No filme, a áurea poética deste mundo dos sonhos que o cinema pode e deve criar, surge a partir da história de um menino chamado Hugo que vive na estação de trem de Paris, em busca de uma mensagem que seu pai teria lhe enviado antes de morrer. Esta busca humana, necessária e inevitável do personagem Hugo pelo amor de seu pai acaba se cruzando com outra busca perdida de um personagem chamado George que é dono de uma loja de brinquedos e que tem um passado misterioso. Estes dois personagens têm suas histórias parecidas e ao mesmo tempo diferentes. Ambos buscam algo perdido, mas este velho senhor, dono de uma simples loja de brinquedos, é descrente, amargo, triste pelo que deixou de fazer. Já Hugo é persistente, intuitivo, esperto e aprendeu cedo a lidar com as dificuldades. Acompanhando a odisséia destes dois personagens, vivenciamos seu mundo de buscas, alegrias, tristezas e sonhos.
Hugo, através de um boneco mecânico que seu pai tinha achado e desde então tentava consertar até falecer num incêndio, tenta encontrar uma mensagem de seu pai. Já o velho senhor George, acaba encontrando em Hugo, um elo com seu sonho de vida. Pois ele é o grande George Mélies, cineasta e produtor esquecido numa velha estação de trem depois de ter quebrado financeiramente e perdido todo o seu legado de mais de 500 filmes que encantaram e fizeram milhares de pessoas sonhar. A vida é mais difícil que a arte e Mélies vive agora um presente amargo. Mas ao reencontrar Hugo, ele resgata o seu passado, relembra sua antiga paixão e percebe, de uma forma que somente o cinema pode criar, seus sonhos cruzarem com os sonhos de um menino que ressuscita sua importância, sua finalidade, a finalidade do cinema : sonhar.
Recuperando a memória do grande George Mélies dentro de uma história de sonhos que envolve o amor paterno, ilusões, desilusões, amor, realidae, sonhos e esperança, Martin Scorsese realizou uma das mais belas homenagens ao cinema que já vi até hoje. Afinal, o encontro de Mélies com Hugo, é uma ode a importância da sétima arte dentro da vida de cada um de nós que amamos o cinema e nele, procuramos nosso caminho de sonhos e realidade. E para mostrar que o cinema pode e deve nos emocionar, Scorsese utiliza com sensibilidade a tecnologia do 3D, criando sequências fantásticas que mais do que mostrar a evolução dos efeitos visuais, mostra a poesia que estas imagens revelam para todos os espectadores que ficam basicamente encantados pela forma como a Scorsese trabalha tantos sentimentos e emoções próximos de todos nós.
“A Invenção de Hugo Cabret” é um raro exemplo de emoção, tecnologia e poesia no cinema moderno. Além disso, homenageando o cinema, Scorsese resgatou a importância de George Mélies, um artista que desde cedo viu na sétima arte a força do sonho e da felicidade, provando que a tecnologia pode e deve estar a serviço da criatividade, sensibilidade e emoção. Quem ama o cinema, certamente vai se apaixonar por “A Invenção de Hugo”. Ainda envolvido emocionalmente com o filme, imagino a emoção que meu pai Alexandrino Moreira teria ao ver este filme. Ele que era um homem apaixonado pelo cinema e que me ensinou a amar esta arte da mesma forma intensa e verdadeira, para sempre. Ele teria adorado “A Invenção de Hugo Cabret”. Por isso, dedico esta crítica ao meu pai, lembrando de todos nós que amamos o cinema (como meus queridos amigos Pedro Veriano e Luzia Álvares que também se emocionaram com o filme) e citando um trecho de uma canção composta pelo grande Egberto Gismonti (música) em parceria como João Carlos Pádua (letra) chamada “Mais que a Paixão”. Aqui, a referência da letra é com a música mais certamente, usando uma certa liberdade poética, digo que a mensagem serve perfeitamente para toda arte, em especial, o cinema.
“Não espere encontrar numa canção, nada além de um sonho. Nada além de uma ilusão. Talvez quem sabe a verdade, a infinita vontade de arrancar de dentro da noite a barra clara do dia”
(Marco Antonio Moreira)
Hugo, através de um boneco mecânico que seu pai tinha achado e desde então tentava consertar até falecer num incêndio, tenta encontrar uma mensagem de seu pai. Já o velho senhor George, acaba encontrando em Hugo, um elo com seu sonho de vida. Pois ele é o grande George Mélies, cineasta e produtor esquecido numa velha estação de trem depois de ter quebrado financeiramente e perdido todo o seu legado de mais de 500 filmes que encantaram e fizeram milhares de pessoas sonhar. A vida é mais difícil que a arte e Mélies vive agora um presente amargo. Mas ao reencontrar Hugo, ele resgata o seu passado, relembra sua antiga paixão e percebe, de uma forma que somente o cinema pode criar, seus sonhos cruzarem com os sonhos de um menino que ressuscita sua importância, sua finalidade, a finalidade do cinema : sonhar.
Recuperando a memória do grande George Mélies dentro de uma história de sonhos que envolve o amor paterno, ilusões, desilusões, amor, realidae, sonhos e esperança, Martin Scorsese realizou uma das mais belas homenagens ao cinema que já vi até hoje. Afinal, o encontro de Mélies com Hugo, é uma ode a importância da sétima arte dentro da vida de cada um de nós que amamos o cinema e nele, procuramos nosso caminho de sonhos e realidade. E para mostrar que o cinema pode e deve nos emocionar, Scorsese utiliza com sensibilidade a tecnologia do 3D, criando sequências fantásticas que mais do que mostrar a evolução dos efeitos visuais, mostra a poesia que estas imagens revelam para todos os espectadores que ficam basicamente encantados pela forma como a Scorsese trabalha tantos sentimentos e emoções próximos de todos nós.
“A Invenção de Hugo Cabret” é um raro exemplo de emoção, tecnologia e poesia no cinema moderno. Além disso, homenageando o cinema, Scorsese resgatou a importância de George Mélies, um artista que desde cedo viu na sétima arte a força do sonho e da felicidade, provando que a tecnologia pode e deve estar a serviço da criatividade, sensibilidade e emoção. Quem ama o cinema, certamente vai se apaixonar por “A Invenção de Hugo”. Ainda envolvido emocionalmente com o filme, imagino a emoção que meu pai Alexandrino Moreira teria ao ver este filme. Ele que era um homem apaixonado pelo cinema e que me ensinou a amar esta arte da mesma forma intensa e verdadeira, para sempre. Ele teria adorado “A Invenção de Hugo Cabret”. Por isso, dedico esta crítica ao meu pai, lembrando de todos nós que amamos o cinema (como meus queridos amigos Pedro Veriano e Luzia Álvares que também se emocionaram com o filme) e citando um trecho de uma canção composta pelo grande Egberto Gismonti (música) em parceria como João Carlos Pádua (letra) chamada “Mais que a Paixão”. Aqui, a referência da letra é com a música mais certamente, usando uma certa liberdade poética, digo que a mensagem serve perfeitamente para toda arte, em especial, o cinema.
“Não espere encontrar numa canção, nada além de um sonho. Nada além de uma ilusão. Talvez quem sabe a verdade, a infinita vontade de arrancar de dentro da noite a barra clara do dia”
(Marco Antonio Moreira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário