segunda-feira, 4 de junho de 2012

"PLANO DE FUGA"

Mel Gibson estava numa entrevista de repórter brasileiro junto com Danny Glover. Enquanto Danny mostrava interesse pelo nosso país o ator de “Máquina Mortífera” começou a caçoar do nome “feijoada”. Isso me irritou. Quando vi “A Paixão de Cristo” achei que Mel dirigia bem e que seu filme cutucou o que seria a verdade de uma história que todos conhecem. Usou até a fala em aramaico. Mas os americanos acharam que ele atacou os judeus. Queriam, quem sabe, outra “vida de Cristo”na linha Cecil B.De Mille. Depois, Gibson atacou os maias (“Apocalypto”).Fez uma aventura na história da civilização pré-colombiana. Agora, depois de ser detido por dirigir embriagado, mete o pau nos mexicanos. A cadeia que mostra em “Plano de Fuga” é o superlativo das nossas. E o filme protege um gatuno a ponto de dizer que roubar milhões de dólares é melhor do que passar uma temporada na pocilga latina.
 O filme dirigido pelo amigo de Gibson,Adrian Grumberg, com roteiro do próprio Gibson, é uma ode à violência concentrando-se mais na podridão ambiente do que no plano de fuga estipulado por ladrão norte-americano. No fim, este ladrão sai bem da jogada e ainda faz piada para a objetiva. Melhor é ver Edgar Alan Poe com a cara de John Cusack em “O Corvo”(The Raven), uma brincadeira de serial killer com base nas historias do escritor e poeta norte-americano. Cada crime tem a ver com um texto de Poe. Ele logo compreende e ajuda um detetive boboca a achar o criminoso. E mais: a vitima com base no seu arrepiante “Prematura Burial” seria a sua mulher. Muitas licenças dramáticas para divertir a plateia. E diverte.
O roteiro da dupla Ben Livingston e Hanna Shakespeare é curioso. Mostra que os dois leram Poe. E o final coça a imaginação deixada na falta de diagnostico do que levou o escritor à morte. Ajuda com uma espécie de pacto com o demoníaco assassino. Mas não convence. Vale o ritmo da narrativa que faz com que não se sinta o frio da sala e nem deixe que se consulte o relógio. Meus termômetros quando vou a um dos Cinépolis Boulevard.(Pedro Veriano)

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