terça-feira, 29 de julho de 2014

"CAMILLE CLAUDEL 1915" E "KILLER JOE" NO CINE ESTAÇÃO



"Killer Joe - Matador de Aluguel. "
Dirigido pelo veterano William Friedkin (Operação França, O Exorcista).
A ação de "Killer Joe - Matador de Aluguel" se passa em Dallas, onde Joe (Matthew McConaughey) é um detetive, mas também um assassino por encomenda. Quando Chris (Emile Hirsch), um traficante de 22 anos, tem seu estoque roubado pela própria mãe, recorre então ao matador profissional. Inicialmente Joe recusa, porque só é pago adiantado, mas ele abre uma exceção: contanto que Dottie (Juno Temple), a sedutora irmã mais nova de Chris, sirva de "garantia sexual" até o dia do pagamento.
"Camille Claudel 1915. "
O filme participou da mostra competitiva do Festival de Cinema de Berlim e marca o encontro da atriz Juliette Binoche e o diretor Bruno Dumont para a impactante cinebiografia de Camille Claudel. A escultora entrou em conflito com a família ao tornar-se assistente e amante do célebre Auguste Rodin. Depois de vários anos de um relacionamento tortuoso, Camille rompe a ligação. Por decisão do seu irmão, o famoso escritor Paul Claudel, é internada num manicômio.
Com Juliette Binoche. 96 min. Cor. 12 anos.

Datas e horários 25 (Sexta) 18h: Killer Joe - Matador de Aluguel 20h30: Camille Claudel 1915 26 (sábado) 18h: Killer Joe - Matador de Aluguel 31 (Quinta) 18h: Killer Joe - Matador de Aluguel 20h30: Camille Claudel 1915 Ingressos: R$ 8,00 (com meia-entrada para estudantes).

'A Grande Beleza' estreia nesta quarta (30) no Cine Líbero


Melhor filme estrangeiro do Oscar 2014, o longa de Paolo Sorrentino lança um olhar crítico sobre a sociedade contemporânea.
Sinopse: Em Roma, durante o verão, o escritor Jap Gambardella (Toni Servillo) reflete sobre sua vida. Ele tem 65 anos de idade, e desde o grande sucesso do romance "O Aparelho Humano", escrito décadas atrás, ele não concluiu nenhum outro livro. Desde então, a vida de Jep se passa entre as festas da alta sociedade, os luxos e privilégios de sua fama. Quando se lembra de um amor inocente da sua juventude, Jep cria forças para mudar sua vida, e talvez voltar a escrever.
 (La Grande Bellezza, Paolo Sorrentino, 2013, Ita, Dra, 35mm, 142')
Confira a programação: 30 e 31/07 (quarta e quinta) - 19h 01 e 02/08 (sexta e sábado) - 19h 03/08 (domingo) - 17h e 19h30 06 a 09/08 (quarta a sábado) - 19h 10/08 (domingo) - 17h e 19h30

CINEMA E TÉCNICAS

O cinema existe graças ao “defeito” do olho humano que não percebe imagens que passam em determinada velocidade adiante dele. É o fenômeno conhecido como “persistência retiniana” ou o tempo em que a retina guarda a imagem que passa em sua frente. Antes de Edison e dos Lumiére deve ter existido alguém que desenhou boneco na beira de página de livro,com ligeiras mudanças de um desenho para outro, e ao mexer as páginas segurando-as com o polegar percebeu que o desenho “se movia”. O cinema surgiu mudo. Em película que variava e 20mm a 35mm. Permaneceu 35mm (de largura). Como filme era emulsão de nitrato de prata, os incêndios eram comuns. Eu mesmo incendiei um projetor com filme de 20mm acendo a lâmpada sem mover a manivela. Depois se passou a usar acetato. Mas já estava firmada a indústria cinematográfica, Por muitos anos produziu-se e exibiram-se filmes mudos com a filmadora rodando na base de 16 quadros por segundo, ganhando no fim dos anos 1920 a rotação de 24 quadros e com o som acoplado na margem da película(processo chamado de movietone). Durante a 2ª,Guerra surgiu a cópia de filme em 16mm para manuseio dos combatentes,
Em 1953 um estúdio experimentou a imagem em 3D que já havia sido ensaiada como curiosidade de laboratório. Usava-se 2 projetores atuando de uma vez, cada um com uma gravação, fazendo a vez do olho humano(cada projetor dedicado a um olho).Para perceber o efeito usava-se óculos bicolores. A indústria lançou coisas como “Museu de Cera”, mas não demorou a “novidade”. No caso era um artifício para lutar contra a televisão que surgia comercialmente abalando o comercio do ramo. Como não era um processo pratico, o frances Henri Chrétien produziu uma lente que espremia a imagem a ser filmada e outra que a dilatava para quando esta imagem fosse projetada. Era o cinemascope. Vendido para a 20th Century Fox o processo deu, em 1954, “O Manto Sagrado”(The Robe) lançando o que seria moda. Outro estúdio americano, a Paramount, não quis pagar ao concorrente e lançou o Vista-Vision que era gravar em 70mm e revelar em 35mm. Paralelamente a guerra de concorrência usou o SuperScope, o technirama,o cinerama e finalmente o panavision, que acabou ganhando a batalha de invenções para a tela ficar mais ampla, desafiando a esguia TV.
Hoje volta a 3D com as imagens duplas reveladas em um só filme, mas ainda assim percebidas com óculos . Mas a grande novidade foi a projeção digital. O filme é gravado em um disco e a imagem chega através da internet. Para evitar pirataria, chegam a cabine do cinema primeiro o meio do filme depois as partes do inicio e do fim. Os projetores de película deram lugar aos digitais, Acabou o frete que encarecia a exibição de cópia em lugares distantes dos centros distribuidores. Claro que não é o fim. O cinema caminha para rumos diversos que visam mantê-lo como atração comercial. A arte dessa técnica pode prescindir de artifícios e manter o fascínio do que se chama de clássico. Mas a criatividade não vai parar. Lembro de que muitos foram contra o cinema falado como Charles Chaplin. Não adiantou. E Steven Spielberg chegou a se mostrar contra o cinema digital. Hoje aderiu. Mais tarde deve aparecer a 3D sem óculos e a projeção interativa com o espectador influindo no filme em exibição. Isto e mais que pede a imaginação.Resta o “consolo” de que sempre vai aparecer quem se comova vendo um filme antigo, em preto e branco (sim, a cor só chegou comercialmente no fim dos anos 20)e até sem som direto.
O certo é que um espetáculo cinematográfico tem muito a ver com a sensibilidade de quem o assiste e em que momento está assistindo. A memória,no fim das contas,é cinéfila. (Pedro Veriano)

MELODRAMAS

Vi “Não Aceitamos Devoluções”.Lembrei o tempo dos cine-boleros quando os dramas tensos jeitos pelos mexicanos eram pontilhados por canções de Augustin Lara ou colegas dele. Mas se aqueles filmes eram terríveis, a começar com “Pecadora” onde se julgava as prostitutas como tuberculosas em potencial, este agora, de Eugenio Berbez (atuando, co-escrevendo e dirigindo), não força a barra. Chega a comover na historia do pai que se esforça para criar uma menina deixada em sua casa como se fosse sua filha. O ator brilha e a sua dedicação, se bem um trabalho de cinema, ganha um tom menos “boleroso” quando se vê a menina aos 7 anos mandar o pai às favas ao saber que o mundo colorido criado para ela é ficção (e a mãe aparece). Há surpresa no fim. Tudo, porém, bem conduzido na linearidade da narrativa.Gostei.
 Vi também “A Culpa é das Estrelas”.Outro melodrama. Mas com um visor médico incomum. Os jovens cancerosos seguem uma linha viável da patologia. O diabo é a cara do rapaz com osteosarcoma (uma das piores formas de câncer). Praticamente morre com a cara de surfista. Até corado. A companheira é que deixa um pouco de verossimilhança. Pena, pois algumas gotas de realismo fariam bem ao resultado. De qualquer forma, um programa bem melhor do que ancestrais do tipo “Love Story”.Por sinal que eu fui rever este filme de Arthur Hiller quando voltei do cinema. Que droga! Nem se sabe de onde foi o câncer(se é que foi câncer)da mocinha. Simplesmente é diagnosticada com prognóstico sombrio e morre. Ryan O’Neal chora. Efeito contaminante pois o espectador deve chorar..de raiva. (Pedro Veriano)

UM LOBO NA CABINE

Carlos Lobo, que se foi semana passada, aprendeu a manejar projetor de cinema (35mm)com o Baltazar Pimentel, o "faz tudo"do grupo Severiano Ribeiro que eu levei ao Cine Libero Luxardo nos primeiros dias da sala (julho de 1986). Os projetores de marca Hercules (feitos em MG) foram surpresa até para o Secretario de Cultura, Acyr Castro.Pareciam presentes régios quando eram de gregos. Tinham tambores dentados para 16mm que nada mais eram do que dentes internos nos tambores de 35mm. Quebrei um filme 16mm nesta franquia. O Baltazar logo voltou ao Olímpia e ao Grêmio Português quando o cineclube APCC precisava. Ficou o Lobo. Logo dominou o "monstro" sempre pedindo outras máquinas. Ganhou duas usadas pelo Banco Central, mas da mesma origem. Ali exibiu muitos filmes marcantes, alguns em mostras nacionais. Lembro do Festival Atlântida com relíquias na bitola. Foi um carnaval com direito a confete e serpentina. Eu saí do Libero e o Lobo ficou, Mas nunca foi funcionário.
Eu era medico da SESPA, emprestado para a então SECULT. Muito depois, fui ao Libero como espectador e reencontrei o Lobo. E assim foi por muitos anos. Depois o vi no Cine Estação onde domava outros projetores difíceis. Nesse tempo ele já não temia segredos técnicos.Dominava tudo. E passou filmes até morrer. Os grandes artistas que ficam atrás dos projetados não podem deixar de ser lembrados por quem vai a cinema. O modo de exibir filmes muda, há o DVD projetado e o projetor digital para grandes espaços, mas a direção dessas técnicas cabe ao homem. Os lobos que desafiam os chapeuzinhos vermelhos até porque não são maus.Não papam vovozinhas mas são ferozes inimigos dos que detratam uma arte que transpira beleza.(Pedro Veriano)

EM RITMO DE COMÉDIA

Uma das brincadeiras no meu tempo de mais criança era trocar silabas de nomes de filmes. Era,por exemplo, Recivel,a Mulher Irrequebeca” para “Rebeca, a Mulher Inesquecivel”.Hoje se lembra “O Placaco dos Manetas” para “ O Planeta dos Macacos”. E tem “A Felicicompra não Sidade”, “Do Leva Nada Simundo”, “Hiromor mioshima”, “E o Vou que ovento”, “Fitescarrado”, “Cabra Matrama”, “Branca de Anões e os Sete Neves”, “Ados e Misturuntos”, “Cidakãotane”, e o que você quiser pescando a piada por trás do cambio. Mas eu penso em piadas ainda mais engraçadas nos nomes dos filmes em português.
No Brasil e em Portugal, Aqui se chamou “O Marido era o Culpado”para “Sabotage”(1936)de Hitchcock e “O Diabo Disse Não”(1943) para “Haeven Can Wait” de Ernst Lubitsch. Nos dois casos contaram o final do filme. Consolo: em Portugal “A Hard’s Day Night”, dos Beatles, ficou “Os 4 Cabeleiras do Após Calipso” com a companhia brasileira de “Os Reis do Ie Ie ie. Lá, “M, O Vampiro de Dusseldorf” virou “Matou!”. Aqui, “The Wild Bunch” ficou “Meu Ódio Será Tua Herança”. Os tradutores apostam em títulos mais atrativos para o grande publico. E nessa pesaria vai o anedotário. Quando se conta a historia do sujeito que foi ver uma comedia no cinema e estava rindo ao comprar o ingresso pensa-se na historia do porteiro que só deixava menor pagar meia se estivesse de calças curtas.
O piadeiro argumentou que a sua namorada ia entrar de graça pois estava sem calcinha. E ainda há historias que datam do tempo do cinema mudo quando músicos populares acompanhavam as imagens tocando debaixo da tela. Um maestro me disse que numa sesão do clássico “Vida de Cristo” de Ferdinand Zecca (1903) tocaram a toada “Tatu subiu no pau”. E para completar lembro do sujeito que foi ver “O Sheik” com Rudolph Valentino com a namorada e ela passou o tempo todo elogiando o galã, certamente não pela interpretação mas o que ela achava ser beleza. O sujeito não suportou: pegou um revolver a atirou na tela.Foi a primeira morte de Valentino. Talvez o cara fosse critico de cinema...(Pedro Veriano)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

"O MEDO CONSOME A ALMA" DE FASSBINDER - DIA 07/07/14



CINECLUBE DA ACCPA APRESENTA:
"O MEDO CONSOME A ALMA"
CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA - DIA 07/07/14 - ENTRADA FRANCA
Direção : R. W. Fassbinder
Ano de produção : 1974
Sinopse: Emmi, uma viúva de 60 anos, entra em um bar de Munique para escapar da chuva. É convidada por Ali para dançar, o que leva a um convite ao apartamento de Emmi, onde os dois passam a noite e começam a namorar. Porém, Ali é negro, muçulmano e 20 anos mais novo. Todos a sua volta começam a questionar e desprezar o envolvimento de ambos..

"O MEDO CONSOME A ALMA"
CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA
DIA 07/07/14
HORÁRIO : 19H
ENTRADA FRANCA
DEBATE APÓS A EXIBIÇÃO
APOIO : ACCPA

"VIDA CONTRA A VIDA" NA SESSÃO CULT - DIA 05/07/14



CINECLUBE DA ACCPA APRESENTA :
"VIDA CONTRA A VIDA"
SESSÃO CULT - DIA 05/07/14 - ENTRADA FRANCA
Direção : John Sturges 
Ano de produção : 1953
Com Barbara Stanwyck, Ralph Meeker
Sinopse : Baseado no romance "A Question of Time" de Maurice Zimm, este thriller psicológico do diretor John Sturges relata, uma terrível corrida contra o tempo. Barbara Stanwyck interpreta Helen Stilwin, uma moradora do subúrbio que vai passar as férias com o marido, Doug (Sullivan), e o filho, Bobby (Asker), em uma ilha afastada no México. Certo dia, Doug fica preso sob um tronco em um cais deserto. Após várias tentativas fracassadas de salvá-lo, Helen decide buscar ajuda. É quando se depara com o criminoso Lawson (Meeker), que fugiu da prisão e a sequestra com Bobby. Agora, Helen deverá resgatar o marido, ao mesmo tempo em que tenta evitar o assédio de Lawson. Conseguirá ele volta ao cais antes que Doug morra afogado?

"VIDA CONTRA A VIDA"
CINE LÍBERO LUXARDO
SESSÃO CULT
DIA 05/07/14
HORÁRIO : 16H
ENTRADA FRANCA
DEBATE APÓS A EXIBIÇÃO
APOIO : ACCPA

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