terça-feira, 29 de julho de 2014

MELODRAMAS

Vi “Não Aceitamos Devoluções”.Lembrei o tempo dos cine-boleros quando os dramas tensos jeitos pelos mexicanos eram pontilhados por canções de Augustin Lara ou colegas dele. Mas se aqueles filmes eram terríveis, a começar com “Pecadora” onde se julgava as prostitutas como tuberculosas em potencial, este agora, de Eugenio Berbez (atuando, co-escrevendo e dirigindo), não força a barra. Chega a comover na historia do pai que se esforça para criar uma menina deixada em sua casa como se fosse sua filha. O ator brilha e a sua dedicação, se bem um trabalho de cinema, ganha um tom menos “boleroso” quando se vê a menina aos 7 anos mandar o pai às favas ao saber que o mundo colorido criado para ela é ficção (e a mãe aparece). Há surpresa no fim. Tudo, porém, bem conduzido na linearidade da narrativa.Gostei.
 Vi também “A Culpa é das Estrelas”.Outro melodrama. Mas com um visor médico incomum. Os jovens cancerosos seguem uma linha viável da patologia. O diabo é a cara do rapaz com osteosarcoma (uma das piores formas de câncer). Praticamente morre com a cara de surfista. Até corado. A companheira é que deixa um pouco de verossimilhança. Pena, pois algumas gotas de realismo fariam bem ao resultado. De qualquer forma, um programa bem melhor do que ancestrais do tipo “Love Story”.Por sinal que eu fui rever este filme de Arthur Hiller quando voltei do cinema. Que droga! Nem se sabe de onde foi o câncer(se é que foi câncer)da mocinha. Simplesmente é diagnosticada com prognóstico sombrio e morre. Ryan O’Neal chora. Efeito contaminante pois o espectador deve chorar..de raiva. (Pedro Veriano)

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