quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"ALIANÇA DO CRIME"



John Connoly (Joel Edgerton) e James "Whitey" Bulger (Johnny Depp)foram meninos travessos das ruas de Boston dos anos 50. Por volta dos anos 70 eles se reencontraram. Connolly passou a ser um nome de proa do FBI local e Whitney virou protetor da máfia irlandesa. O conhecimento do mafioso com o figurão da politica e da agencia de investigações leva a um plano de sabotar a máfia italiana. Isso é tratado oficialmente pela agencia de governo e Connoly aproveita para, através desse prestigio, enveredar por outras facetas do mundo do crime. Segundo se diz o FBI sabia das articulações do bandido mas virava as costas. O objetivo era acabar com os mafiosos da Itália e paralelamente proteger o “ajudante”. O filme dirigido por Scott Cooper baseia-se na historia real de James Bulger por sua vez tratada em livro de Dick Lehr e Grerard O’Neill, afinal transformado em roteiro de cinema por Mark Molluck e Jezz Butterworth. Nessas transposições fatalmente esvaziou-se a realidade. E por isso não se pense no filme como um docudrama. É ficção e como tal cumpre o seu trabalho, lembrando (e isso é elogio) os filmes de gangster dos anos 30 com James Cagney e Humphrey Bogart com diretores do nível de Michael Curtiz e Raoul Walsh.
Na comparação com os velhos bandidos “Aliança do Crime”(Black Mass) perde feio. Mas a liberdade de expressão serve para mostrar o que a Warner queria no passado e a censura castrava. Havia o chamado “Codigo Hays,vindo do politico protestante William H. Hays, processo que não permitia certas incursões em terrenos tabus e chegava até mesmo a não mostrar sangue quando as pessoas eram atingidas por balas. Livre dessas amarras ridículas o novo filme exibe crueldade hipertrofiada e apesar de claudicar no ritmo(muito lento para uma peça de ação intensa) é capaz de dar uma ideia de como agiam os mafiosos e parceiros na sociedade hipócrita de um passado recente. Mas o interesse maior do filme, ou o que a Warner vende, é o trabalho de Johnny Depp. Eu não conheci o cara debaixo de uma maquilagem que lhe deu bochechas e alongou a face. Se não lesse o nome dele nos créditos não conheceria o interprete de “Edward Mãos de Tesoura” e outros filmes de Tim Burton .E por sinal que há quem esteja pensando em Depp para o próximo Oscar, Se Leonardo di Capri deixar...(Pedro Veriano)

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