascensão e queda de novas figuras da decadente aristocracia como Fredrick Bruckmann e sua mulher Sophie e a presença malévola do sobrinho do barão Martin Von Essenbeck.
Importância Histórica: O filme é dos mais discutidos do mestre do neo-realismo Luchino Visconti. Apresenta a ascensão do nazismo através de um mural que exibe com grande beleza plástica, evocando a questão do “belo horrível”, as mudanças radicais que se passaram na sociedade alemã nos anos 30. São excelentes desempenhos de atores como Bogarde, Thulin, Berger e Griem, este último como Aschenbach figura de proa do III Reich. A fotografia ajuda no quadro tenebroso de um pesadelo político. Ressaltam-se momentos que ficaram na história do cinema como Helmut Berger imitando Marlene Dietrich e o suicídio imposto ao casal Bruckman em meio a uma orgia.O filme chegou a ser taxado de “X”, como os pornográficos, nos EUA (depois acomodado na cotação “R”/Restrict). A analogia da indústria com o autoritarismo ganha corpo nas imagens em cores funcionais. O filme mereceu ao "Oscar" de roteiro, ao Globo de Ouro de ator coadjuvante (Helmut Berger), e ganhou prêmios na Itália.

SESSÃO CULT
"OS DEUSES MALDITOS"
Cine Líbero Luxardo
Sabádo dia 03/07/10
Horário : 16 h
Entrada Franca
Inadequado para menores de 14 anos
*Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA
Programação : ACCPA

'O ÚLTIMO REDUTO" NO CINE OLYMPIA - DE 04 À 16/07/10

"O ÚLTIMO REDUTO"
Dernier Maquis (França/Argélia, 2008).
De Rabah Ameur-Zaimèche.
Com ABEL JAFRI, CHRISTIAN MILIA-DARMEZIN, Rabah-Ameur Zaimèche, SALIM AMEUR-ZAÏMECHE.
Drama em Cores.
Duração 93’.
Classificação etária 12 anos.
Sinopse :Em um parque industrial decadente nos arredores de Paris, Mao possui uma empresa de reparo de paletes e caminhões e um estacionamento de cargueiros. Assim como ele, seus funcionários são imigrantes muçulmanos. Para que mantenham o ritmo extenuante de trabalho sem reclamações, Mao constrói uma mesquita nas redondezas, sublinhando a relação entre trabalho e religião. Mas quando Mao aponta o líder espiritual da mesquita sem consultar seus funcionários, eles ameaçam pôr um fim à exploração exercida pelo dono.

"O ÚLTIMO REDUTO"
Cine Olympia
De 04 à 16/07/10 (exceto segunda-feira)
Horário : 18:30 h
Entrada Franca
Apoio: Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e CulturesFrance

domingo, 27 de junho de 2010

"LUZ DE INVERNO" DE BERGMAN SERÁ NO DIA 05/07/10

Devido ao jogo do Brasil, o filme "LUZ DE INVERNO" de Ingmar Bergman será exibido somente na segunda-feira, dia 05/07/10, às 19 h, no Cineclube Alexandrino Moreira.

"KHAMSA" EM EXIBIÇÃO NO CINE OLYMPIA


“KHAMSA” de Karim Dridi. Com Marc Cortes, Medhi Laribi e Raymond Adam.
O cinema francês atual mantém a tendência de mostrar os conflitos de povos e raças que se misturam no país e que vivem num constante estado de choque que muitas vezes gera uma violência e uma desigualdade social graves e sem solução imediata. Alguns dos filmes de produção francesa exibidos no Cine Olympia em parceria com a Cinemateca da França no Brasil, tem nos dado a oportunidade de perceber essa preocupação com o tema. Em “Khamsa”, o diretor Karim Dridi mostra este conflito somado a questões sociais focando o dia a dia de uma garoto que deslocado socialmente e sem nenhuma estrutura familiar para lhe dar apoio, acaba caindo na rotina das ruas e da marginalidade, como uma única forma de sobrevivência. A perda da sua inocência e o rápido aprendizado em pequenos furtos, vão transformando este garoto num homem cada vez mais amargo e cada vez mais sem saída. Mas ao ver suas possibilidades de vida cada vez piores e sem apoio famíliar, ele luta com as armas que tem nas ruas de sua cidade e mesmo assim, sonha com um futuro diferente mas tudo se complica num acidente que envolve a morte de seu amigo, obrigando-o a fugir como única saída. Aqui, o diretor Karim Dridi usa uma narrativa onde não existe espaço para sentimentalismos e somente a dura realidade que aos poucos vai consumindo todos os personagens que desajustados e sem alternativas, vão encarando a vida da forma mais cruel e racional possível. Sem ser um filme original ou definitivo do gênero, “Khamsa” levanta questões interessantes que nos fazem refletir mostrando uma realidade que está nas ruas da França mais que com certeza pode ser encontrada nas esquinas de ruas de qualquer país. Não é o caso de comparar o filme com a abordagem de “Cidade de Deus” de Fernando Meireles, ótimo filme mais que agora é sempre visto como referência para realizações que tenham temas parecidos (o que é um exagero pois outros filmes importantes foram feitos sobre o tema antes do filme brasileiro e nem sempre são lembrados pelo grande público). Mas assim como “Cidade de Deus”, “Khamsa” revela um problema social latente que precisa de solução imediata. E o cinema, como arte de reflexão, está aqui fazendo a sua parte, denunciando e chamando a atenção do grande público para o problema. Veja sem falta.

Marco Antonio Moreira

domingo, 20 de junho de 2010

"EDUCAÇÃO" NO CINE ESTAÇÃO

"EDUCAÇÃO"
Titulo original: (An Education)
Lançamento: 2009 (Inglaterra)
Direção: Lone Scherfig
Elenco :Carey Mulligan, Peter Sarsgaard e Alfred Molina
Sinopse:Jenny Carey (Carey Mulligan) tem 16 anos e vive com a família no subúrbio londrino em 1961. Inteligente e bela, sofre com o tédio de seus dias de adolescente e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. Seus pais alimentam o sonho de que ela vá estudar em Oxford, mas a moça se vê atraída por um outro tipo de vida. Quando conhece David (Peter Sarsgaard), homem charmoso e cosmopolita de trinta e poucos anos, vê um mundo novo se abrir diante de si. Ele a leva a concertos de música clássica, a leilões de arte, e a faz descobrir o glamour da noite, deixando-a em um dilema entre a educação formal e o aprendizado da vida.
*O filme concorreu ao Oscar 2010 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Carey Mulligan) e Roteiro Adaptado (Nick Hornby, de Alta Fidelidade), com base nas memórias de Lynn Barber
"EDUCAÇÃO"
Cine Estação
Datas e Horários:
23 de junho: às 18h e 20h30
24 de junho: às 18h e 20h30
30 de junho: às 18h e 20h30
1º de julho: às 18h e 20h30
APOIO : ACCPA

"DUAS SENHORAS" EM ÚLTIMA EXIBIÇÃO NO CINE OLYMPIA

“DUAS SENHORAS” de Philipe Faucon. Com Houria Belhadji, Sabrina Ben Abdallah e Mohamed Chabane-Chaouche.
O mundo hoje vive momentos constantes de intolerância, em vários níveis. Intolerância religiosa, política e cultural. E o cinema, de várias formas, sempre abordou este tema com muita preocupação e realismo. Em “Duas Senhoras”, produção francesa de 2007 que somente agora chega aos nossos cinemas, o tema volta a ser abordado de forma inteligente através de Esther, uma senhora judia já idosa que necessita de cuidados constantes de enfermeiras mais que tem um temperamento difícil. Até que a mãe de sua enfermeira diurna é contratada. Por ser mulçumana, os conflitos com a mãe da enfermeira surgem imediatamente mais aos poucos as diferenças entre estas duas mulheres vão diminuindo com cada uma compreendendo o valor de suas idéias e costumes. De forma simples, o diretor Faucon é direto na construção dos personagens, mostrando as suas diferenças e permitindo que o espectador identifique seus valores e dogmas que inicialmente parecem ser uma grande barreira mais que aos poucos servem de referência para uma mudança pessoal em cada uma e para uma forte amizade que nasce entre elas que acima de qualquer coisa, aprendem a conviver com suas necessidades e diferenças, num exemplo que acaba incomodando a famílias de ambas que não querem entender que sim, é possível pensar e sentir o mundo de forma diferente e ao mesmo tempo conviver, aceitar, tolerar, respeitar. Com um roteiro simples e objetivo, Faucon mostra ao espectador que é possível ser diferente e conviver com as diferenças. Nada mais oportuno para o cinema que como arte, deve explorar estes temas com mais freqüência. Destaque para a direção de Faucon e principalmente para a atuação das duas atrizes que vivem este belo drama que merece ser visto por quem gosta de cinema.

Marco Antonio Moreira

terça-feira, 15 de junho de 2010

"VERGONHA" DE INGMAR BERGMAN NO CC ALEXANDRINO MOREIRA DIA 21/06/10

"VERGONHA"
Original: Skammen – Suécia, 1968
Direção e roteiro de Ingmar Bergman
Fotografia de Sven Nykvist
Elenco: Max Von Sidow, Liv Ullman,Gunnar Björnstrand.
Argumento: Um casal de músicos, Jan e Eva, moram isolados numa casa de campo, quando são surpreendidos por uma revolução. Eles são considerados colaboracionista e perseguidos. Além de terem pela frente novos inimigos, os dois possuem problemas pessoais, ela desejando um filho e ele não. Quando os guerrilheiros atacam Ana, o marido repele exibindo uma violência até então insuspeitada.
Importância Histórica: O filme é um dos mais importantes na analise da pessoa humana, tarefa a que se dedicou Ingmar Bergman a partir da segunda parte de sua filmografia. Com filmagem em sua própria ilha-residência(Faro) o filme possui todos os elementos presentes no melhor que Bergman realizou. Denuncia a violência como uma reação do homem pacifico, desde que incitado.Vários prêmios internacionais e candidato ao "Globo de Ouro".

Dia 28/06 - "LUZ DE INVERNO" de Ingmar Bergman

SESSÃO ACCPA/IAP
"VERGONHA"
Cineclube Alexandrino Moreira
Auditório do IAP (Instituto de Artes do Pará)
Segunda-feira dia 21/06/10
Horário : 19 h
Entrada Franca
*Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA
Programação : ACCPA

"KHAMSA" NO CINE OLYMPIA - DE 22/07 À 04/07/10

“KAHMSA”
(França, 2008)
Direção: Karim Dridi
Com Marc Cortes, Medhi Laribi, Raymond Adam , Simon Abkarian
Duração 95’
Classificação etária 12 anos.
Sinopse: Depois de fugir de sua família adotiva, Khamsa volta para o acampamento cigano onde nasceu 13 anos atrás. Nada parece ter mudado desde que ele foi forçado a partir, os jogos de cartas tarde da noite, o mergulho no mar Mediterrâneo, as brigas de galo. Khamsa está novamente em casa. Até que seu melhor amigo Coyote conhece Rachitique, um ladrãozinho, com quem começa a realizar pequenos furtos. A juventude e a inocência de Khamsa irão rapidamente acabar à medida que ele desce numa espiral de delinqüência. Exibido na 32a Mostra Internacional de Cinema - São Paulo

“KHAMSA”
Cine Olympia
De 22/06 à 04/07/10
(exceto segunda-feira)
Horário: 18:30 h
Entrada Franca
Apoio: Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e CulturesFrance.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

"SEM DESTINO" DE DENNIS HOOPER NA SESSÃO CULT DIA 19/06/10

"SEM DESTINO"
*Homenagem ao diretor/ator Dennis Hooper
Original; Easy Rider-EUA, 1969
Direção de Dennis Hopper
Roteiro de Dennis Hopper, Peter Fonda e Terry Southern
Produção de Dennis Hopper e Peter Fonda.]
Fotografia de Laslo Kovacs
Direção musical: Mike Deasy
Elenco:Peter Fonda, Dennis Hopper, Jack Nicholson, Luana Andersen.
Argumento: Dois “hippies”, Wyatt e Billy cortam o deserto do sul da Califórnia em caminho de Nova Orleans onde pretendem assistir ao “Mardi-Gras”(o celebre carnaval local).Pelo caminho distribuem drogas e encontram diversos tipos.
Importância Histórica: O filme é considerado “histórico” pelos críticos norte-americanos. Retrata uma época (os anos 60/70), focalizando as comunidades “hippie” e uma cultura peculiar. Fonda e Hopper trataram o projeto a partir de uma idéia de Fonda quando, segundo ele, contemplou uma foto que tirou com Bruce Dern perto de uma moto. “Na contra-luz não se podia dizer que éramos nós”, disse ele. Assim o filme seria o que uma frase publicitária definiu: ’Um homem saiu para procurar a América e não conseguiu encontrá-la em lugar algum”. O tempo da contra-cultura. O filme ganhou um prêmio em Veneza para cineasta estreante (Hopper).

SESSÃO CULT
"SEM DESTINO"
Cine Líbero Luxardo
Sabádo Dia 19/06/10
Horário : 16 h
Entrada Franca
*Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA
Programação : ACCPA (Associação dos Crítícos de Cinema do Pará)

sábado, 12 de junho de 2010

"UM HOMEM SÉRIO" EM DESTAQUE

“UM HOMEM SÉRIO" de Joel e Ethan Cohen. Os irmãos Cohen representam hoje o melhor do cinema americano. Seus filmes, desde o surpreendente “Gosto de Sangue”, revelam um cinema diferenciado, construído em cima de imagens e palavras bem elaboradas e que a cada filme, fortalecem cada vez mais o estilo de cinema dos Cohen. Os personagens de seus filmes, vivem suas odisséias cheias de curvas e imprevistos, levando-os a caminhos variados, com final feliz, ou não. Em “Onde os Fracos têm Vez”, um de seus melhores filmes, este estilo se consolidou numa obra que reflete bem os dias de espanto e falta de ética que vivemos hoje.
Em “Um Homem Sério”, os Cohen criam um personagem que acredita na lógica, na matemática e que entende o universo como algo exato, e por isso, vive se perguntando porque certas coisas acontecem com ele, um homem sério e digno das tradições de sua familia.Mas sua mulher o abandona, os conceitos de sua religião acabam se tornando cada vez menos importantes, o acaso é cada vez mais freqüente e sua vida é cada vez menos previsível. Como ser sério e equilibrado com tudo isso? Os irmãos Cohen não têm essa resposta e muito menos pretendem que a religião ou o acaso apareçam e expliquem tudo. Ao contrário. Em “Um Homem Sério”, as perguntas mais uma vez ficam sem resposta, até porque, no universo dos Cohen, respostas exatas não existem. Existe sim o caos, que todos os personagens têm que saber lidar, mesmo que para isso tenham que derrubar seus dogmas, especialmente os religiosos. “Tudo é Matemática” diz o personagem principal. Ledo engano que ele vai percebendo aos poucos e refazendo os seus conceitos na “marra”, como todos nós. Só falta ao personagem principal do filme entender que a vida não é uma ciência exata. Como um furacão, um acidente de carro, uma morte, uma separação, nada é exato e em “Um Homem Sério”, nos surpreendemos com esta afirmação a cada cena “nonsense” que inevitavelmente nos remete a cenas de outros filmes dos Cohen.
Fundamentais para o cinema moderno americano, os Cohen a cada filme realizam um cinema de autor, livres para discutir o que quiserem, o que sentem e o que é relevante. Os filmes dos Cohen nos falam da vida como ela é, como nós gostaríamos que fosse e fatalmente, nos revela que tudo é diferente do que imaginado mais que isso não deve ser razão para a infelicidade. Caos, ordem, desordem, falta de lógica, confusão. A vida é assim e ninguém tem mais propriedade para falar sobre isso no cinema de hoje que os irmãos Cohen

Marco Antonio Moreira

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Cinema, Copa e Outras Coisas

.

Saiu outra lista de melhores filmes de todos os tempos. Agora em forma de mapa. Clique imdb.com e repare que praticamente nada mudou. Fato que endossa aquela opinião de Peter Bogdanovich: “os melhores filmes já foram feitos”. Pode não ser bem assim, mas a base da linguagem do cinema veio de um tempo heróico onde fotografia ainda exigia muita sensibilidade de película, controle da luz com a abertura ou não (manual) do diafragma e outros leros técnicos.
Claro que “A Felicidade Não Se Compra”é mencionado.
Mas o tema agora é futebol, é a Copa do Mundo que faz cessar tudo o que as musas cantam. Já me disseram que se o Dunga, treinador da Seleção Brasileira, não levar o time pelo menos até às semi-finais, vai ser recambiado para a mina dos outros anões. Quem sentencia é o Mestre e quem apóia é o Zangado.
Ah sim: Branca de Neve já consultou o espelho mágico, herdado da bruxa (que morreu no filme, você viram). Mas ela não conta quem vai ganhar o campeonato mundial de futebol. Já dizem que Branca se esquiva de ser condenada por preconceito. Afinal, a Copa é na África e uma branca não pode dizer que negros vão levar a pior. O “appartheid” já foi.
“Duas Senhoras”(Dans l aVie) é um belo filme. Conta o relacionamento de uma judia paraplégica com uma palestina que passa a ser sua governanta (e a filha dela sua enfermeira). Elas vêem na TV a guerra perene no Oriente Médio. O marido da palestina fica furioso. A mulher nem tanto. E a judia acaba lendo o Alcorão enquanto a governanta viaja para Meca.
Além de tocar na possível convivência de palestinos com judeus o filme mostra que é saudável (e até divertido) tratar de quem está extremamente carente de cuidados, de quem chega a pedir para sair deste mundo. Todos os deuses apostam na caridade como forma de elevar o espírito e com isso melhorar o mundo. O cinema também pode ajudar fazendo filmes assim. O diretor é um marroquino chamado Philippe Faucon.
No DVD checo minha memória. “Odisséia Para Além do Sol” eu não esqueci em mais de trinta anos. Não pela qualidade cinematográfica, mas pelo tema, uma idéia do casal Gerry e Sylvia Anderson (se separaram no inicio dos anos 70). Segundo a idéia deles, um planeta que faz órbita em torno do sol de forma a não ser percebido pela Terra, é um espelho da gente. Tudo o que tem aqui, tem lá. Não é bem antimatéria, pois se fosse o contato entre os dois geraria explosão. Mas é um clone. E quando se mandam astronautas para lá os de lá mandam para cá. E a confusão é grande, valendo como uma viagem ao País do Espelho de Lewis Carrol sem Alice e sem rainhas. Um modelo de “sci-fi” engenhosa. Tanto que as espaçonaves fora do nosso mundo não fazem ruídos como nas “guerras estelares” de Hollywood. É um cuidado imenso com a realidade astronômica em meio à ficção. Vale rever.
Também revi “Moby Dick” de John Huston. O melhor é o texto de Herman Meville respeitado numa fala do Capitão Habab (Gregory Peck). O pior é Peck. Velho canastrão não deixa que surja devidamente dimensionado o homem que luta contra o seu predador, ou quem vingou a espécie mutilando-o. O livro é cultuado, o filme nem tanto.
Melhor de rever é “Alcatraz, Fuga Impossível”(Escape from Alcatraz) de Don Siegel. O professor de Clint Eastwood dirige o aluno no melhor que se fez sobre prisão. Clint é o condenado que planeja e executa uma fuga do presídio tido como inexpugnável. Tudo funciona, até pelo fato de não se dizer dos crimes dos detentos. Comparável só “Um Sonho de Liberdade” de Frank Darabont.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

"AS TESTEMUNHAS" NO CINE LÍBERO LUXARDO

"AS TESTEMUNHAS"
Titulo original: (Les Témoins)
Direção: André Téchiné
Com Michel Blanc , Emmanuelle Béart e Julie Depardieu e Johan Libéreau
Sinopse:1984. Manu (Johan Libéreau) é um jovem de 20 anos, que chega a Paris em busca de trabalho. Um dia ele conhece Adrien (Michel Blanc), Sarah (Emmanuelle Béart) e Mehdi (Sami Bouajila), um casal amigo de Adrien que enfrenta problemas no casamento. Como pano de fundo, a eclosão da AIDS e o medo que desestabiliza amizades e casamentos.

"AS TESTEMUNHAS"
Cine Líbero Luxardo
De 10 a 13 e de 17 a 20 de junho, às 19h30.
APOIO : ACCPA

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CINECLUBE OI ESTAÇÃO - QUARTA DIA 09/06/10


Cine Clube Oi Estação - Cinema na Orla
Programação de quarta, 9 de junho

Curta-metragem: “Matinta Perera”
Direção : Jorge Vidal
Com Adriano Barroso. 15’. 18 anos
Sinopse:Quem não conhece a lenda amazônica da Matinta Perera, contada e recontada e até já musicalizada por Tom Jobim. A velha ou uma espécie de pássaro (a forma varia de lugar pra lugar) assobia pedindo fumo e assombra as crianças. O curta-metragem “Matinta Perera” (2004), de Jorge Vidal, aplica a lenda da Matinta sobre a realidade atual da periferia de Belém. O filme de 15 minutos já foi premiado em festivais como Prêmio Ver-o-Peso (melhor vídeo nacional), I Festival de Belém do Cinema Brasileiro (melhor ator para Adriano Barroso, que faz o papel do pai) e o Guarnicê do 28º Festival Guarnicê de Cinema de São Luis (melhor roteiro para Jorge Vidal).

Longa-metragem :"Não por Acaso"
Direção :Philippe Barcinski.
Com Rodrigo Santoro, Leonardo Medeiros e Letícia Sabatella. 90 min. 18 anos
Sinopse: Ênio (Leonardo Meideiros) é um engenheiro de trânsito que comanda o fluxo de carros em São Paulo. Ele possui uma mania de controle que também se reflete em sua casa, onde suas ações são extremamente controladas. Ele se surpreende quando reencontra Mônica (Graziella Moretto), sua ex-mulher, que lhe diz que sua filha Bia (Rita Batata), de 16 anos, deseja conhecê-lo. O encontro é adiado devido a um acidente sofrido por Mônica, que atropela Teresa (Branca Messina). Ambas morrem, o que faz com que Ênio e Pedro (Rodrigo Santoro), namorado de Teresa e dono de uma marcenaria especializada na construção de mesas de sinuca, entrem em luto. Seis meses depois Bia encontra Ênio, mas pai e filha enfrentam dificuldades em se relacionar. Já Pedro é forçado a visitar o antigo apartamento de Teresa, onde agora vive Lúcia (Letícia Sabatella).

CINECLUBE OI ESTAÇÃO
"MATINTA PERERA"/"NÃO POR ACASO"
Local : Estação das Docas
Horário : 19 h
Entrada Franca
*Após o filme, debate entre o público e os críticos da ACCPA
Apoio : ACCPA

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