Há quanto tempo não temos um filme com uma trilha sonora marcante, de qualidade, que tenha temas musicais que fiquem na nossa memória? Você já pensou nisso?É incrível que hoje na maioria dos filmes, a música sirva apenas como acompanhamento das cenas, especialmente nos filmes de ação e aventura. Poucos cineastas levam em consideração que a música é um elemento importante dentro da construção de um filme. Diretores como Alfred Hitchcock e Stanley Kubrick foram exemplos disso. Seus filmes marcaram várias gerações entre tantas razões, pelo fato de que a música estava dentro do enredo como um elemento dramático importante. Como podemos esquecer, por exemplo, da cena final de “Um Corpo que Cai” (1957) de Hitchcock, quando no desfecho da história temos um tema musical extraordinário composto pelo maestro Bernard Herrman? No caso de Kubrick, como esquecer as sequências de abertura de “2001 : Uma Odisséia no Espaço”(1968) e “Laranja Mecânica” onde a música nos leva para dentro da história já de forma marcante?
Parece que hoje, com as exceções de sempre, os músicos que fazem as trilhas sonoras são extremamente burocráticos nas composições, talvez até por imposições dos produtores. Hoje, na maioria dos filmes, ouvimos músicas incidentais sem brilho que são dependentes das imagens. Das trilhas sonoras recentes, a que mais me impressionou foi de Hans Zimmer em “O Código da Vinci” sendo uma exceção entre tantos títulos lançados nos cinemas e locadoras. Na dúvida do que fazer, os novos talentos poderiam pegar como exemplo os trabalhos de músicos como John Barry (Out of África), Bernard Herrman (Um Corpo que Cai/Psicose), Ennio Morricone (Cinema Paradiso), Nino Rotta (Amarcod), Max Steiner(E O Vento Levou), entre tantos nomes. Talvez assim, tenhamos uma nova geração de músicos que podem mostrar nos filmes o seu talento musical com criatividade e sensibilidade , marcando seu trabalho na memória do espectador que valoriza a música de uma forma geral e que está com saudades de quando o cinema revelava grandes trilhas sonoras.
Parece que hoje, com as exceções de sempre, os músicos que fazem as trilhas sonoras são extremamente burocráticos nas composições, talvez até por imposições dos produtores. Hoje, na maioria dos filmes, ouvimos músicas incidentais sem brilho que são dependentes das imagens. Das trilhas sonoras recentes, a que mais me impressionou foi de Hans Zimmer em “O Código da Vinci” sendo uma exceção entre tantos títulos lançados nos cinemas e locadoras. Na dúvida do que fazer, os novos talentos poderiam pegar como exemplo os trabalhos de músicos como John Barry (Out of África), Bernard Herrman (Um Corpo que Cai/Psicose), Ennio Morricone (Cinema Paradiso), Nino Rotta (Amarcod), Max Steiner(E O Vento Levou), entre tantos nomes. Talvez assim, tenhamos uma nova geração de músicos que podem mostrar nos filmes o seu talento musical com criatividade e sensibilidade , marcando seu trabalho na memória do espectador que valoriza a música de uma forma geral e que está com saudades de quando o cinema revelava grandes trilhas sonoras.
Marco Antonio Moreira
4 comentários:
Sem duvida, a melhor trilha dos ultimos tempos foi a de "sangue negro", de johnny greenwood, guitarrista do radiohead e, certamente, um dos musicos mais talentosos de sua geração. Sensacional, assim como o filme!
Marco
Achei curiosa e totalmente pertinente essa observação. Justamente quando se avançou e muito nos efeitos sonoros e design de som. Não consigo lembrar muito das trilhas dos últimos filmes, mas sempre que o som do Shyamalan é diferente, assim como tudo que ele faz.
Mas o Marco cita a simplória trilha sonora de “O Código da Vinci” como boa. Eu ia citar exatamente as trilhas e sons dos filmes que o Cristiano e o Fernando citaram como trabalhos excepcionais feitos recentementes. Fora "Kill Bill", "O Novo Mundo", filmes do Wes Anderson, Bong Joon-ho, Park, etc.
Não estamos tão mal servidos de trilhas assim.
É como eu disse no post: temos as exceções, felizmente. A trilha sonora de "Sangue Negro" é ótima, de "Na Natureza Selvagem" também, entre outros exemplos. Mas sinto falta de mais títulos que tenham uma maior interação entre a música e o filme, além de temas musicais marcantes como em vários filmes que conhecemos.
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