segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ÓPERA NA TELA DO CINE OLYMPIA - DE 12 À 15/11/09


ESPAÇO MUNICIPAL CINE OLYMPIA
ALIANÇA FRANCESA (BELÉM)
CONSULADO GERAL DA FRANÇA(RJ)
APRESENTAM

"ÓPERA NA TELA"

QUINTA-FEIRA 12 DE NOVEMBRO

10H00 UMA TEMPORADA DE ÓPERA
:: Documentário de Richard Copans – 2009 (52’) :: A última temporada de Gérard Mortier, Diretor da Ópera de Paris.

11H30 PLATÉE :: Documentário de Don Kent – 2006 (78’)
:: Sobre a ópera de Rameau, gravada em 2002 e 2006 na Opéra de Paris. Série ‘Descobrir uma ópera’ produzida por ARTE France. Direção musical: Marc Minkowski – Direção:
Laurent Pelly.

13H30 RAVEL - A PAIXÃO BOLERO :: Documentário de Michel Follin – 2007 (59’)
:: A história de uma das mais conhecidas partições da história da música e de seu autor Maurice Ravel. Com algumas cenas rodadas numa praia do Nordeste brasileiro, onde é tocado o Bolero a cada pôr do sol.

15H00 A FLAUTA MÁGICA
:: Ingmar Bergman – 1974 (135’)
:: Fascinado pela obra de Mozart, Bergman queria popularizar a ópera. Dois anos de preparo e nove meses de filmagem mais tarde, ele ganha sua aposta: foi a primeira ópera filmada que chamou a atenção do grande público.

17H30 MADAME BUTTERFLY
:: Frédéric Mitterrand – 1995 (130’)
:: Baseado na ópera em 3 atos de Giacomo Puccini
Com Ying Huang e Richard Troxell. Direção musical: James Conlon – Orquestra de Paris.


SEXTA-FEIRA 13 DE NOVEMBRO

10H00 PROKOFIEV – O DIÁRIO INACABADO
:: Documentário de Yosif Feyginberg – 2009 (52’) :: O enigma de um dos mais geniais compositores do século XX, resolvida a través do seu diário, encontrado 50 anos após a sua morte.

11H30 JOANA D´ARC NA FOGUEIRA
:: Documentário de Don Kent – 2007 (62’)
:: Sobre a obra de Arthur Honneger, gravada em 2006 na Opéra de Montpellier. Série ‘Descobrir uma ópera’ produzida por ARTE France. Direção musical: Alain Altinoglu – Direção: Jean-Paul Scarpita.

13H00 VILLA-LOBOS – A ALMA DO RIO
:: Documentário de Eric Darmon – 2007 (52’)
:: O retrato do mais famoso compositor brasileiro.

14H30 ACCENTUS – TRANSCRIÇÕES
:: Documentário de Andy Sommer – 2007 (45’) :: Um gênero de comédia musical a capella, As grandes árias de Mahler, Prokofiev, Ravel, Wagner e Verdi foram transcritas para 28 cantores e foram assim revisitadas numa encenação inspirada em filmes como Fantasia, Morte em Veneza ou O guarda-chuva do amor.

15H30 ARIA :: Filme coletivo – 1987 (91’)
:: Um filme surpreendente em que alguns cineastas conhecidos ilustram filmes de ópera. Jean-Luc Godard exibe belas moças nuas em meio a culturistas halterofilistas num trecho de Armides de Lully, Robert Altman mostra um asilo de loucos nas Boreadas, Ken Russel filma um “Nessun dorma” alucinado numa sala de cirurgia, etc.

17H30 O TROVADOR
:: Ópera em 4 atos de Guiseppe Verdi (137’) :: Direção musical: Thomas Rösner – Direção: Robert Carsen. Festival de Bregenz 2006 – Filmado por François Roussillon.


SÁBADO 14 DE NOVEMBRO

10H00 PEER GYNT
:: Um balé de Heinz Spoerli baseado num drama de Henrick Ibsen – 2009 (135’) :: Direção musical: Eivind Gullberg Jensen – Teatro de Zurique. Filmado por Andy Sommer.

13H00 A VALQUÍRIA
:: Ópera em 3 atos de Richard Wagner (223’) :: Direção musical: Simon Rattle – Direção: Stéphane Braunschweig. Orquestra Filarmônica de Berlim. Festival de Ópera de Aix-en-Provence – 2007. Filmado por Don Kent.

17H00 DON GIOVANNI
:: Joseph Losey – 1978 (173’) :: Baseado na ópera em 2 atos de Wolfgang Amadeus Mozart. Com Ruggiero Raimondi, Kiri te Kanawa, Edda Moser. Direção musical: Lorin Maazel – Opéra de Paris.

DOMINGO 15 DE NOVEMBRO

10H00 STRAVINSKI E OS BALÉS RUSSOS
:: Duas peças de Igor Stravinski: Pássaro de Fogo, Sagração da Primavera – 2009 (86’) :: Direção musical: Valery Gergiev – Teatro do Mariinsky de Saint Petersbourg. Filmado por Denis Caïozzi.

12H00 ARTURO TOSCANINI POR ELE MESMO
:: Documentário de Larry Weinstein (73’) :: A vida do maior maestro da história da música, cuja carreira começara no Rio de Janeiro.

14H00 TCHAIKOVSKI – A PATÉTICA
:: Documentário de Iossif Pasternak – 2007 (52’) :: Sinfonia mais conhecida da histoiria musical da Russia, A Patética possui todos os atributos de uma obra legendária, ainda mais pelo fato de Tchaikovski ter morrido poucos dias depois de tê-la criado.

15h30 PELLEAS ET MELISANDE
:: Documentário de
Philippe Béziat 2008 (108’) :: Baseado na ópera de Debussy.
Direção musical: Marc Minkowski – Direção: Olivier Py. Teatro Stanislavski de Moscou.

17H00 CARMEN
:: Francisco Rosi – 1984 (152’) :: Baseadona ópera de Georges Bizet. Com Julia Migenes Johnson, Plácido Domingo, Ruggero Raimondi.


ENTRADA FRANCA
APOIO : ALIANÇA FRANCESA/CONSULADO GERAL DA FRANÇA/ACCPA

domingo, 8 de novembro de 2009

"O VISITANTE" NO MOVIECOM ARTE - DE 06 À 12/11/09

"O VISITANTE"
Gênero: Drama
tempo: 104 min.
Classificação: 14 anos
Horário : 18 h
Em Exibição de 06 à 12/11/09
Sala : Moviecom Castanheira Sala 04 - Projeção Digital
Sinopse :Walter Vale (Jenkins), um professor de Economia de Connecticut, precisa ir a Nova York para uma conferência. Porém, descobre que tem um casal morando em seu apartamento: Tarek (Sleiman) e Zainab (Danai), imigrantes ilegais que tocam suas vidas normalmente na Big Apple. Após um habitual período de desentendimentos, o professor acaba propondo abrigo para eles em seu apartamento e, aos poucos, vai se envolvendo com essas pessoas e com o tambor sírio, instrumento que Tarek toca.
APOIO : ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

"AQUELE QUERIDO MÊS DE AGOSTO" NO CINE LÍBERO LUXARDO


O Cine Líbero Luxardo retoma sua programação e projetos regulares com a exibição do elogiado “Aquele Querido Mês de Agosto” do diretor português Miguel Gomes, entre os dias 05 e 15 de novembro, de quinta a domingo, sempre às 19h30. Misto de documentário e ficção ambientado numa pequena cidade no coração de Portugal no mês mais festejado do ano lusitano, agosto, período em que os portugueses aproveitam as férias e o verão e em que muitos viajam para reverem familiares e amigos.
Em meio à festa popular local em homenagem à santa padroeira, suas procissões, seus andores, bailes e bandas, o diretor e sua pequena equipe munidos de uma câmara de 16 mm , se deslocam sem história definida, com o propósito de rodar um filme, sem financiamento para a elaboração de um roteiro e à contratação de atores. Com o projeto do filme suspenso temporariamente, o diretor resolveu nessas condições pelo menos documentar as festas de Argamil.
Nascido em Lisboa em 1972, após trabalhar como crítico de cinema na imprensa local e realizar diversos curtas, Miguel Gomes lança seu primeiro longa, “A Cara Que Mereces”, em 2004. Sem saber exatamente o que queria fazer neste seu segundo filme, embora soubesse que se ambientaria na pequena cidade portuguesa, começou a filmar de modo aleatório, procurando juntar material documental, pelo menos como pesquisa, para quando da retomada da produção do filme. Ao procurar depoimentos de moradores e recolher histórias e curiosidades locais, um roteiro começou a ser construído. E tudo, documentário e ficção, foi parar na edição final deste longa que tem dividido opiniões e conquistado diversos prêmios pelo mundo afora, inclusive a indicação para representar Portugal na categoria de Melhor Filmes Estrangeiro no Oscar, e o prêmio da critica na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2008, sendo exibido na Quinzena dos Realizadores em Cannes no mesmo ano.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

"AQUELE QUE SABE VIVER" DE DINO RISI NA SESSÃO CNEMATECA DIA 08/11/09

"AQUELE QUE SABE VIVER"
Original: Il Sorpasso- Itália,1962
Direção de Dino Risi
Roteiro de Risi, Ettore Scola e Ruggero Maccari.
Fotografia de Alfio Contini
Música de Riz Ortolani
Elenco: Vittorio Gassman, Jean-Louis Trintignant, Catherine Spaal, Cláudio Gora.
Resumo do argumento: O play-boy de meia idade, Bruno(Gassman) conhece o estudante de direito Roberto (Trintignant) e com ele executa uma viagem de recreio pelas estradas de Roma e Toscana. Nesse período as personagens são reveladas e uma ironia cerra seus destinos.
Importância Histórica: Dino Risi foi um dos mais prolíficos diretores de comédias na Itália e um dos mais engenhosos. Certamente é um nome subestimado pela critica, pois deixou obras-primas como esta e ainda “Férias à Italiana”(L’Ombrolone), “Perfume de Mulher”(Profumo di Donna), esta refilmada com Al Pacino, e “Este Crime Chamado Justiça”(In Nome del Popolo Italiano). Aqui ele faz um “road movie” diferente, onde a comédia palmilha cada quilometro de estrada na irreverência do motorista (Gassman) e a tragédia espera no final. Também é um dos bons filmes de Gassman e ele mesmo achava isso. No roteiro está Ettore Scola mais tarde o diretor de “Nós que nos Amávamos Tanto”, “O Baile” e “Feios,Sujos, e Malvados".

SESSÃO CINEMATECA
"AQUELE QUE SABE VIVER"
Cine Olympia
Domingo Dia 08/11/09
16 h
Entrada Franca
Próximo Programa :
Domingo dia 22/11/09 - "O PICOLINO" com Fred Astaire

PROGRAMAÇÃO : ACCPA

"TEMPOS MODERNOS" DE CHAPLIN NA SESSÃO CULT DIA 07/11/09

"TEMPOS MODERNOS"
Original: Modern Times- EUA, 1936
Direção e roteiro (e música) de Charles Chaplin
Fotografia de Rollie Totheroh
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman
Resumo do argumento: O vagabundo tenta se acomodar no emprego, apertando parafusos em uma fabrica. Ele chega a servir de cobaia para experimentos que visam ganhar tempo na produção. Estressado, sai apertando parafusos pela rua e confunde os botões do vestido de uma senhora que passa com esses botões. Em meio a muitas aventuras encontra uma mendiga que leva para o seu barraco e passa a proteger. Os dois são empregados numa boate, ela dançando e ele cantando. Mas a policia não deixa que a menor trabalhe e ainda mais sendo uma pessoa ligada a pequenos furtos. Os dois fogem.
Importância Histórica: Embora feito quando o cinema falado já era uma realidade incontestada “Tempos Modernos” é um filme mudo. Chaplin usou a banda sonora só para ruídos, música (suas composições, inclusive a canção “Smile” que fecha o filme), e uma montagem sonora que faz a “voz” do vagabundo cantando.Avesso ao som, o cineasta dizia que “cinema é a arte das imagens e como tal não deve receber interferências”. Tanto que neste filme despediu o personagem que o imortalizou: o vagabundo Carlitos (Charlie ou Charlot). Paulette Goddard, que faz a mendiga, foi esposa de Chaplin no período. Fez com ele este filme e o posterior “O Grande Ditador’(1940)”.Em 2001 os ingleses votaram “Modern Times” como o melhor filme do século XX.
SESSÃO CULT
"TEMPOS MODERNOS"
Cine Líbero Luxardo
Sabádo Dia 07/11/09
16 h
Entrada Franca
*Após o filme, debate entre os espectadores e críticos da ACCPA
Próximo Programa :
Sabádo Dia 21/11/09 - "GLÓRIA FEITA DE SANGUE" de Stanley Kubrick
PROGRAMAÇÃO : ACCPA

"BASTARDOS INGLÓRIOS" TEM TARANTINO NA SUA MELHOR FORMA

Durante a Segunda Guerra, na França ocupada pelo exército alemão, uma jovem testemunha a execução da sua família pelo coronel nazista Hans Landa. Anos depois, ela tem a oportunidade de se vingar sob a identidade de uma proprietária de cinema em Paris. Em pararelo, um grupo de soldados conhecidos como Os Bastardos se une para lutar contra os nazistas, sem piedade ou tolerância. Em “Bastardo Inglórios”, várias histórias e personagens se cruzam para mostrar a violência e os dramas da guerra neste novo filme do cineasta Quentin Tarantino (Cães de Aluguel/Pulp Fiction/Kill Bil).
Numa mistura inteligente de estilos, Tarantino volta a sua melhor forma num filme irônico sobre a guerra, onde o cinismo dos personagens e a violência dos envolvidos formam um quadro bem definido sobre o que foi este conflito. Procurando dar a sua versão da segunda guerra, sem compromissos com a verdade dos fatos e personagens reais que coloca no seu enredo, Tarantino inteligentemente mistura os personagens de forma criativa, revelando a motivação de cada um dentro da violência que os cerca desde a família da jovem no início do filme até mesmo ao acordo “final” entre velhos inimigos que não é aceito pelos bastardos inglórios que só tem uma lei: acabar com os nazistas. Até aqui, nada de necessariamente original em termos de história mais como Tarantino nos conta este enredo é que surpreende pelo seu próprio estilo de filmar, que esteve em grande forma em “Cães de Aluguel” e “Pulp Fiction” e que aqui se define claramente, mostrando um diretor que recebe inúmeras influências de outros cineastas e escolas de cinema e que transforma isto tudo num modo único de contar uma história.
Aqui, podemos perceber influências claras de diretores como Sérgio Leone, John Ford e Scorsese em sequências antológicas. Além disso, poucos diretores sabem equilibrar a música e a imagem como Tarantino e em “Bastardos Inglórios”, entre tantos momentos marcantes, fica a citação de uma extraordinária sequência onde ouvimos o cantor/compsitor David Bowie cantando “Putting out of Fire”, canção tema do filme “A Marca da Pantera” de 1982. Num ano de bons filmes exibidos nos cinemas, “Bastardos Inglórios” sem dúvida é um dos melhores do ano.

Marco Antonio Moreira

domingo, 1 de novembro de 2009

Bastardos Irreverentes

Imaginem as caravelas de Cabral naufragando (todas) antes de Porto Seguro. A piada de que o Brasil sofre por estar descoberto, pegando sol e chuva, desde 1500, ganha suavidade. Diriam que as alterações na História (com H maiúsculo) é coisa de cinema. Pois é coisa de cinema “Gloriosos Bastardos” de Quentin Tarantino. Neste filme de mais de duas horas de projeção em que a 2ª.Guerra Mundial ganha foro de combate entre cow-boys e índios (nada de Little Big Horn mas de faroeste da Republic Pictures) , Adolf Hitler nem chega a se chamuscar com aquela bomba que se viu em “Operação Valquiria”. O “fueher” morre num cinema francês posto que em cinema deve haver participação do que se projeta com o que se olha, ou seja, a ficção é parte intrínseca da realidade (ou como diria Edmond O’Brien em “O Homem que Matou o Facínora”: “quando a lenda é mais forte que a ficção que se imprima a lenda”).
Os bastardos do titulo são mercenários franceses que desejam vingar as vitimas dos invasores de sua terra. Chefiando-os, um norte-americano chamado Aldo e apelidado de Apache, manda que se escalpe os nazistas aprisionados. Bom “índio” na pele de Brad Pitt. Mas a estrela é o vilão, Cel. Hans Landa,(Christophe Waltz)um oficial nazi conhecido como “Caçador de Judeu” . Estereotipado como deve ser num filme de aventuras, faz toda sorte de maldade e ainda quer tirar o corpo fora quando as coisas pendem para o lado contrário ao seu, tentando puxar o saco dos aliados e acabando cedendo a cabeleira para o mocinho.
Tarantino esboça a cada filme a cultura adquirida na locadora de vídeo onde trabalhou, nos “pulp fictions” que leu, no mundo “pop” que hoje vende ingresso até por efeito mimético. Se “Kill Bill” refletia os filmes de caratê, este “Bastardos...” vai à fonte dos “Doze Condenados” e vê a guerra com ironia. E é por aí que o filme cresce e aparece. O humor por trás da violência, a caricatura pondo para escanteio os tipos históricos, a ação bem jogada (até pelos intervalos de muita conversa), tudo contribuiu para que haja cinema na expressão mais simples do termo (“a mentira 24 vezes por segundo”).
OK, um garoto moderninho depois de ver “Bastardos...” escreve na prova de seu colégio que a guerra contra os alemães terminou em 1944 com Adolf Hitler, Josef Goebbles, Martin Borman e outras estrelas do nazismo virando torresmo num incêndio de fitas velhas (aquelas de nitrato) em território francês. Nada de suicídio em Berlim. Tarantino evitou, por exemplo, que Goeblles incitasse a mulher a matar os filhos menores no “bunker”. Aquilo que se viu em “A Queda” é que é ficção. Se a “tia” der nota zero o menino manda que ela se atualize. Afinal, cinema é o melhor dos “tios”. E quando passa na televisão é também baba.
Cultura e curtura é coisa do Cebolinha. (PV)

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