quarta-feira, 9 de maio de 2012

"DRIVE" NO CINE ESTAÇÃO

No dia 13 de maio, o complexo Estação das Docas completa 12 anos de atividades ininterruptas de uma programação dinâmica e voltada para as atividades turísticas e culturais, como gastronomia, moda, teatro, música, cinema e uma série de eventos realizados nos 500 metros de orla fluvial do antigo porto de Belém. Como parte das atividades para celebrar esta data, será exibido “Drive”, de Nicolas Winding Refn, com Ryan Gosling e Carey Mulligan. O filme estreia nesta quinta-feira, 10 de maio, em sessões às 18h e 20h30. A entrada franca acontece no dia 13, para o público que sempre prestigiou o cinemão da Estação das Docas, inaugurado em dezembro de 2002 com o filme “O Poder vai dançar”, de Tim Robbins. Imagens sem fronteiras, pluralidade, diversidade e descoberta de novas poéticas. Estas são algumas das características conceituais que fazem parte da missão cultural do Cine Estação, em funcionamento no Teatro Maria Sylvia Nunes, com capacidade de 426 lugares e ingressos a preços acessíveis para dar continuidade à formação de novas plateias.
O filme O diretor Nicolas Winding Refn (da trilogia ‘Pusher’, ‘Bronson’ e ‘Guerreiro Silencioso’) chega com tudo com o longa de ação ‘Drive’, a partir do roteiro adaptado a partir do romance homônimo de James Sallis. Ryan Gosling estrela como um dublê de motorista para produções cinematográficas em Los Angeles durante o dia e motorista de fuga para assaltantes a noite. Apesar de sua natureza solitária, o motorista acaba se apaixonando por sua bela vizinha Irene (Carey Mulligan), uma mãe jovem e vulnerável, cujo marido e ex-presidiário Standard (Oscar Isaac), sairá da prisão em breve. Após acidentalmente perder o controle de um roubo intencionado a pagar o dinheiro de proteção de Standard, o protagonista acaba tendo de dirigir para salvar a vida da mulher que ama, sendo perseguido por um grupo de criminosos altamente perigosos (Albert Brooks e Ron Perlman). No entanto, quando descobre que os gangsters não querem só a bolsa de dinheiro que está carregando – eles realmente querem Irene e seu filho, ele é obrigado a atacar. O nome do diretor Nicolas Winding Refn figura no circuito cinematográfico desde sua estreia, aos 24 anos, com o violento e polêmico ‘Pusher’, em 1996. Em uma mistura brilhante e sofisticada de humor negro, tragédia e altas doses de ação, ‘Pusher’ não só iniciou um marco no gênero policial – uma franquia regravada pela Vertigo Films – como também mostrou a visão de um dos mais talentosos diretores da Dinamarca desde Lars von Trier. A reputação internacional de Refn vem recebendo elogios da crítica e um culto de seguidores desde o lançamento de ‘Bronson’, uma biografia nada convencional e ácida sobre o famoso criminoso inglês Charlie Bronson, que contou com a atuação de Tom Hardy no papel-título; e ‘Guerreiro Silencioso’ (Valhalla Rising), um épico medieval elevado ao status de arte sacra. Em vista dos feitos anteriores de Refn, Ryan Gosling abordou o diretor sobre uma futura adaptação do instigante romance pulp ‘Drive’, de James Sallis. Refn achou que o romance passado em Los Angeles sobre um dublê de motorista tinha um excelente potencial cinematográfico. Ele se interessou particularmente pela narrativa rápida e econômica de Sallis e pela dose de existencialismo negro, ocultada pelo humor cínico. Refn viu na figura do anônimo protagonista do livro (conhecido apenas como Driver) uma oportunidade de aprofundar seus interesses dramáticos e expandir sua audiência. “O protagonista é uma mistura dos personagens que compus para ‘Bronson’ e ‘Guerreiro Silencioso’. Eles são figuras impressionantes, meio que deuses. Interesso-me muito pelo lado negro do heroísmo, por como a atração e a fidelidade cega a um código que está acima de qualquer pessoa norma,l podem se tornar algo quase psicótico.”, respondeu o diretor por ocasião do lançamento do filme. Embora o sucesso de Ryan Gosling como ator mirim e em ‘Diário de uma Paixão’ o tenha tornado um talento versátil, o ator recusou diversos projetos mais comerciais em favor de papéis com maior carga emocional e técnica. Gosling se mostrou ser um dos atores mais ambiciosos da sua geração. “O personagem me intrigou porque a atuação exigiu um conflito dramático complexo. Por um lado, ele é muito independente e lacônico. Há um senso de economia de movimento na forma como ele vive; há uma economia de palavras na maneira como ele fala. Ele mantém suas cartas na manga e tem reações quase inexpressivas. Isso tudo acaba com o seu caráter, porque esse é o tipo de autocontrole mecânico que ele alcança quando está em estado de fluxo ao dirigir. É meio homem, meio máquina. Por trás de toda essa expressão calma existe uma abundância de energia pronta para explodir”, explica Ryan Gosling. ‘Drive’ é tenso porque a ameaça de violência é constante. Faz uso criativo da insinuação. As três sequências de perseguição foram criadas e editadas de formas diferentes. A primeira é como uma partida de xadrez, um jogo de inteligência que requer calma, e a trilha sonora de Johny Jewel para essa parte vai crescendo aos poucos. A segunda é uma sequência mais direta, pura adrenalina, pois não tem som, exceto pelo ronco dos motores e pelo barulho dos freios; a trilha sonora é mais enfática porque é precedida de um período de antecipação relativamente calmo. A terceira sequência é de caça, um ataque furtivo, e acontece ao som da misteriosa e inquietante ‘Oh My Love’, música que fez parte da trilha sonora do filme ‘Goodbye Uncle Tom’. O conteúdo dramático do filme combina com a precisão formal e estilística da direção de Refn. O design técnico cria justaposições entre as locações escuras e comuns nas quais se passa a história. O brilho hiperreal cria fotografias hipnotizantes, ângulos de câmera, efeitos de luz, cores intensas e artificiais. Estilização plástica enfatizada pela sincronização cuidadosa com a trilha sonora. 

Serviço: Drive (EUA, 2011)
Dirigido por Nicolas Winding Refn
Com Ryan Gosling e Carey Mulligan.
Ação, Suspense. 1h40. 18 anos
Dias  10 (quinta): 18h e 20h30 11 (sexta): 18h e 20h30 12 (sábado): 18h e 20h30 13 (domingo): 10h, 18h e 20h30 (com entrada franca, como parte das comemorações do Aniversário da Estação das Docas) 17 (quinta): 18h e 20h30 18 (sexta): 18h e 20h30 19 (sábado): 18h e 20h30 20 (domingo): 10h, 18h e 20h30 Ingressos: R$ 7,00 (com meia-entrada para estudantes).
Realização: OS Pará 2000, Secretaria de Estado de Cultura – Secult e Governo do Estado.

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