terça-feira, 29 de setembro de 2009

"RASHOMON" DE AKIRA KUROSAWA NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA DIA 05/10/09 ÀS 19 H

"RASHOMON"
Direção de Akira Kurosawa – Japão, 1950
Roteiro de Kurosawa com base numa história de Ryunosuke Akutagawa.
Fotografia de Kazuo Myiagawa.
Música de Fumio Hayasaka.
Elenco: Toshirô Mifune, Machiko Kiô,Masayuki Mori.
Resumo do argumento: Um casal de camponeses é atacado na floresta por um assaltante. O homem é assassinado, a mulher consegue fugir. O bandido é preso e em julgamento passa-se a ouvir testemunhas: a sobrevivente, o criminoso, uma testemunha e o espírito do próprio assassinado, que incorpora uma “médium” presente. Os depoimentos são colocados de forma que a platéia faça a vez de juiz. Sabe-se que a história é contada por uma pessoa em uma noite chuvosa nas ruínas de um prédio secular.
Importância Histórica: O filme revelou ao ocidente o cinema japonês de após guerra (a 2ª. Mundial). Ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza além de mais 7 prêmios internacionais e 2 nominações. Também revelou o ator Toshiro Mifunê que faria filmes até mesmo fora do Japão. O diretor, por sua vez, acabou sendo o mais conhecido cineasta japonês no ocidente, chegando a receber "Oscar". O filme foi tão famoso que o milionário Howard Hughes comprou os direitos de distribuição para a sua RKO Rádio Pictures.

SESSÃO ACCPA/IAP
"RASHOMON"
Cineclube Alexandrino Moreira (Auditório do IAP)
Segunda-feira Dia 05/10/09
Horário : 19 h
Entrada Franca
*Após o filme, debate entre os espectadores e críticos da ACCPA
PROGRAMAÇÃO : ACCPA (ASSOCIAÇÃO DOS CRÍTICOS DE CINEMA DO PARÁ)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"O CRIADO" DE JOSEPH LOSEY NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA DIA 28/09/09

"O CRIADO"
Original: The Servant, Inglaterra, 1963
Direção de Joseph Losey
Roteiro de Robin Maugham(novela original) e Harold Pinter.
Fotografia de Douglas Slocombe
Música de John Dankworth
Elenco: Dirk Bogarde, Sarah Miles, James Fox, Wendy Craig, Catherine Lacey,
Resumo do argumento: O aristocrata Tony contrata para os serviços domésticos em sua mansão Hugo Barrett, um homem ambicioso que se aproveita da fraqueza moral de seu patrão e, gradativamente, vai dominando o ambiente.
Importância Histórica: A novela “The Servant” serviu ao dramaturgo Harold Pinter para um dos filmes mais contundentes do diretor americano Joseph Losey, cineasta banido pelo “maccarthismo” como simpático ao partido comunista. Losey, que faria cem anos este ano, construiu brilhante filmografia na Inglaterra e neste exemplar ele critica o comportamento da burguesia inglesa no inicio dos anos sessenta, seguindo a ambição de um criado que acaba se transformando em patrão e humilhando quem o empregou. O filme mereceu 3 BAFTA (o Oscar inglês), um prêmio na Itália além da candidatura ao Leão de Ouro do Festival de Veneza.

SESSÃO ACCPA/IAP
"O CRIADO"
CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA (AUDITÓRIO DO IAP)
SEGUNDA-FEIRA DIA 28/09/09
ENTRADA FRANCA
PROGRAMAÇÃO : ACCPA
*Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA

domingo, 20 de setembro de 2009

"A CANÇÃO DE BERNADETE" NA SESSÃO CINEMATECA NO CINE OLYMPIA DIA 27/09/09

"A CANÇÃO DE BERNADETTE"
Original:The Song of Bernadette – EUA, 1943
Direção de Henry King
Roteiro de George Seaton baseado no romance de Franz Werfel
Fotografia de Arthur C. Miller
Música de Alfred Newman.
Elenco: Jennifer Jones, Vicent Price, Charles Bickford, Lee J,Cobb, Gladys Cooper.
Resumo do argumento: Na pequena vila de Lourdes(França) a adolescente Bernadette Soubirous tem a visão de um senhora que lhe pede preces pela humanidade. A população conclui que se trata da Virgem Maria, mas há relutância em aceitar o fato até por parte da igreja. Interrogada pelo bispo local, a jovem diz que perguntou à senhora sobre o seu nome e ela respondeu que é a Imaculada Conceição. Com isso o religioso conclui que a moça está dizendo a verdade posto que uma analfabeta que sempre viveu numa comunidade composta em sua maioria de agricultores, não poderia saber o significado do termo. A situação ganha ainda mais evidencia quando, a pedido da visão, Bernadette escava o solo próximo de uma gruta e faz brotar água. Começam os milagres e as romarias de pessoas que pedem graças à Virgem. Bernadette entra para o convento e morre ainda jovem.
Importância histórica: O filme venceu 4 Oscar: atriz (a então novata Jennifer Jones), fotografia, musica e direção de arte. Também ganhou 3 Globos de Ouro e foi candidato a mais 8 prêmios. A atriz premiada estava em seu primeiro papel principal, tendo aparecido em pequenas intervenções em 3 filmes. Todas as tomadas foram feitas nos estúdios da 20th Century Fox e o sucesso popular do filme foi imenso, transformando-se em um dos clássicos da época de ouro de Hollywood. Jennifer Jones tem hoje 90 anos e seu último trabalho no cinema foi em 1974 com “A Torre do Inferno”.


SESSÃO CINEMATECA
"A CANÇÃO DE BERNADETE"
Cine Olympia
Domingo dia 27/09/09
Horário : 16 h
Entrada Franca
PROGRAMAÇÃO : ACCPA

ANIMAÇÕES FRANCESAS NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA SEGUNDA DIA 21/09/09

O Cineclube Alexandrino Moreira exibe na segunda-feira (21), a partir das 19h, os Curtas de Recreio (Courts de Récré), mostra que reúne nove filmes, entre ficção e animação, voltados para o público infantil. Serão exibidos os curtas “O Lápis”, “O Move-Tudo”, “Poteline”, “Cor de Fundo”, “Manias”, “Imago”, “Clik Clak”, “Pedaços de Trem” e “00h17”. A entrada é franca.Os Curtas de Recreio fazem parte da coleção Voyages en Courts, criada na França, em 2006. A sessão tem duração de 90 minutos e classificação etária livre.
O primeiro curta a ser exibido será “O Lápis” (Les Crayons, 2004, cor, 3’), de Didier Barcelo. O filme conta a história de uma menina que escreve para um menino ao qual está apaixonada. Para isso, ela usa lápis de cores. No filme seguinte, “O Move-Tudo” (Le Manie-Tout, 2004, cor, 16’), de Georges Le Piuflle, Martin, 10 anos, deve ir para a escola por uma rua que ele não conhece. Atrás de uma vitrine empoeirada ele encontra o misterioso Maneja-Tudo, capaz de dar vida a sua pasta.“Poteline” (2004, cor, 4’), de Chloé Miller, fala de uma princesa que, cansada de esperar, decide cuidar pessoalmente de sua situação. “Cor de Fundo” (Fond de Teint, 2005, cor, 10’), de Marie-Louise Mendy, mostra uma jovem africana que vai pegar o filho afro-europeu no jardim de infância. O garoto a olha como se fosse a primeira vez. Aos poucos ela vê que o problema é a diferença de cor entre suas peles.Em “Manias” (Marottes, 2005, animação, cor, 14’), de Benoît Razy, os pais da personagem Céline, uma menina de 10 anos, partem por alguns dias. Ela fica sozinha com seus dois irmãos aos cuidados de Rosalie. Durante este tempo, ela vive estranhos acontecimentos. “Imago” (2005, cor, 12’), de Cédric Babouche, conta a história de Antoine, de oito anos, que perdeu o pai num acidente de avião. Sem aceitar sua morte, ele vai reviver essa perda num sonho metafórico. Este filme ganhou o prêmio de Melhor Curta na Semana da Crítica de Cannes, em 2005.“Clik Clak” (2005, animação, cor, 6’), de Thomas Wagner, traz sucessões lógicas em uma reunião de chá de robôs que falam em um ambiente louco. “Pedaços de Trem” (Bouts en Train, 2005, animação, cor, 4’), de Emilie Sengelin, mostra um grupo de passageiros de um trem, todos imersos em seus pensamentos. Quando, de repente, o trem pára, todos se entreolham e as línguas desandam a cantar. Em “00H17” (2005, 10 min, cor), de Xavier de Choudens, um grupo de adolescentes espera o último trem na plataforma de uma estação. Um deles contempla a arcada celeste e se interroga sobre o movimento dos planetas no universo.

SERVIÇO:
"Curtas de Recreio" (Courts de Récré)
Exibição segunda-feira (21) às 19h
Auditório do IAP (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica)
Entrada francaI
nformações: (91) 4006-2947
APOIO : ACCPA

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"APENAS O FIM" NO MOVIECOM ARTE DE 25/09 À 01/10/09

"'APENAS O FIM"
Direção: Érika Mader, Gregório Duviver, Nathalia Dill Coutinho
Duração: 80 minutos
Genêro: Comédia Romântica
Classificação Etária: 12 anos
Sala: Moviecom Castanheira Sala 04 - Projeção Digital
Horário: 17:40 h
Sinopse : Adriana é uma estudante universitária que cansa de sua vida e quer simplesmente ir embora. Mas antes disso, ela deve terminar seu namoro com o também estudante Gregório e ambos têm uma hora para conversar.
APOIO:
ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"TEMPOS MODERNOS" DE CHAPLIN NA SESSÃO CULT EM NOVEMBRO

“TEMPOS MODERNOS”
Original: Modern Times- EUA, 1936
Direção e roteiro (e música) de Charles Chaplin
Fotografia de Rollie Totheroh
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman
Resumo do argumento: O vagabundo tenta se acomodar no emprego, apertando parafusos em uma fabrica. Ele chega a servir de cobaia para experimentos que visam ganhar tempo na produção. Estressado, sai apertando parafusos pela rua e confunde os botões do vestido de uma senhora que passa com esses botões. Em meio a muitas aventuras encontra uma mendiga que leva para o seu barraco e passa a proteger. Os dois são empregados numa boate, ela dançando e ele cantando. Mas a policia não deixa que a menor trabalhe e ainda mais sendo uma pessoa ligada a pequenos furtos. Os dois fogem.
Importância Histórica: Embora feito quando o cinema falado já era uma realidade incontestada “Tempos Modernos” é um filme mudo. Chaplin usou a banda sonora só para ruídos, música (suas composições, inclusive a canção “Smile” que fecha o filme), e uma montagem sonora que faz a “voz” do vagabundo cantando.Avesso ao som, o cineasta dizia que “cinema é a arte das imagens e como tal não deve receber interferências”. Tanto que neste filme despediu o personagem que o imortalizou: o vagabundo Carlitos (Charlie ou Charlot). Paulette Goddard, que faz a mendiga, foi esposa de Chaplin no período. Fez com ele este filme e o posterior “O Grande Ditador’(1940)”.Em 2001 os ingleses votaram “Modern Times” como o melhor filme do século XX.

SESSÃO CULT
"TEMPOS MODERNOS"
Cine Líbero Luxardo
Em Novembro (Data à ser confirmada)
Entrada Franca
Após o filme, debate entre o público e os críticos da ACCPA
Programação : ACCPA

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

MOSTRA JOVENS CINEASTAS FRANCESES NO CINE OLYMPIA


“ASSASSINAS”
(De 12 à 20/09/09 - exceto dia 14/09/09)
Diretor de cinema, escritor, roteirista e produtor de episódios e minisséries para tevê, Patrick Grandperret retoma em “Assassinas” (Meurtrières, França, 2006), roteiro deixado pelo falecido diretor Maurice Pialat para contar a história de duas garotas comuns que caem na estrada para fugir à sua entediante vida, mas acabam envolvidas em uma espiral de violência. A trama é centrada no encontro de Nina e Lizzy, duas jovens comuns e um pouco frágeis. Entre elas, uma identificação imediata. Juntas, elas são fortes e eufóricas. Sem muita sorte, nem muito dinheiro, elas têm apenas seus sonhos. As jovens estão em busca do amor. Cada instante que passa, cada encontro fecha um pouco mais as portas de um mundo que elas não têm as chaves. Com nada no bolso, o caminho se revela trágico e sem saída.
Direção: Patrick Grandperret
Duração: 100 minutos
Classicicação Etária : 14 anos

"POVOADO NÚMERO UM”
(De 22 à 30/09/09 - exceto dia 28/09/09)
Mal saiu da prisão, Kamel é expulso da França para seu país de origem, a Argélia. Este exílio forçado o leva a observar com lucidez um país em plena transformação dividido entre o desejo de modernidade e o peso das tradições ancestrais.
Direção : Rabah Ameur-Zaimèche
Duração : 100 minutos
Classificação Etária : 12 anos

“DÉLICE PALOMA”
(De 06 à 11/10/09)
Você precisa de licença para obras? Está passando uma noite solitária? Chame a benfeitora nacional, Mme Aldjéria: ela tem um jeito para tudo. Uma mulher que se faz chamar pelo nome do país, não hesita em recorrer a todas as artimanhas para sobreviver na Argélia de hoje. Suas recrutas não são bonitas nem muito escrupulosas, mas se viram bem. A última, Paloma, faz sucesso, especialmente com Riyad, o filho de Mme Aldjéria. O reembolso das Termas de Caracalla, o sonho que salvaria a lavoura do clã de Aldjéria, esse vai ser duro...
Direção : Nadir Mokneche
Duração : 128 minutos
Classificação Etária: 14 anos

A FRANÇA”
(De 13 à 18/10/09)
No outono de 1917, a guerra prossegue. A milhas de distância do campo de batalha, a jovem Camille leva uma vida marcada pelas notícias que seu marido manda do front. Um dia ela recebe uma carta em que ele termina com o casamento. Desnorteada e determinada a continuar a qualquer custo, Camille decide se disfarçar de homem para encontrá-lo. Ela segue direto ao front de guerra, cortando caminho pelos campos para evitar as autoridades. Numa floresta, passa por um pequeno grupo de soldados que não suspeita de sua identidade. Ela os segue e assim embarca numa nova vida e, conforme os dias e as noites passam, descobre o que nunca poderia imaginar, o que seu marido nunca lhe contou e o que seus novos companheiros irão evitar lhe mostrar: a verdadeira França.
Direção : Serge Bozon
Duração : 102 minutos
Classificação Etária : 14 anos

Todos os filmes serão exibidos em DVD às 18:30 h no Cine Olympia

Apoio :
Aliança Francesa (Belém)
ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"DE REPENTE, CALIFÓRNIA" NO MOVIECOM ARTE - DE 11 À 24/09/09

"DE REPENTE, CALIFÓRNIA"
Direção : Jonah Markowitz
Duração : 97 minutos
Genêro : Drama
Classificação Etária : 18 anos
Sala: Moviecom Castanheira Sala 04 - Projeção Digital
Sinopse:O filme retrata a trajetória de Zach, um promissor desenhista que tem de pesar a construção de sua própria identidade com as demandas externas, entre elas ajudar a sua irmã egoísta, sustentar a casa, cuidar do sobrinho. A mais importante de todas: assumir a homossexualidade e aceitar o que representa Shaun em sua vida.

Apoio : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"A IDADE DE OURO" DE LUIS BUÑUEL NO CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA DIA 14/09/09

"A IDADE DO OURO"
Original: L’Age D’Or- França, 1930
Direção e roteiro de Luis Buñuel e Salvador Dali
Fotografia de Albert Duverger
Música: George Van Parys e Luis Buñuel (não creditada)
Elenco: Gaston Modot,Lya Lys,Caridad de Laberdeusque,Max Ernst, Lionel Salem.
Argumento: Um homem e uma mulher estão loucamente apaixonado mas entre eles vagam elementos ligados a varias facções. Isto é uma linha tênue que se pode observar dentro da proposta surrealista do conjunto.
Importância Histórica; Primeiro longa metragem (63 minutos) de Buñuel inspirado (sem crédito) em um texto do Marquês de Sade. A proposta anticlerical do cineasta está presente na seqüência em que se vê o Vaticano sendo “engolido” pela terra depois do plano de um vaso sanitário. A direção foi contestada anos depois do lançamento do filme por Dali, célebre pintor surrealista. Ele se dizia autor do filme e rompeu relações com o colega compatriota (ambos eram espanhóis). Complementa o programa “UM CÃO ANDALUZ” (Un Chien Andalouz/1929) curta metragem da mesma dupla de autores onde não há um vaga linha dramática. O filme abre com a célebre cena do corte de um olho por uma navalha.

SESSÃO ACCPA/IAP
"A IDADE DE OURO"
Cineclube Alexandrino Moreira (Auditório do IAP)
Segunda-feira Dia 14/09/09
Horário : 19 H
Entrada Franca
Após o filme, debate entre os presentes e os críticos da ACCPA
Programação : ACCPA

"A PAIXÃO DE JOANA D´ARC" NA SESSÃO CINEMATECA DIA 13/09/09

"A PAIXÃO DE JOANA D’ARC"
Original: La Passion de Jeanne D’Arc-França,1928
Direção de Carl Theodor Dreyer
Roteiro de Joseph Delteil e Carl T. Dreyer.
Fotografia de Rudolph Mate
Elenco: Maria Falconetti, Eugene Silvain, André Berley,Maurice Schutz, Michel Simon.
Resumo : Jeanne de Domrémy é uma camponesa que segue estranhas vozes a lhe dizer de uma missão: lutar contra os ingleses pela liberdade de seu país,a França. Ela consegue liderar um pelotão e vencer uma batalha mas é presa e levada a julgamento por heresia. Condenada à morrer na fogueira foi considerada uma heroína francesa e mais tarde uma santa.
Importância histórica: O cineasta dinamarquês Carl Theodor Dreyer (1889-1968) ousou fazer um filme mudo sobre um julgamento. E mais: com a predominância de “closes”. A fotografia de Rudolph Maté, considerada uma obra-prima, impressionou de tal forma que Hollywood contratou esse técnico para filmar nos EUA. Lá ele não só fotografou como dirigiu filmes (um exemplo é “O Fim do Mundo”/ When Worlds Collide, produção de George Pal). O desempenho de Falconetti também se inseriu entre os mais expressivos da história do cinema.Suas expressões em seguidos planos revelam uma sensibilidade incomum na arte cinematográfica (se considerarmos que cada plano é feito em um tempo já que na época o comum era filmar com uma só câmera).Interessante observar que Dreyer deve ter sabido que um ano antes fizeram o primeiro filme falado, “O Cantor do Jazz”. Mas ele preferiu a força das imagens neste trabalho que se insere entre os mais aplaudidos de sua carreira.


SESSÃO CINEMATECA
"A PAIXÃO DE JOANA D´ARC"
Domingo dia 13/09/09
Cine Olympia
Horário : 16 h
Entrada Franca
Programação : ACCPA

domingo, 6 de setembro de 2009

"O MILAGRE DE SANTA ANNA" EM DVD


“O MILAGRE EM SANTA ANNA” de Spike Lee. Com Derek Luke, Michael Ealy, Laz Alonso e Omar Benson Miller. Na Região da Toscana, Itália, durante a 2ª Guerra Mundial, quatro soldados negros se perdem até que um deles resolve arriscar sua própria vida para salvar um garoto italiano com traumas de guerra. Baseado no livro de James McBride, este filme está longe de ser apenas mais um filme sobre a segunda guerra. Nas mãos do bom diretor Spike Lee (que tem em sua filmografia bons trabalhos como “Faça a coisa Certa”, “Malcom X”, “Irmãos de Sangue” e “O Plano Perfeito”), “Milagre em Santa Anna” é um trabalho complexo sobre fatos que transitaram durante a segunda guerra mundial e que levaram homens, mulheres e crianças ao extremo. Com uma história central, o relacionamento de soldado americano com um menino italiano perdido, o filme tem várias vertentes de reflexão através de inúmeros personagens que vão surgindo. Aqui, temas como o preconceito racial, a importância da solidariedade, a morte de inocentes, a traição, a união, a sobrevivência e a religiosidade vão se misturando através dos personagens, criando um grande painel sobre o ser humano e suas angústias que vão se revelando na medida que enfrentam a vida e a morte. O clímax de todas as situações se revela no fato real do massacre de Sant'Anna di Stazzema, em agosto de 1944, articulado por soldados nazistas, quando homens, mulheres e crianças de uma vila foram sacrificados em retaliação a atividade política italiana da região. Numa cena dramática mais não apelativa, Spike Lee revela os horrores da guerra e mais do que isso, questiona o que aprendemos com tantas mortes. A figura do menino salvo pelo soldado, ganha em vários momentos um tom de misticismo, equilibrando os sentimentos dos soldados negros que em muitos momentos, se sentem melhor ali em outro país do que no seu próprio país de origem, devido ao preconceito. Nesse momento, Spike Lee toca mais uma vez, no assunto do racismo na América. Rascismo este ainda vivo em guerras do passado e do presente quando soldados negros vão em grande número para os conflitos. Alguns podem opinar que “O Milagre de Santa Ana” é um filme longo e muitas vezes melodramático demais, mas acredito que o diretor e o roteirista souberam escolher na versão cinematográfica destes fatos, o que era realmente impactante ao público para que no final, não ficasse a sensação de ter visto apenas mais um filme de guerra. Reflexivo, com cenas muito bem dirigidas e um roteiro que provoca questionamentos, este filme nos faz olhar para o passado da guerra com pesar, nos deixando um olhar crítico sobre nosso presente e nosso futuro, buscando respostas as perguntas que seus personagens nos fazem no decorrer da trama. Num período em que o cinema está precisando de ser mais critico sobre as histórias da humanidade, este filme de Spike Lee veio em muito boa hora. Resta ao público descobrir a sua proposta de reflexão.
Marco Antonio Moreira

"VALSA COM BASHIR" EM DVD


“VALSA COM BASHIR” de Ari Folman. Um sonho constante no qual um homem é perseguido por cães violentos é o ponto de partida do diretor Ari Folman para contar uma história sobre a guerra onde o realismo e a ficção se misturam entre a animação e o documentário. A partir deste sonho, lembranças da primeira guerra do Líbano no início dos anos 80 começam a atormentar um personagem que procura seus velhos companheiros para buscar a sua história pessoal dentro de um conflito cruel e desumano que marcou a sua vida e que de alguma forma ainda lhe persegue. Na medida em que este personagem vai lembrando do que viveu no conflito, vamos testemunhando os horrores da guerra com cenas fortes que ganham um sentido quase poético pela forma como o diretor optou em contar a trama : usando a animação. Esta opção artística do diretor dá um sentido estranho as imagens da guerra porque a animação raramente é usada para temas violentos, especificamente da forma como o diretor resolveu mostras as lembranças do personagens. Por isso mesmo, as imagens chocam mais já que não estamos vendo um sonho, não estamos vendo algo inventado. Estamos vendo a realidade através da animação e isso mexe com nosso consciente tão condicionado a ver no cinema de animação outro tipo de filme. Misturando esta animação e colocando um tom de documentário ao desenvolvimento da história, o diretor Ari Foldman consegue fazer de “Valsa com Bashir” uma experiência cinematográfica diferente e marcante. Afinal, de acordo com as palavras do próprio diretor, ele queria fazer muito mais do que um filme sobre a guerra do Líbano ou qualquer guerra e para isso, ele inteligentemente soube usar todo o potencial de uma história até certo ponto simples mais que é contada de forma original. No final, o filme abandona de vez qualquer tipo fantasia e o que vemos são cenas reais de guerra, sofrimento, dor, sangue e desumanidade. É a melhor forma que o diretor pode escolher para mostrar que seu filme não seria apenas mais um filme sobre a guerra, mas sim, sobre o homem que constrói e se destrói com o conflito. Como conseqüência, não há como ver “Valsa com Bashir” e não se lembrar dos melhores filmes sobre o tema, seja documentário ou ficção. Afinal, com toda a força de sua história e a forma brilhante como esta história é construída para o testemunho do espectador, não é pouco dizer que este é um dos melhores filmes sobre este tema que vi nos cinemas nas últimas décadas e por isso merecer ser visto e revisto, sempre.
Marco Antonio Moreira

'FROST/NIXON" EM DVD


“FROST/NIXON” de Ron Howard. Com Frank Langella e Michael Sheen. Depois do escândalo do caso Watergate em 1974, o presidente dos EUA Richard Nixon foi obrigado a renunciar seu cargo entrando na história da política americana como um símbolo do abuso de poder e da corrupção. Após sua renúncia, Nixon se tornou uma pessoa rejeitada pela mídia e pelo povo americano. Por quase três anos, suas histórias e versões não interessavam ninguém até que o improvável aconteceu: David Frost, um apresentador de um programa de entretenimento da TV britânica, tem a idéia de entrevistar Nixon para ouvir suas versões. Inicialmente impulsionado pela possibilidade de dar um grande salto na sua carreira, Frost acaba se envolvendo com as questões políticas dos assuntos abordados e numa série de entrevistas, procura confrontar Nixon com os fatos da sua carreira e os motivos que o levaram a renunciar. Com o roteiro de Peter Morgan, baseado na peça teatral de sua autoria, “Frost/Nixon” é um filme surpreendente. Primeiro, pelo forte conteúdo político que o filme tem e segundo pela direção excelente de Ron Howard. Afinal, Howard nunca demonstrou nenhum talento especial em seus filmes mais aqui, ele foi inteligente e soube trabalhar os elementos da linguagem cinematográfica com competência, a partir de um roteiro onde basicamente dois personagens se confrontam o tempo todo e onde as palavras têm um peso maior que as imagens, necessitando de um diretor que respeitasse essa dinâmica no filme. Equilibrando todos esses elementos (em especial com a colaboração do grande diretor de fotografia Salvatore Totino), Howard consegue realizar um painel da política americana dos anos 70 de uma forma realista, procurando mostrar a figura de Richard Nixon e David Frost sem maniqueísmos. O roteiro permite que Howard humanize especialmente Nixon, marcado pela sua renúncia mais que na realidade era mais uma peça de uma grande engrenagem dentro da política americana de seu tempo. Humanizando Nixon, revelando aspectos da vida de Frost, o filme literalmente revela a sabedoria destes personagens dentro da sua retórica, provocando no espectador um sentimento de interesse e curiosidade sobre os fatos abordados e que tem aqui suas questionáveis versões. No final, não interessa quem “ganhou” na entrevista. No final, descobrimos que o homem Nixon era muito mais interessante que o político Nixon e que sua inteligência talvez tenha sido desperdiçada e mal usada dentro de um sistema político que até hoje provoca dúvidas e incertezas. Definitivamente marcada na história da TV americana, esta entrevista revela também personagens de um marketing político que apesar de decadente, ainda gera bons resultados. Neste sentido, pode-se ver em “Frost/Nixon” um belo exemplar de estudo sobre este assunto. Com interpretações fantásticas dos dois atores principais, “Frost/Nixon” impressiona e me lembra o melhor do cinema político americano como “Todos os Homens do Presidente”(1976) de Alan Pakula que mostrava detalhes do caso Watergate. Tomara que outros bons filmes com temas políticos voltem a ser feitos nos EUA e claro também no Brasil. Afinal, assuntos para novos roteiros não faltarão.
Marco Antonio Moreira

"GRAN TORINO" EM DVD

“GRAN TORINO” de Clit Eastwood. Com Clint Eastwood. Walt Kowalski é um veterano da guerra da Coréia que tem uma postura intolerante diante do mundo e das pessoas. Ao ficar viúvo e sozinho, ele é obrigado a lidar com a realidade que lhe cerca e apesar de racista, tem que se acostumar com os novos vizinhos, em especial um adolescente asiático. Quando este adolescente faz uma tentativa frustrada de roubar seu carro Gran Torino 1972, ele acaba entrando no mundo deste adolescente e começa se envolver com os perigos e preconceitos que cercam seu bairro, sua cidade, seu país. O ator Clint Eastwood durante muito tempo esteve ligado a personagens e filmes violentos onde a solução de todos os problemas era a violência. Com uma longa carreira como ator, muitos se lembram de seu papel como o policial Dirty Harry onde a arma valia mais do que a palavra. Já como diretor, Eastwood seguiu outro caminho. Seguindo uma linha mais tradicional na construção e narrativa de seus filmes como diretor, Eastwood vem realizando filmes de alta qualidade onde a palavra é a chave mestra das respostas, das soluções. Foi assim em filmes brilhantes como “Bird”(1987), “Coração de Caçador”(1991), “A Conquista da Honra”(2006), “Cartas de Iwo Jiwa”(2007), “A Troca”(2008) e agora em “Gran Torino”. Num papel perfeito para seu tipo, aqui Eastwood aproveita o perfil de um personagem preconceituoso e tolerante para olhar para seu passado como artista e fazer as pazes com o seu presente, mostrando a intensa transformação de um homem intolerante para um homem antes de tudo humano, que se revela frágil e preocupado com a sua realidade. É claro que além disso, Eastwood aproveita e faz no seu novo filme um chamado para a situação política e social de seu país onde cada bairro, cada canto da cidade está sitiada pela violência e ao mesmo tempo, pela boa vontade e fragilidade de um povo que busca formas de sobrevivência. “Gran Torino” tem além disso o mérito de ter um roteiro que não cria santos e demônios, ambientando os personagens marginais ou não, dentro de um claro contexto de abandono social e educacional que aparentemente não tem solução. Envolvendo o espectador em assuntos tão diversos e importantes como a religião, o preconceito, o racismo, a intolerância, o artista Clint Eastwood constrói uma obra consistente, com uma narrativa brilhante, direta, inteligente, revelando que um diretor cada vez melhor e que neste caso, aproveitou o tema do filme para fazer uma espécie de redenção de sua carreira como ator, tão marcada pela violência. A sequência final, é uma aula de cinema, com os elementos da linguagem cinematográfica (fotografia, música, montagem) sendo convergidos para um grande momento de paz do personagem e do ator Clint Eastwood.Digno dos melhores filmes de sua longa carreira, “Gran Torino” é um filme que retrata nossos tempos modernos sem olhar para o passado e indicar possíveis novos caminhos para o futuro. Por isso, merece ser visto, discutido e analisado. “Gran Torino” é o cinema em estado mais puro de reflexivo e provocação. Veja sem falta.

Marco Antonio Moreira

"UM ATO DE LIBERDADE" EM DVD


“UM ATO DE LIBERDADE” de Edward Zwick. Com Daniel Craig e Liev Schreiber.Em 1941, na Bielorrússia, durante a segunda guerra mundial, os irmãos Tuvia, Zus e Asael são perseguidos por serem judeus e ao fugir da perseguição, se escondem em uma floresta que conhecem desde a infância. Mas aos poucos, seu ato de sobrevivência acaba chamando atenção de outros judeus perseguidos que acabam se juntando à eles no esconderijo, em busca de paz e liberdade. Mas nem todos querem apenas sobreviver, procurando também vingança contra os soldados nazistas. Baseado no livro de grande sucesso mundial, o filme “Um Ato de Liberdade” procura contar com dignidade mais uma das inúmeras histórias reais que cercaram os judeus durante a segunda guerra mundial. Recentemente, outro filme com tema semelhante, “O Menino do Pijama Listrado”, impressionou pela sensibilidade em mostrar o mundo da guerra sob os olhos de duas crianças. Aqui, a violência e a sobrevivência estão lado a lado, numa história que revela vários lados de um grupo de judeus sobreviventes. Com vários personagens entrando na trama, o filme muitas vezes perde o foco da sua principal discussão e em algumas cenas, acaba sendo repetitivo se comparado aos inúmeros filmes do mesmo tema. Mas o que mais importa aqui, considerando estas falhas, é que além de contar uma história forte e comovente, “Um Ato de Liberdade” tem uma mensagem que ultrapassa o tema, mostrando sem maniqueísmos as diversas formas de sobrevivência e aprendizado de um grupo de pessoas com personalidades e comportamentos diferentes que acabam sendo revelados num momento extremo. Acredito que no livro na qual o filme foi baseado exista uma riqueza maior de detalhes de cada personagem, principalmente do personagem Tuvia Bielski, que acaba se tornando o líder do grupo que muitas vezes não acredita na possibilidade da salvação de todos mais que ultrapassa seus limites acreditando numa saída. Bem dirigido por Edward Zwick (Lendas da Paixão/O Último Samurai/Diamantes de Sangue) , com boa interpretações de Daniel Craig (atual protagonista da série 007) e do grande elenco, “Um Ato de Liberdade” é um filme muito interessante, que faz refletir e discutir. Por isso merece ser visto.
Marco Antonio Moreira

O Rei do Melodrama

Engraçado: no tempo em que a critica nacional era capitaneada por Moniz Vianna (“O Correio da Manhã”) ele e colegas mais velhos (Alex Viany) ou mais novos (Sérgio Augusto, Paulo Perdigão), abominavam os melodramas dirigidos pelo alemão Douglas Sirk. O último de uma série, “Imitação da Vida”(Imitation of Life) refilmagem em 1959 de um romance de Fannie Hust (o filme anterior, de 1935, era dirigido por Joseph M. Stahl e tinha Claudette Colbert no papel que depois foi de Lana Turner), foi odiado. Eu fiz coro. Quando via a coisa no Olímpia, quase dou vaia no fim, quando aparece o funeral da mãe negra da mocinha branca (que a rejeitava). Mas o tempo mudou tudo. O cineasta Rainer Werner Fassbinder, um dos cabeças da nova onda alemã, disse que Sirk era um gênio e “Imitação...” a prova disso. Seguiram-se ovações internacionais no mesmo tom. Hoje, aplaude-se tudo que Sirk fez na Universal para o produtor Ross Hunter, inclusive os títulos interpretados pelo apático Rock Hudson (lembro de um debate no Colégio Santa Rosa em que as alunas bombardearam Orlando Costa que exibia “Amanhã Será Tarde Demais” de Leonide Moguy, dizendo que o melhor era “Sublime Obsessão”na versão de Sirk).
Quem está certo? O tempo ou os velhos críticos?
Nem tanto ao mar nem tanto a terra. O melodrama é um gênero. Criticar certos filmes por serem melodramas é criticar a base, o argumento. Naturalmente que o melodrama se alimenta das emoções despertadas. Visa as lágrimas do espectador. E força a barra para que isso aconteça. Mas entre alguns, especialmente nos de Sirk, cabe a excelência de uma história factível, de dores que podem ou não se só de cotovelo. O caso de “Chamas que não se Apagam” (There’s Allways Tomorrow), a meu ver o melhor do diretor e um titulo que eu sempre defendi.
Bárbara Stanwyck faz a velha namorada de Fred McMurray que reaparece quando ele está casado, com filhos adolescentes, mas prisioneiro de uma família que pouco se dá aos seus anseios. É uma carta a mais no jogo de interesses domésticos. Por isso, a volta da amiga, agora uma mulher independente e rica, é um choque. As tais chamas do titulo em português, a meu ver um raro caso de melhor do que o original (“Há sempre um amanhã”).
Não é um enredo, ou um melodrama em que um lar é desfeito por uma lembrança. No fim tudo volta ao que era antes. Nada muda. Mas para mostrar isso em cinema do melhor há um plano em que McMurray aparece de costas no fim de uma mesa e um brinquedo, um pequeno robô, sai andando de onde ele está até às proximidades da câmera. Vai andando até cair. Nada mais se mexe. A metáfora é clara, mas a exposição muito inteligente. Mais adiante ele ouve o ruído de um avião. A velha amada está indo embora.
Sirk sabia fazer chorar em cinema. Se hoje se reconhece, muito bem. Custou a se entender que as “fitas lacrimosas” são válidas.(Pedro Veriano).

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"MOSCOU" DE EDUARDO COUTINHO NO MOVIECOM ARTE - DE 04 À 10/09


MOSCOU"
Direção : Eduardo Coutinho
Em Exibição de 04 à 10/09/09
Sala : Moviecom Castanheira Sala 04 - Projeção Digital
Sinopse :Em Belo Horizonte, o Grupo Galpão e o diretor de teatro Enrique Diaz se dispuseram a enfrentar o desafio de “montar”, em três semanas, a peça “As três irmãs”, de Anton Tchekcov.
O filme é composto de fragmentos dos workshops, improvisações e ensaios de uma peça que não teve e nem terá estréia.

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