domingo, 18 de março de 2012

HAMMER IS BACK

Há muito tempo o ramo de filme de terror/suspense vem deixando o público a desejar, principalmente em Belém, onde é costumeiro, quando vem filme de terror e/ou suspense, é daquela categoria “terror besteirol” onde se mais ri do filme, do que realmente se assusta.
Mas quando falaram da tradicional Hammer Film Productions, os ainda esperançosos aficionados por filmes de terror, se animaram um pouco e a meu ver, a Produtora não nos deixou na mão. O filme A Mulher de Preto (The Woman in Black) do diretor James Watkins, realmente nos deixa pregado na cadeira do cinema.Do livro homônimo de Susan Hill, A história da Mulher de Preto, é algo não tão diferente dos livros de terror, mas tem as suas peculiaridades.
Arthur Kipps é um jovem e depressivo advogado de Londres, e é designado para a sua ultima oportunidade de manter o seu emprego, cuidar da papelada de Alice Drablow que tem uma mansão chamada Eel Marsh House, que se trata no melhor estilo de casa Mal Assombrada. Uma mansão isolada do vilarejo no interior da Inglaterra onde todos querem manter distancia, e principalmente, querem que o Sr. Kipps, fique bem longe de lá.
Mas Arthur Kipps como tem um filho de ainda 4 anos que precisa sustentar, e por isso vai insistir em resolver a situação legal da mansão. E é bem ai que as coisas complicam, com a ajuda de seu recém amigo Sam, ele vai e volta naquela mansão, e na primeira visita já vê uma mulher de preto vagando pelo terreno e ao voltar pro vilarejo uma criança se suicida e claro morre nos braços de Arthur.E na noite seguinte ele passa trabalhando na mansão, onde ele tem todo o tipo de experiência sobrenatural, causada por essa Mulher de Preto, que assombra não só a casa mais como toda a região, pois perdeu o seu filho em um trágico acidente e culpa todo mundo por essa tragédia, sem falar que a Mulher enquanto viva tinha sérios problemas psiquiátricos.
A peculiaridade do filme é que a Mulher de Preto, ao ser vista ela faz as crianças se suicidarem e não é algo muito fácil de ver no cinema, sempre as crianças são poupadas, mas nesse filme, elas são as únicas que morrem, e elas morrem de maneiras bem trágicas, cuspindo sangue, pegando fogo, se jogando de janelas, realmente o diretor não poupou o público das imagens fortes.
O filme não é mais um daqueles “pastelões” da indústria do terror, trata de um filme bem gótico, onde as pessoas só usam tons pastel e os homens basicamente usam só roupas pretas e brancas, com uma fotografia bucólica, o filme em si já passa um ar de depressão e posteriormente de suspense, tendo grandes intervalos de silencio onde só os efeitos sonoros criam todo o clima de tensão.
Daniel Radcliff, o inesquecível Harry Potter, também não deixa a desejar e talvez comece a traçar a sua carreira para não viver eternamente na sombra do símbolo mágico do personagem que interpretou desde criança. Esse é o tipo de filme que só vale a pena se ver a noite, para ter a maior sensação de terror possível. (Raoni Arraes)

Nenhum comentário:

Arquivo do blog