domingo, 19 de janeiro de 2014

O'Toole e Joan Fontaine

Dois grandes intérpretes de filmes que de alguma forma marcaram a historia do cinema se foram em dias seguidos: Peter O’Tolle no sábado 14/12 e Joan Fontaine no domingo 15/12. O’Toole deixou a imagem de Lawrence da Arábia segundo o diretor David Lean. O filme permanece uma das raras superproduções de ampla qualidade artística. Em quase 3 horas na edição final o diretor de tantos clássicos reviveu o conterrâneo dele que de alguma forma trabalhou pela união do povo árabe antes da 2ª.Guerra Mundial. Curioso é que O’Toole não era nenhum astro capaz de justificar a escolha para um projeto de grande orçamento. O papel, aliás, teria sido oferecido a Marlon Brando que recusou por falta de tempo. Lean acreditou no jovem que até então só havia feito trabalhos de coadjuvante e algumas peças de teatro. Daí em diante muito se viu com a marca interpretativa de um bom ator, e é possível que no próximo a critica local programe “Becket, O Favorito do rei” um de seus bons papeis e no filme que contracenou com o colega de escola Richard Burton. Joan Fontaine era uma das quase centenárias que os fãs festejavam a longevidade. Não ganhou a irmã Olivia de Havilland, hoje com 97 anos, concorrendo com Maureen O’Hara que atualmente soma 93. Foi a descoberta de Hitchcock em “Rebecca”(1940) e nas mãos dele a vencedora do Oscar por “Suspeita”(Suspicion/1941). O último filme de Joan foi em 1994, para a TV (“Good King Wenceslas”). Ela fez ao todo 71 filmes e alem das obras de Hitchcock não se esquece suas aparições em “Alma sem Pudor”(Born to be bad/1950) de Nicolas Ray, “Carta de uma Desconhecida(Letter from na Unknown Woman/1948)de Max Phuls e “Jane Eyre”(1943) de Robert Stevenson onde contracenou com Orson Welles. Peter O’Toole só ganhou um Oscar honorário (por sua carreira). Perdeu em “Lawrence” para Gregory Peck por “O Sol é Para Todos”/To Kill a Mockinbird) e prosseguiu perdendo em mais 7 vezes. Joan foi candidata por “Rebecca” e por “De Amor Também se Morre”(The Constant Nymph/1943) de Edmund Goulding.(Pedro Veriano)

Nenhum comentário:

Arquivo do blog