Máximo Barros em seu livro “José Carlos Burle”(biografia do cineasta)ele conta que na estréia da comédia “3 Vagabundos” com Oscarito, Grande Otelo e Cyll Farney, um critico escreveu que “o quarto vagabundo era o filme”. A mesma coisa acontece com este “Amor e Outras Drogas”ora em cartaz. Uma das outras drogas é o filme. Outras são tantas comédia ditas românticas que Hollywood empurra aviltando a memória de Ernst Lubitsch, Billy Wilder, e estrelas como Cary Grant e Consance Bennett.
Em “Caça às Bruxas”, ora nas telonas locais, Nicolas Cage leva numa gaiola uma garota (Claire Foy) tida como uma das magas procuradas pelos soldados da inquisição.No entender da sra, J.K. Rowlings, Cage é trouxa. Foy, que no filme nem tem nome (chamam só “a garota”/the girl), é genial como se disse em português da personagem vivida por Barbra Streissand no arremedo de “Funny Girl”(um dos raros abacaxis de William Wyler). Mas o interessante é que o companheiro de Cage na caçada é Ron Perlman , ou “Hellboy”. Ele poderia mandar o filme inteiro para o inferno.
Um titulo que procedente é “Minhas Mães e Meu Pai”para o original “The Kids are all right”(Os Garotos estão certos). Certos porque buscam o pai através de um banco de esperma, perturbando a paz das mães lesbicas. Como são duas mulheres que se deixam fecundar pelo mesmo doador, o nome da comédia (melhor, do drama –pois só mesmo no cu dos outros a trama é refresco), realmente somam duas mães para o casal composto pelos jovens atores Mia Wasikowska e Josh Hutcherson(está cada vez mais difícil gravar nome e artista).É raro on tradutor brasileiro dar samba na tradução de filmes. Lembro de Frank Capra que quis saber quem foi que chamou “it’s a Wonderful Life”de “A Felicidade Não se Compra”. “-Se eu soubesse antes”, disse ele,”teria chamado o filme “The Hapiness we can’t buy”.
Mas o absurdo mor em termos de títulos fica com “Meu Ódio Será Tua Herança”para “The Wild Bunch” e (pasmem) “O Marido era o Culpado” para “Sabotage”e “O Diabo Disse Não” para “Heaven Can Wait”. Ainda falam dos portugueses. Por sinal que é mentira dizerem que “Psicose”chamou-se em Lisboa “O Filho que era mãe”. Certo é que “M, O Vampiro de Dusseldorf” vitou “Mato!”.
E chega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário