terça-feira, 25 de novembro de 2008

"AINDA ORANGOTANGOS" NO MOVIECOM ARTE DE 28/11 À 04/12/08


Dentro do projeto MOVIECOM ARTE que tem o apoio das LOJAS VISÃO e da ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará), será exibido no período de 28/11 à 04/12/08 no Moviecom Castanheira (Sala 04) em projeção digital, o filme "AINDA ORANGOTANGOS", filme brasileiro exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e que recebeu o prêmio de melhor filme de diretor estreante no Festival de Lima.
A Seguir, informações sobre o filme:

"AINDA ORANGOTANGOS"
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 81 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2007
Distribuição: Pandora Filmes
Direção: Gustavo Spolidoro
Roteiro: Gibran Dipp e Gustavo Spolidoro, baseado em livro de Paulo Scott
Produção: Cristiane Oliveira, Fabiano de Souza, Milton do Prado, Gílson Vargas e Gustavo Spolidoro
Elenco : Karina Kazuê, Lindon Shimizu, Kayodê da Silva e Janaína Kramer
Sinopse : Porto Alegre, no dia mais quente do verão. Um casal de imigrantes chineses cruza a cidade em um vagão de metrô. Doentes e cansados, eles tentam ajudar um ao outro, ao mesmo tempo em que enfrentam a desconfiança dos demais passageiros e a incompreensão de sua língua. O chinês vagueia pelos corredores da estação de metrô e pelo mercado público da cidade, em busca de ajuda. É o início de uma série de situações-limite vividas por diversos habitantes da cidade.É o 1º longa-metragem filmado em um único plano-sequência no Brasil.
Marco Antonio Moreira

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

“Rec”(Espanha,2007) é um falso documentário que faz a bruxa de Blair decolar na vassoura para o diabo que a carregue.
Simula-se uma telereportagem sobre a rotina de bombeiros em Barcelona. Soa o alarme e sabe-se que uma senhora está presa, aos gritos, em um prédio no subúrbio. A repórter segue com o câmera junto com dois bombeiros. No local depara com uma velha seminua que ataca um guardamordendo-lhe a jugular como bom vampiro . Daí em diante monta-se um quadro aterrorizante: todos ficam presos no edifício, pois o Departamento de Saúde diagnosticou um mal tipo raiva que não deve ultrapassar aquele domínio. Daí em diante é evitar dentada, até de criança.
O filme de dois cineastas: Jaume Balagueró e Pacu Plaza, com roteiro de Luis Bedejo e fotografia de Pablo Rosso, é um prodígio de pegadinha. O falso câmera também se chama Pablo e a repórter Manuela Velasco, muito simpática, soltam os gritos e sussurros necessários para se deixar a idéia de que a vampiragem é real . Tem de tudo para se entender que está sendo difícil documentar os acontecimentos. Mas há cochilos, como um gravador que toca o que se quer na rolagem certa e sabe lá com que energia na dependência sem luz. Mas quem está com os olhos grudados na tela (e a narrativa dá margem a isso) não dá muita bola. Tudo é “frisson” e sem fim. A última palavra da repórter é “-Filma tudo, Pablo”.
Os meninos devem ter gastado pouco. Faturaram muito. E os americanos já copiaram com o nome de “Quarentena”.
Dá vontade da gente fazer uma caçada à Mula sem Cabeça. Ou ao Curupira.
(Pedro Veriano)

"FIM DOS TEMPOS" MERECE SER VISTO E DISCUTIDO


O diretor M. Night Shyamalan é um dos melhores cineastas do momento. Seus filmes sempre têm boas narrativas, boas histórias e finais que além de surpreendentes, fazem o espectador refletir. Seu maior sucesso, “O Sexto Sentido”(1999) foi um marco do genêro suspense e deu condições para o diretor realizar seus projetos mais pessoais incluindo o belo “A Dama na Água”, seu filme mais incompreendido até agora. Mas em “Fim dos Tempos”, mais uma vez inspirado pelo cinema de Alfred Hitchcock, especialmente pelo filme “Os Passáros”, ele realiza um trabalho onde todas as melhores características de seu cinema aparecem à favor de uma história que fala da relação do homem com a natureza. Natureza que aqui procura dar sinais de que tudo deve mudar interferindo no dia a dia dos homens. Para alguns, “Fim dos Tempos” é confuso e repetitivo mais na verdade, o filme faz parte do processo de criação de um diretor que a cada filme evolui e exercita seu estilo de filmar e contar histórias de forma cada vez melhor.

Marco Antonio Moreira

"O SELVAGEM DA MOTOCICLETA" NA TV POR ASSINATURA


“O Selvagem da Motocicleta" de Francis Coppola é um dos destaques da Tv por Assinatura neste final de mês. No filme, um líder de uma gangue local vive lutando pelo poder com outra gangue e tem como ídolo o irmão mais velho conhecido "O Motoqueiro". Vivendo cada dia sem perspectiva, ele e sua gangue vivem procurando confusão. Mas a volta do seu irmão mais velho à cidade, com um comportamento diferente e mais maduro, mudará o rumo de sua história. Os anos 80 foram anos de maturidade para o diretor Francis Coppola (O Poderoso Chefão/Apocalypse Now) que realizou filmes com foco na juventude como “Vidas sem Rumo”(1984) e “O Selvagem da Motocicleta”(1983). Aqui, o estilo e a narrativa de Coppola, nos leva para uma história onde os jovens tem pouca perspectiva e onde a violência e a questão social parecem estar grudadas na estrutura emocional de todos. É um dos melhores filmes do diretor, com uma bela fotografia e música funcional de Stewart Coppeland (The Police). Pena que Coppola nos anos 90 não tenha conseguido repetir uma série de bons filmes mais sem dúvida ele tem seu nome marcado na história do cinema.


Marco Antonio Moreira

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ana e o Caos

Caótica não é só Ana, a personagem de Manuela Vellés no filme de Julio Medem. Caótico é o filme todo. O roteiro (do diretor) misturam psiquiatria de almanaque com Terapia das Vidas Passadas(TVP), ou seja, Freud com os credos orientais adquiridos hoje no ocidente.
A personagem-título mora com o pai, um alemão, em uma região praiana da Espanha. Eles vivem do que vendem numa feira de artesanato, e a moça, dedicada à pintura, acha-se no céu quando uma turista (Charlotte Rampling) a convida para seguir com ela até Madri, onde terá campo para desenvolver seu talento artístico. Na capital Ana encontra, antes desse estabelecimento profissional, o sexo. Mas o amante, um árabe, não demora muito em sua cama. Segue para a sua região onde é morto. Estressada e relatando visões, Ana é alvo da hipnose feita pelo amigo de ocasião, um americano conhecido como Anglo. Mas a sua amizade maior é com Linda(Bebe), uma enigmática morena que acaba se infiltrando nas vidas (e são muitas) que a garota vem a recordar.
A narrativa vai de 10 a 0 como na hipnose clássica. Mas não adianta essa pontuação. Como não é crível a técnica de hipnotismo realizada. A comparar, a de Woody Allen em “Spot” é melhor. Bem, o que importa é que Medem quer dizer muito de suas figuras a partir de uma seqüência em que se testa aptidão de falcões. Parece um detalhe gartuto no filme. Mas é uma das chaves para tentar absorvê-lo. Os falcões são aves bonitas que voam alto e descem para matar. Ana é vista relaxada do fundo de um lago azul e daí passa para papéis diversos em diversas regiões nas voltas carnais pelo tempo. Como tragada por falcões, ela sempre morre de forma violenta. E sempre tenta fugir da tragédia, adentrando pelas políticas cruentas de diversos países. Acaba(pelo menos no filme) cagando na cabeça de um norte-americano belicoso. Medem engrossa para fechar uma fabulação que envolve literalmente mundos e fundos. Cabe no seu trabalho aquele ditado antigo: “quem tudo quer, tudo perde”. Ou “mais vale um passaro(no caso um falcão) na mão do que dois voando”. (Pedro Veriano)

BROWN BRUNNY" NO MOVIECOM ARTE DE 21 À 27/11


Dentro do projeto MOVIECOM ARTE, que tem o apoio das LOJAS VISÃO e da ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará), será exibido de 21 à 27 /11, no Moviecom Castanheira Sala 04, em projeção digital, o filme "Brown Brunny". O filme escandalizou o Festival de Cannes há alguns anos dividindo a crítica internacional. "Brown Brunny" permanecia inédito nos cinemas de Belém até agora.
Confira a seguir informações sobre o filme :
"Brown Bunny"
Direção: Vincent Gallo
Gênero: Drama
Elenco: Vincent Gallo, Chloë Sevigny, Cheryl Tiegs, Elizabeth Blake, Anna Vareschi, Mary Morasky.
Duração: 93 min.
Título original: Brown Bunny
País: EUA
Classificação: 18 anos
Sinopse :Bud Clay (Vincent Gallo) é piloto de Fórmula II e ainda sofre por causa da perda de seu grande amor. Após perder uma corrida em New Hampshire, vai a Califórnia, onde será a próxima. Atravessando os Estados Unidos, ele cruza a cada dia com a possibilidade de um novo amor, todos com nomes de flores. Mas nada parece ser capaz de substituir Daisy (Chloë Sevigny), a única mulher que amou e que amará para sempre
Marco Antonio Moreira

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"CAÓTICA ANA" NO MOVIECOM ARTE DE 14 À 20/11


Dentro do projeto Moviecom Arte que tem o apoio das Lojas Visão e ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará), será exibido de 14 à 21/11, no Moviecom Castanheira Sala 04 em projeção digital, o filme "CAÓTICA ANA" do diretor espanhol premiado Julie Mendem.
Confira maiores informações do filme "Caótica Ana":
Direção: Julio Medem
Gênero: Comédia Dramática
Elenco: Manuela Vellés, Charlotte Rampling, Bebe, Asier Newman, Nicolas Cazalé, Raúl Peña, Gerrit Graham, Matthias Habich, Lluís Homar, Antonio Bellido e Leslie Charles
Duração: 118 min
Título original: Caótica Ana
Ano: 2007
País: Espanha
Classificação: 14 anos
Sinopse:O filme é uma viagem por quatro anos da vida de Ana (Manuela Vellés), dos 18 aos 22 anos. Como em uma hipnose, a protagonista mostra que não vive sozinha, que sua existência é semelhante a continuação da vida de outras jovens mulheres que morreram de um trágico modo. Esse é seu caos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

"O RITO" É MAIS UMA OBRA-PRIMA DE BERGMAN


Três atores de teatro são acusados de encenar uma peça considerada obcena e por isso são chamados para um juiz para serem interrogados. Mas durante a interrogação, acaba se revelando o íntimo dos personagens que mostram seus medos, anseios, dúvidas, mágoas e raivas com a vida. Sentimentos que somente são equilibrados quando são els são atores e não pessoas normais, frágeis e vulneráveis. Nesse processo, o personagem do juiz também acaba se revelando frágil e confuso num ritual onde os atores encenam o momento da peça considerado obceno. Ingmar Bergman concebeu este filme no auge de sua fase mais experimental, em 1969, depois de filmes fantásticos como "Persona", "A Hora do Lobo" e "Vergonha". Produzido para a televisão sueca, o filme tem uma fotografia extraordinária do mestre Sven Nykvist que em closes constantes, revela sem rodeios os sofrimentos e angústias dos personagens. Como sempre em todos os filmes de Bergman, os atores estão em atuações soberbas especialmente Ingrid Thulin, que atuou em vários filmes do mestre sueco. Finalmentoe lançado em dvd no Brasil, “O Rito” é uma obra-prima que incomoda, provoca e confirma o talento de um gênio que como poucos, soube lidar no cinema com as questões referentes a alma humana.

Marco Antonio Moreira

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Filmes que Incomodam

Quem disse que cinema é a maior diversão? Alguns críticos acharam os filmes “Império dos Sonhos” e”Ensaio sobre a Cegueira” incomodativos (ou “inconfortáveis”). O primeiro porque “não tem pé nem cabeça”e o segundo porque mete pé na cabeça e acaba deixando galos.
“Império....” é o devaneio de David Lynch em que o ato de interpretar é tabu. Quem pode dizer como fica passando a atriz (Laura Dern) que faz a versão de um filme maldito onde os principais interpretes foram assassinados ? “Ensaio...” é um mergulho na obra de José Saramago que todo mundo dizia ser difícil de filmar, uma fabula em que a cegueira do mundo, alertada por poetas, ganha o pé da letra e mostra que realmente os olhos representam a janela da alma.
Os dois filmes foram feitos para intrigar, instigar, polemizar, não para digerir junto a um saco de pipocas. Claro que a grande critica acha o máximo Lynch mandar às facas resquícios de “plot”(enredo) e rir de quem contar uma história de seu roteiro. Esta mesma critica talvez não goste tanto do que fez Fernando Meirelles, não pelo fato de santo de casa estar isento de produzir milagre, mas por “simplificar” a temática do original literário em nível de uma ficção-cientifica (não é, mas acham).
Os exemplos se tocam numa proposta visual que contrasta com outro programa da cidade: o ciclo de Manoel de Oliveira. Ali é o reverso: a palavra maneja a ação, a palavra faz cinema.
No bojo dessa programação muito distante dos áureos tempos dos musicais da Metro, vê-se que cinema é muito mais do que as vãs filosofias pensam em discernir. Perseguir o inconsciente, dando forma a coisas que não se armam como em um quebra-cabeça, ou vislumbrar o caos ao invés de coitadinhos cegos, é o reverso do chamado “divertissement”. E ouvir ou ler Oliveira, geralmente com base em obras que ele leu, é jogo de paciência. Nisso tudo chega um aprendizado, ou um modo de ver/ouvir. Muitas vezes somos cegos diante do que não entendemos de imediato. Nunca nos criticamos por isso: criticamos sim, quem nos deixa com esse tipo de análise. Se há lição a tirar desse conceito é o que deriva da confiança nos autores, da certeza de que não se estão brincando em nossos campos.
Mas sejamos autênticos: rever e rever certos filmes e ainda assim não aceitá-los é uma condição que merece respeito. E se corporifica com argumentos. Eu discuto sonho e surrealismo (um nada tem a ver com outro), penso que uma organização de cegos implica num discurso diferente do de Meirelles e ainda custo a conciliar a palavra como movimento, ou cinemática, na obra do quase centenário cineasta luso. Como não li o livro de Saramago, nem alguns citados por Oliveira, fico no que sei sobre o conceito de sonho desde Freud. Penso que para admirar Lynch é preciso mandar às favas as raízes da psicanálise. Mas é como você tratar de dor de barriga sem falar em espasmo intestinal. (Pedro Veriano)

sábado, 8 de novembro de 2008

TRILHAS SONORAS : O QUE ESTÁ ACONTECENDO ?


Há quanto tempo não temos um filme com uma trilha sonora marcante, de qualidade, que tenha temas musicais que fiquem na nossa memória? Você já pensou nisso?É incrível que hoje na maioria dos filmes, a música sirva apenas como acompanhamento das cenas, especialmente nos filmes de ação e aventura. Poucos cineastas levam em consideração que a música é um elemento importante dentro da construção de um filme. Diretores como Alfred Hitchcock e Stanley Kubrick foram exemplos disso. Seus filmes marcaram várias gerações entre tantas razões, pelo fato de que a música estava dentro do enredo como um elemento dramático importante. Como podemos esquecer, por exemplo, da cena final de “Um Corpo que Cai” (1957) de Hitchcock, quando no desfecho da história temos um tema musical extraordinário composto pelo maestro Bernard Herrman? No caso de Kubrick, como esquecer as sequências de abertura de “2001 : Uma Odisséia no Espaço”(1968) e “Laranja Mecânica” onde a música nos leva para dentro da história já de forma marcante?
Parece que hoje, com as exceções de sempre, os músicos que fazem as trilhas sonoras são extremamente burocráticos nas composições, talvez até por imposições dos produtores. Hoje, na maioria dos filmes, ouvimos músicas incidentais sem brilho que são dependentes das imagens. Das trilhas sonoras recentes, a que mais me impressionou foi de Hans Zimmer em “O Código da Vinci” sendo uma exceção entre tantos títulos lançados nos cinemas e locadoras. Na dúvida do que fazer, os novos talentos poderiam pegar como exemplo os trabalhos de músicos como John Barry (Out of África), Bernard Herrman (Um Corpo que Cai/Psicose), Ennio Morricone (Cinema Paradiso), Nino Rotta (Amarcod), Max Steiner(E O Vento Levou), entre tantos nomes. Talvez assim, tenhamos uma nova geração de músicos que podem mostrar nos filmes o seu talento musical com criatividade e sensibilidade , marcando seu trabalho na memória do espectador que valoriza a música de uma forma geral e que está com saudades de quando o cinema revelava grandes trilhas sonoras.

Marco Antonio Moreira

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

"IMPÉRIO DOS SONHOS" É HIPNOTIZANTE


O novo filme de David Lynch, "Império dos Sonhos", embaralha as fronteiras dos gêneros cinematográficos em filme hipnotizante. Em inglês, os cineastas são conhecidos como storytellers, contadores de histórias. A busca pela aproximação do cinema com outras formas narrativas, principalmente o romance, concide com a conquista do espaço do cinema, ainda no início do século passado, do grande público, tornando-se uma máquina da indústria de entretenimento.
O diretor americano David Lynch sempre usou e abusou de figuras bizarras em seus filmes e de fios narrativos multiplos. No entanto, nada do realizado antes por Lynch pode nos preparar para a experiência de ver "Inland Empire", ou canestramente traduzido por "Império dos Sonhos". Com apenas um fio de história ou usando algumas situações, climas e situações pra lá de absurdas, ele nos brinda com um dos mais instigantes, revolucionários, maravilhosos filmes - uma abertura para o filme do próximo milênio. Com o esgotamento de todas as formas narrativas, só nos resta não contar exatamente uma história, ou nos preocupar em contar apenas uma história.Assim como acontece no recente "Aquele Querido Mês de Agosto", do português Miguel Gomes, existem filmes em que as palavras são muito limitadas para descrever a experiência de assisti-los. Ainda mais no cinema, já que "Inland Empire" já foi lançado em DVD. Somente em tela grande, se pode sorver por completo esse cinema de Lynch, que nos absorve também em suas imagens, sons, suas labirínticas teias narrativas.
Lynch vai destruindo aos poucos todas as nossas amarras com relação ao cinema: uma atriz famosa, uma história que tem começo, meio e fim, uma fotografia bonita. E nesse sentido é perfeitamente lógico uma família de coelhos (!) que assiste a televisão na sala de casa. Ou o que falar das prostitutas polonesas? da maldição do filme? das idas e vindas de Laura Dern em seu delírio/sonho? "Inland Empire" reconstrói dessas sombras narrativas, um filme de tremendo vigor onde tudo pode acontecer, seja um romance, um mistério, um drama, logo embaralhando de uma vez o cinema de gênero para desembocar em um fantástico musical (aviso logo que a parte dos créditos é imperdível).

Fernando Segtowick

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"CLEÓPATRA" E "A ERA DA INOCÊNCIA" NO CINE ESTAÇÃO


"Cleópatra"
Drama, Brasil, 2007. De Julio Bressane. Com Alessandra Negrini, Miguel Falabella, Bruno Garcia, Heitor Martinez, Lúcio Mauro e Taumaturgo Ferreira.
Classificação indicativa: 18 anos.
Sessões:
22/11 (sábado) às 19h
23/11 (domingo) às 10h
21h30/11 (domingo) às 19h
Sinopse: Sedutora, passional e extremamente culta, Cleópatra (Alessandra Negrini) tornou-se a mais famosa rainha do Egito. Filha de Ptolomeu 12º, descendente do general macedônio de Alexandre, o Grande, ela freqüentou, desde menina, a biblioteca de Alexandria e pôde preparar-se para o exercício do poder, através da dominação sobre seus amantes, Júlio César (Miguel Falabella) e Marco Antônio (Bruno Garcia).
Premiações:Recebeu os prêmios de Melhor Filme, Atriz (Negrini), Fotografia (Walter Carvalho), Direção de Arte (Moa Batsow), Trilha Sonora (Guilherme Vaz) e Som (Leandro Lima)


"A Era da Inocência"
L'Age des Ténèbres - Comédia, Canadá, 2007. De Denys Arcand. Com Marc Labrèche, Diane Kruger, Sylvie Léonard e Caroline Néron.
Classificação indicativa: 16 anos
Sessões:
23/11 (domingo) às 19h
29/11 (sábado) às 19h
30/11 (domingo) às 10h e 21h
Sinopse:Em seus sonhos, Jean-Marc LeBlanc (Marc Labrèche) é um cavaleiro valente, uma estrela dos palcos, um artista que vive com mulheres a seus pés e em sua cama. Mas, na realidade, é um sujeito muito diferente. Cidadão comum, seu trabalho é ouvir pacientemente pessoas que chegam a seu departamento procurando ajuda. Em casa, sua mulher e seus filhos adolescentes não lhe dão a mínima.
Curiosidades :Dirigido pelo cineasta Denys Arcand ("As Invasões Bárbaras"), o filme foi exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, do Festival do Rio 2007

"IMPÉRIO DOS SONHOS" NO MOVIECOM ARTE DE 07 À 13/11


Dentro do projeto MOVIECOM ARTE, que tem o apoio das LOJAS VISÃO e da ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará), será lançado no período de 07 à 13/11, o polêmico filme "IMPERÍO DOS SONHOS" do polêmico diretor David Lynch (o mesmo diretor de "O Homem Elefante" e "Cidadde dos Sonhos"). O filme é um delírio cinematográfico nos moldes do talento do diretor que sempre produz filmes polêmicos e inquietantes. No filme, uma mulher atormentada e apaixonada vive uma situação de mistério, onde sonhoS e realidade se misturam, levando o espectador para uma viajem surreal.
O filme será exibido em cópia digital e como em todos os filmes do projeto MOVIECOM ARTE tem um preço especial : R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia).
O filme já foi lançado em dvd mas a exibição do filme em cinema era necessária e nos dará oportunidade de ver o excelente trabalho de Lynch de outra forma.Sem dúvida, é um dos melhores filmes do ano.

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