terça-feira, 14 de agosto de 2012

À NÓS A LIBERDADE !

Gosto de filmes com temáticas politicas seja ele de natureza libertária. O politico de legenda me enoja, acho o engajamento partidário uma chatice, aliás em todas as vertentes. Ontem no Festival de Gramado vimos "Dez vezes venceremos", produção chilena. O filme, um documentário é de uma simplicidade que me ganhou. Conta a história de Pichún, um jornalista e comunicador de origem mapuche (uma tribo das montanhas do Chile) que luta na clandestinidade contra os invasores de sue território, estes grandes madeireiros e grupos economicamente fortes e arrasadores, como vivenciamos na Amazônia. A sua voz e luta é propagada através de uma pequena rádio clandestina. Pichún vai ser preso e sabe disso, mas "a luta continua" bem ao lema dos ativistas sejam eles de que maneira forem. Não há arroubos de retóricas politicas, não há um discurso terceiro-mundista sobre a luta da "classe trabalhadora e oprimida", isto é um mérito. Há momentos familiares de natureza bastante intima, de reconhecimento da causa, do cotidiano de quem tem seu direito logrado, de puro deleite daqueles que estão sofrendo abuso de natureza social. O panfletarismo e o discurso não cabe em nenhum momento pois no filme ele inexiste. Tai uma forma de lutar sem ter que criar engajamento "do contra" só pela forma de agir daqueles que estão em luta. Cinema é isso, saber, propor e assumir uma causa sem que necessariamente estejamos de acordo com ela, a isso eu chamo de politica do bem. (Ismaelino Pinto)

Um comentário:

Osvaldo Aires Bade disse...

Ismal, um abraço do teu vizinho aqui da Piedade, Osvaldo.
Dono da InSãNu.
Vou ver o filme.
Abraço

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