Vendo “A Casa da Mãe Joana” percebe-se que o veterano Hugo Carvana envelheceu . O filme está longe da comicidade descontraída –e inventiva-de “Se Segura Malandro” e “Bar Esperança”. Basta lembrar o “seqüestro do elevador” em “Se Segura Malandro”, seqüência que o Cacá Diegues achou a mais engraçada da história do cinema brasileiro. E que dizer de Antonio Pedro e o próprio Carvana curtindo bebedeira ao som de “Meu Bem Meu Mal” numa alvorada depois de uma noite no Bar Esperança ? E o elenco todo cantando “Bandeira Branca” no fim do mesmo filme?
Carvana sabia fazer comédia. Aqui ele repete a formula de muitas personagens. Mas não amarra as situações. Elas ficam como que estanques, independentes umas das outras, e chega a um ponto em que o filme não sabe que rumo tomar. Tanto que o final, com a critica aos “sem teto”, perde fôlego.
O que salva “A Casa..” de um desastre total é o elenco. Veteranos como o diretor unem-se a poucos novatos em descontração. Especialmente a mais velha personagem (ou personalidade): Laura Cardoso. Não fosse essa gente que não precisa decorar diálogo e o sono espantaria de vez o sorriso.
Realmente o tempo passa e as imagens que faziam a gente rir restam grudadas na saudade. Não tiveram filhos. Nem foram morar na casa da mãe Joana. (Pedro Veriano)
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
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2 comentários:
Casa da mãe Joana é o proximo da lista...
Como ainda não vi não posso comentar...
Hoje eu ví "La Leon" no moviecom, muito legal... otima fotografia...
abraços...
Daniel Moura
Realmente o filme deixa muito longe a afiada linguagem de critica social de Hugo Carvana em outros filmes. Dá para se divertir mas é só isso. "Se Segura Malandro" e "Bar Esperança" são obras de arte que mereciam destaque melhor. No "Bar Esperança", a sequencia sem cortes, de Hugo Carvana e Marilia Pera, discutindo a relação, ora no quarto, hora na sala e hora no banheiro, é simplesmente antologica. Gostaria de ter tido uma cena de "A Casa da Mãe..." para ficar na memória.
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